Namorada de aluguel

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Pindaíba… vocês já ouviram falar?

Era a situação em que eu me encontrava...

Eu estava precisando de uma grana urgente, pois meu aluguel já iria vencer, minha geladeira estava vazia, e eu precisava renovar meu estoque de blusinhas (clarooo). 

Depois de sair em busca de emprego e ouvir vários Nãos, eu e a minha amiga Nalita resolvemos em meio a risos, colocar um anúncio no Facebook: 

"Namorada de aluguel. Beijo, abraço, ando de mãos dadas e ainda vou conhecer a sogra." 

Era tudo uma brincadeira mesmo.

Óbvio que eu não achei que alguém fosse levar isso a sério, pois seria completamente absurdo.

Então, quando no dia seguinte eu recebi uma ligação de um homem com a voz grossa, rouca e absurdamente sexy, igualmente a voz do sargento Hank Voight do Chicago PD,  perguntando se eu era a Ruana do anúncio no Facebook, eu perguntei: 

-Que anúncio?

Quase caí para trás quando ele disse que queria me alugar por uma semana, e que estava vindo me buscar!

-Moço, acho que está havendo um mal entendido aqui. - eu disse.

-Eu fiz esse anúncio de brincadeira apenas. Eu não sou puta não tá? O que quer que você tenha imaginado, pode esquecer.

-Olha Ruana, eu não estou imaginando nada. Você disse que beija, abraça, pega na mão e se apresenta para a sogra. Isso é tudo que eu preciso. Eu vou te pagar e muito bem e não vou te exigir nada além do combinado.

Fiquei mais tranquila, imaginando que ele deveria ser gay, e por algum motivo ainda não havia contado para a família. 

Que outro motivo alguém teria para forjar uma namorada?

Me arrumei rapidamente, colocando numa bolsa tudo que eu poderia precisar em uma semana. 

Me olhei no espelho e conferi o resultado: meu cabelo cacheado estava preso num coque folgado no alto da cabeça, eu usava um vestido rodadinho de alça, com um decote discreto que evidenciava os meus seios grandes, mesmo sem mostrar demais. Minhas tatuagens à mostra, aquelas que as roupas não conseguiram esconder. Mordi um pouco os meus lábios fartos, para fazer aparecer alguma cor, e acabei dando a aparência a eles de que tinham acabado de ser beijados, ou mordidos, como de fato foram.

Dentro de pouco tempo ele chegou lá em casa. 

Valeeeei-meee! Onde foi parar todo o ar? 

Que homem gostoso é esse?

Foi o que pensei quando eu vi aquele homem negro, lindo, forte, de quase dois metros de altura, extremamente cheiroso e elegante, vestido com uniforme do exército, parado na porta da minha casa.

Ele inteiro exalava sensualidade e masculinidade, mas os seus olhos… eram um convite para o pecado.

Me cumprimentou como se já me conhecesse. Um beijo na bochecha, outro no canto da minha boca, que eu não tive certeza se foi de propósito ou acidental.

De uma forma ou de outra, me arrepiei inteirinha! 

Me disse que precisávamos ir, pois  tinha pressa. No caminho me explicaria o que exatamente ele estava esperando de mim.

Estávamos indo conhecer a família dele. Explicou que deveríamos parecer um casal de verdade, então dormiríamos no mesmo quarto, mas ele não iria me tocar. 

Na frente dos familiares, deveríamos trocar carícias, beijinhos e abraços, como um casal normal faria. 

(Ok! eu podia fazer isso!)

Contos EróticosWhere stories live. Discover now