Vamos encontrar MinHo!

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Após a fala da mais velha, ChaeYoung congelou. Nunca imaginou que receberia aquele tipo de proposta, nunca imaginara que alguém a faria uma pergunta como aquela, a mulher havia a pegado desprevenida.
Olhou para o Seo com os olhinhos arregalados, negando freneticamente com a cabeça ao que vários pensamentos e suposições de um futuro talvez real tomavam conta de si.

- Não, senhora. Me perdoe, mas não entrarei lá! - disse rapidamente, suspirando logo após o ato - Se entrarmos lá, será impossível de sair. É difícil de admitir, mas talvez MinHo não esteja lá para assim nos arriscarmos.

- Por favor, Chae, e se o meu filho estiver lá?

- Desculpa, senhora Lee, devemos nos manter a salvos.

- Nos manter a salvos de quê? Talvez lá não tenha coisa alguma para assim ficarmos de braços cruzados à espera de um milagre!

- Se não há nada lá, por quê MinHo não apareceu? Por que o rastreamento de seu celular resulta exatamente lá? E por quê nenhum policial entrou naquela casa? Por que?

À beira do estresse, a Son questionava a mulher. Ela não tinha intenções de ser arrogante já que sabia que a outra estava sendo movida pelas emoções.

- Tudo bem, querida, você tem razão. - sua voz vacilou ao admitir, sendo rapidamente cortada por baixos soluços enquanto desabava em lágrimas mais uma vez naquele dia - Você acha melhor pararmos com a investigação? Acha que ele está morto?

A de cabelos curtos não a respondeu. Oras, nem mesmo ela sabia as respostas para tais perguntas. "E se minho estiver vivo?", "e se ele estiver lá?", "e se todos pararem de o procurar e aí, então, MinHo morresse?". Tantas dúvidas, medos e suposições rondavam sua mente desorganizada e ela só desejava voltar no tempo para impedir o mais novo de fazer as malditas entregas.

- Chae...?

- Não. Não devemos deixar de procurá-lo. Ele está lá, eu sinto que está. - disse com convicção - Não vamos desistir de MinHo... nunca!

Changbin que até então estava atento à conversa e não havia dado falta do Bang, decidiu procurá-lo. O procurou por toda a casa, e entrou em desespero ao que não o encontrou. Não tardou em correr para fora do domicílio à tropeços e esbarros que com certeza resultaria em manchas escuras.
Com seus dedos trêmulos ora por conta da baixa temperatura, ora pelo medo de perder mais alguém, achou o de madeixas claras e então permitiu-se relaxar ao ver o dorso do loiro, suspirando prolongadamente.
O mais alto estava sentado na calçada, sua coluna erguida era jogada para trás tendo seus braços como apoio ao que o mesmo fixava seus olhos no céu acinzentado fazendo com que qualquer um que parasse atrás de seu corpo cravasse os olhos no local moderadamente musculoso.

- Hyung? - sentou-se ao seu lado no local asfaltado.

Bang mesmo com suas estruturas evidentemente abaladas, tratou de responder o Seo ainda com os olhos ainda fixos ao céu.

- Acha mesmo que ele volta, Binnie? Acha mesmo que ele não está morto ou que alguma força maligna tomou conta dele?

Changbin não o respondeu. Sentia uma enorme dor em seu peito juntamente com a insistente vontade de chorar. Sua maior vontade era poder entrar naquela temível e horrenda casa para assim então tirar seu amigo de lá.
Sentia-se culpado por não ter acreditado nas malditas notícias e por tê-las rotulado "bobeira". Sentia-se perdido assim como todos os outros, com suas mentes tumultuadas de dúvidas e incertezas, e com seus medos manifestos.

- Eu não sei, mas acho que podíamos tentar entrar lá assim como a mãe de MinHo sugeriu. - BangChan rapidamente corrigiu sua postura e pôs seus olhos em Changbin, franzindo o cenho - Eu sei que é perigoso, hyung, mas dê uma chance! Como acabaremos com nossas dúvidas se não corremos atrás das respostas?

- Você por acaso está me convidando para um tipo de suicídio coletivo, Seo Changbin? Nós não vamos entrar lá!

- Então o que acontece com MinHo? Vamos deixá-lo morrer lá dentro? - fixou seus olhos nas orbes de BangChan ansiando por uma resposta a qual não foi lhe concedida - É sério que prefere esperar que aqueles filhos da puta movam um dedo para achar o seu amigo?

Ambos estavam tão concentrados no diálogo que não perceberam a garoa que caia das nuvens cinzentas, os deixando úmidos.
O Bang, já sem um pingo de paciência, decidiu não mais contrariar as ideias de Changbin, invés disso absorveu cada palavra e ideia, e teve que admitir que a empolgação do menor para achar seu amigo era para lá de contagiante visto que havia despertado pelo menos um pingo de vontade e coragem em si.
Ambos então concordaram em certos assuntos e ideias, finalizando seus inventos abaixo do aguaceiro que caia dos céus.
Levantaram ensopados do asfalto molhado e correram para dentro de casa, encontrando ChaeYoung afogada em seus próprios pensamentos.

- Vamos encontrar MinHo!

Peek A Boo • hjs + lmhWhere stories live. Discover now