Capítulo V

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c a p í t u l o V

DESDE O INÍCIO, Kim Taegok sabia o que estava em risco. Jamais descartou a possibilidade de Kang Chaeyun estar infiltrada em sua empresa. Mas, mais do que isso ele conhecia Kang Moogang o suficiente para esperar alguma investida da parte dele em algum momento, só não imaginou que quando este chegasse, sua estratégia seria usar sua própria filha para ato tão antiético. Por isso ficou tão surpreso quando Chaeyun foi procura-lo. Ao ouvir o que lhe fora contado, como qualquer ser humano que não sonda o coração das pessoas, se viu dividido entre acreditar e refutar completamente. Porém, no fim, escolheu dar o benefício da dúvida, porque sabia que não tinha nada a temer e apenas teve certeza disso quando ouviu o que seu filho SeokJin tinha a dizer como resultado de sua estratégia ao promover Chaeyun a âncora.

— Ela não aguentou. — Jin informou, ao sentar-se na cadeira, frente a mesa de seu pai.

— Como eu imaginei... O que ela disse?

— O que já esperávamos. Ela confessou que estava infiltrada a mando de seu pai.

— Moogang... Ah, ele não conhece limites! — Taegok deixou que seu punho cerrado caísse sobre a mesa — Mesmo depois de tantos anos, o mesmo rancor e inconformidade... Quase estivemos em maus lençóis.

— O que quer dizer com isso?

— Ora, se ela tivesse ido mais a fundo poderia ter encontrado alguma coisa capaz de comprometer o grupo Kim. — explanou, como se fosse óbvio.

Como? — o âncora Kim questionou, quase confuso pelo o que ouvira.

— Filho, o grupo Kim é composto por muitos líderes coorporativos, cada um com seus próprios ideais. Somos um só. Se um deles cai em lençóis ruins, a integridade num todo é posta em risco. Não estou dizendo que todos tenham feito algo politicamente incorreto, mas... Ninguém é perfeito.

— O senhor fez algo assim, meu pai?

— Eu não sou perfeito, Jin. Mas, eu nunca faria algo que pudesse te ferir. — foi sincero — Porém, Kang Moogang faria e fez. Ele nunca foi uma pessoa... — pareceu buscar palavras — Essencialmente diplomática e de fácil convivência. Posso imaginar o que a Chaeyun passou nas mãos daquele drácula.

— O que pretende fazer em relação a isso?

Taegok suspirou.

— Nada. O que for para acontecer, assim será. Eu sempre estive pronto para um momento como esse. — revelou, num quê de mistério, ao que Jin girou os olhos.

— O que o senhor....

— Apenas aguarde. O dia ainda não acabou.

Seok assentiu, confiando o suficiente no pai para não lhe fazer nenhum questionamento. Não sobre o assunto.

— Pai.

Taegok devolveu a sua atenção, qual estava em devaneios distantes, para seu filho.

— O que fará sobre a Chaeyun?

— O sensato a se fazer. Independentemente de ter tido influência direta nessa missão suicida, ela feriu o Código de Honra dessa empresa e não pode jamais ser readmitida. Por quê? Se preocupa com ela? — o olhar de SeokJin se desviou por uns instantes e Taegok soube a resposta.

— Eu criei certa consideração por ela.

Consideração? A quem quer enganar, garoto? Desde quando te privei de ser sincero comigo? — riu levemente — Não se preocupe, a imagem de Chaeyun não será afetada no processo. Eu sei bem o que é estar sob a sombra de Moogang.

Fome de Poderحيث تعيش القصص. اكتشف الآن