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Após chegar de viagem, Olivia já era esperada pelas amigas no apartamento. As meninas a fizeram contar tudo e com detalhes do que e como aconteceu.

No sala, sentadas no chão do apartamento, as três bebiam e conversavam sobre a viagem.

— Então... vocês estão juntos, certo? — Gabriela queria confirmação, achava que as três taças de vinho que bebia com as amigas já estavam lhe confundindo.

— Sim. — Olivia confirmou — Eu... eu achei o Tom mais racional, assim, se ele tivesse aceitado, eu só teria voltado para cá para pedir demissão e pegar minhas coisas, de resto eu já estaria lá com ele. Eu me senti rejeitada no início... Ai meu Deus, será que ele achou que eu estava o rejeitando também? — se desespera e respira fundo — Por que tudo teve que ser assim? Não é justo comigo, poxa. Logo quando eu acho alguém e me entrego internamente e totalmente, surge esses impasses.

— Acho que ele deve ter se sentido, mas relaxa, ele já entendeu. — Anna diz —  Pra ser sincera, eu acho que ele agiu certo, Liv. Parece um looping, os dois querendo abdicar de algo para que o outro não abdique, a situação de vocês está difícil.

Olivia suspirava e virava sua taça.

— Nem me fale, não vejo a hora do ano terminar para nós podermos ter uma conversa mais franca de como vamos ficar... Também sinto um pouco de medo, mas... Estou tentando pensar positivo ao máximo.

As garotas param um pouco a conversa e focam no que estava passando na tv, até que Gabriela lembra de um assunto não menos importante.

— Mas você não trouxe nada pra gente? Sério, Olivia? Nada? — Gabriela muda de assunto e elas recomeçam a discussão que estavam tendo no início.

Os dias passaram, a saudade aumentou e a insegurança de Olivia subiu junto.

Era o último dia de aula na escola e o horário de ida para casa já havia chegado, mas Olivia continuava na classe com as mesmas três crianças que os pais sempre demoravam para buscá-las.

A mulher organizou suas coisas e foi sentar no chão próximo a uma das crianças.

Viu que ele lia um livro de fábulas e o deixou no seu mundo, mas o menino viu a professora que quis puxar assunto. Deixou o livro de lado e se virou para ela.

— Tia, sabia que no ano que vem eu não vou mais estudar aqui?

— Não? Mas que triste! Por quê não? Para que escola você vai? — Olivia adorava o pequeno.

— Ah tia... Eu não sei o nome, mas minha mãe sabe.

Olivia soltou uma risada e o menino voltou para o livro. Os pais dos outros alunos chegaram e sobraram apenas ela e o pequeno Nate.

Quando já estava para ligar para os pais dele, Olivia vê a mãe dele chegando.

— Oh, professora — a mulher tinha a fala cansada, como de quem tivesse acabado de correr — Perdoe, me perdoe, mas a mudança está tomando todo nosso tempo!

— Sem problemas — ela sorri — Nate me falou um pouco a respeito, disse que ele iria mudar de escola... Vocês irão se mudar mesmo?

— Sim, sim! Harold, meu marido, conseguiu uma proposta de emprego incrível... Nós vamos no começo do ano, mas antes das aulas iniciarem para lá, por isso toda essa correria. — a mulher diz colocando a mochila do pequeno nas costas.

— Entendo. Boas férias, boas festas e boa mudança para vocês! Nate, sentirei saudades dos seus desenhos! — A mulher diz e abraça a criança.

Elas se despedem e logo vão embora.

»»»«««

O elevador subia e Olivia cantarolava super trouper, saiu da cabine quando chegou ao seu andar e sentiu todos os pelos do corpo arrepiarem quando levantou o rosto para ver quem completara a outra parte da música e viu uma sombra na porta do seu apartamento. Era Tom.

Encanto • Tom HiddlestonWhere stories live. Discover now