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» Olivia

Levanto pela manhã e vejo que Thomas ainda dormia. Passo a mão em seu rosto e o vejo mudar de posição virando o corpo para o outro lado. Hum.
Assim como ontem, resolvo logo tomar um banho para descer e comer algo. Vou em direção a mala e vejo que está vazia. Sorrio. Tom e suas manias de arrumação.
Abro o closet que havia ali e vejo que as roupas estão organizadas, e no meu lado há uma caixinha vermelha. Congelo. Ah não, ele encontrou. Olho em direção a cama e vejo que ele ainda dormia. Ah meu Deus, o que ele deve ter pensado?

Sabia que deveria ter me livrado disso logo, digo a pegando e a deixando ali de lado. Fazer o que, não é? Espero que Tom não tenha entendido errado, não quero que ele pense que guardei isso de recordação, apenas achei quando estava arrumando minha mala. Vejo que ele se levanta e vai direto para o banheiro.

Pego a caixinha e sento na cama. A olho e lembro daquele bendito dia no aeroporto. 

– Como consegui ficar com isso por todo esse tempo sem nem saber? – Me pergunto. Sinto uma lágrima cair e logo a enxugo. Suspiro. Ouço a porta do banheiro ser aberta e trato de secar as outras que haviam caído de teimosia. 

– Olivia? Você está... chorando? – Tom diz se aproximando de mim. Não conseguia encará-lo.

– Não. – passo a mão no rosto – Está tudo bem. – Me levanto e vou em direção ao banheiro.

– Por que você faz isso consigo mesma, Olivia? – ouço Tom dizer nas minhas costas. – Para que guardar isso? 

Me viro em sua direção e vejo que ele segurava a caixinha. Ele me olha e levanta as sobrancelhas apontando para ela.

– Tom, eu... – já estava sentindo o choro na minha garganta.

– Não, por favor... – ele faz menção de falar – As vezes parece que você não superou algumas coisas, que faz de propósito para ficar mal e continuar se machucando. É tudo por causa dessa sua maldita insegurança, Olivia! EU... Eu... – nervoso, ele passa a mão pelo cabelo.

Fico estática, nunca o vi ficar assim, e ainda é cedo. Tento segurar o choro mas as lágrimas caem com facilidade inundando meu rosto. Me sentindo triste e um tanto quanto magoada, entro no banheiro e fecho a porta. Tom estava certo e errado; ele acertou quanto a minha insegurança, mas errou ao insinuar que eu não havia superado. Sim, eu supero a cada dia mais. 

– Olivia, me desculpe... eu... fui muito grosso. – ele respira fundo – Me perdoe, por favor. Não quis falar desse jeito, fui um idiota e acabei explodindo sem querer. – ele fala do outro lado da porta. – Olivia...

Ainda dentro do banheiro, me olho no espelho e enxugo minhas lágrimas. Isso foi um aviso de "basta", não vou mais chorar por conta disso. Respiro fundo e abro a porta dando de cara com Tom. 

– Via... – Ele me abraça. – Me perdoe por ter sido rude e grosso com você.

– Sim, você foi. – o abraço de volta – Tom, tenho que lhe explicar algo. – me afasto e o olho. – Você estava certo e errado. – o explico quanto a insegurança e o fato de superar.

– ... Oh sim. Sim, meu amor. Quero lhe ajudar a ser uma pessoa mais segura de si, quero que você veja como eu te vejo: uma pessoa incrível. E mais uma vez, me perdoe por ter sido tão grosso. – ele fala e faz um olhar de piedade.

– Obrigada, meu bem. Sim, eu lhe perdoo.

Após o clima entre nós melhorar um pouco, decidimos sair do hotel e ir encontrar meu irmão. O dia estava quente, típico de praia. Vendo Tom abanar-se equanto andavamos até o restaurante que havíamos marcado com Lucas, solto uma risada.

Encanto • Tom HiddlestonWhere stories live. Discover now