— Kun, iremos perder o horário do filme — Olho o relógio em meu pulso.
— Tenhamos calma, faltam dez minutos e não é dois minutos daqui — Ele ri e eu reviro os olhos.
— Qian Kun! É uma seção de cinema na qual os ingresso foram esgotados, dois minutos e pegaremos lugares deploráveis — Cruzo os braços batendo meu pé direito no chão
— Certo! Certo! Vamos nos apressar então — Ele ri e começa a andar.
Estávamos em um shopping no qual não tínhamos costume de ir, assim que chegamos perto do cinema, vejo Kun buscando as portas indo para o lugar errado, em um ato delicado pego a mão do garoto e o guio para o lugar correto, o mesmo cora, sorri animado e segura minha mão mais forte, fomos entrando na sessão, estava animada para ver o filme, era um filme de ação que eu estava extremamente ansiosa para ver, mas como eu demorei para convencer Kun a vir comigo, teria poucas seções em poucos cinemas.
— Vou comprar pipoca, quer também? — Kun pergunta se levantando e eu concordo com a cabeça.
Faltava poucos minutos para os comerciais acabarem e o filme começar e Kun não tinha aparecido ainda, peço para uma moça do meu lado guardar nossos lugares e saio procurando o mais velho. Olho atenta pelos largos corredores vazios, assim que em um específico vejo duas figuras conhecidas, me escondo atrás das parede, kun estava conversando com o denominado Taeyong, aquele cara que me parou outro dia.
— Quando irá contar para ela? — Taeyong questiona Kun.
— Contar o que? Não tenho nada para contar a ninguém — Kun retruca sério e em uma pode um tanto quanto defensiva.
— Se não contar, eu irei contar... e você sabe que logo ela irá dizer mais coisas — O homem ri.
— Taeyong não se atreva a tocar nela — Kun ameaça o homem que apenas ri.
— Não seja idiota! Eu não quero encostar um dedo nela, não quero ela! Eu quero a carta dela, e mais algumas coisinhas — Taeyong ri pondo a mão no ombro de Kun — Hyeri, onde está? — O garoto olha em minha direção e pisca de um olho só.
Eu corro o o mais rápido para a seção do filme, batimentos a mil, respiração ofegante e os meus olhos piscavam forte, a moça do meu lado pergunta se estava tudo bem e eu apenas concordo com a cabeça, tento me concetrar no filme, porém, meus pensamentos estavam a mil, estava preocupada de mais para cinseguir me concentrar, o que ele queria de mim?
— Demorei muito? — Kun tira minha concentração sentando-se ao meu lado — A fila estava grande mas eu comprei a pipoca — Ele me entrega um dos baldes.
Minha cabeça doia, ele mentiu para mim, eu apenas peguei o balde e agradeci sem retirar meus olhos da tela, o filme passa, nenhuma palavra ou olhar é trocado por nós. O filme termina os créditos começam a passar e eu me levanto e saiu da sala sem esperar Kun, com passos rápidos caminho para fora do cinema.
— Hyeri! — Kun chama meu nome correndo para me acompanhar — Me espere! O que houve?!
Eu não paro de andar, o menino já estava sem fôlego, então ele para segurando meu braço, ele me encara recuperando aos poucos o fôlego.
— Qian Kun, seja sincero, quem é você — Pergunto e o menino não me responde, apenas nega com a cabeça.
— Por que a pergunta tão do nada? O que isso importa?! — Ele me solta e se afasta — Não precisa saber de detalhes profundos, precisa? — Ele começa a se irritar — Eu sou apenas seu amigo, Qian Kun, apenas isso, sou uma pessoa normal, que trabalha, tem sentimentos, respira, come... Eu sou uma pessoa como qualquer outra! Esse é quem eu sou.
— Você está escondendo algo — Me irrito também — Que tipo de pessoa "normal" — Dou ênfase na palavra normal — entra em desafios com pessoas esquisitas que conseguem se teletransportar? Que tipo de pessoa normal tem inimigos estranhos? Qian Kun você não é normal — Eu suspiro tentando aliviar a tensão — Eu sou sua amiga, ofereço minha ajuda, vou atrás de fazer o que você me diz, tento não desconfiar de você e é isso que eu recebo em troca?! Mentiras e mais mentiras? Me explica Qian Kun, como consegue usar as pessoas fácil desta maneira? — Pego a carta guardada em minha capinha — Se vira, eu não quero ter mais dores de cabeça por causa deste pedaço de papel.
— Eu não posso tocar nela! Apenas você — Ele empurra meu braço para mais perto de mim — Se alguém tocar direi adeus ao meu sonho — Kun diz serio e busca fixar seu olhar no meu — Você sabe que isso é de extrema importância para mim, não sabe?! — Ele pergunta sério, seu olhar me deixava sem apoio.
O garoto não havia orgulho algum quando se tratava de cumprir seus objetivos, e isto é - sem dúvidas - uma das coisas que eu mais admiro em Qian.
— Qian Kun, eu só irei te ajudar, se você parar de mentir para mim, eu estou preocupada em saber quem é você, afinal você é meu amigo, como eu irei andar com alguém que eu ao menos conheço? Eu estou te dando uma chance — Digo fechando meus olhos e suspirando fundo mais uma vez.
— Por que faz isso comigo? Me põe contra tantas paredes? Tá! Eu te falo o que eu estou escondendo — Era sua vez de suspira pesado — Mas quando descobrir não pode contar para ninguém, ninguém mesmo, tudo bem? — Ele pergunta e eu balanço a cabeça positivamente.
— Com sua licença — Um homem se aproxima de nós — Onde está o 8 de copas? - Ele ri olhando para mim.
— Eu me recuso a acreditar nisso — Me intrigo brava — Justo agora?! — O homem fica confuso — Eu quero que você vá procurar na casa do caralho está maldita carta! — Aponto o dedo do meio do rosto do homem que era no minimo vinte centímetros maior que eu.
— Hyeri! — Kun me repreende rindo — Talvez a carta esteja aqui — Kun aponta para mim obvio
O homem se irrita com o nosso sarcasmo, eu me afasto com medo da sua expressão brava, Kun em um ato protetor me puxa para trás.
— Vê aquela moça sentada no banco? - Ele me questiona aos cochichos e eu concordo com a cabeça — Ela tem a Dama de paus, consegue convecê-la a te entregar? Eu cuido dele, mas terá de ser bem rápida — Kun diz sério.
Eu apenas concordo com a cabeça, "Vai ser mamão com açúcar" penso comigo mesma, Kun distrai o homem fácilmente que não me percebe saindo do local, andando para trás, eu me aproximo da moça que esperava um ônibus, logo vejo que a mesma procurava algo em sua bolsa, a bolsa não era grande e a carta estava exposta — Já sei! — Me deu um clique de idéia, começo a correr e finjo trombar na mulher desatenta que derruba.
— O céus! Me perdoe! — Digo me abaixando a ajudando pegar as coisas.
A moça logo joga sua mão em direção da carta, porém a mesma estava mais perto de mim, sendo assim consegui alcança-lá primeiro, ela olha para mim com uma aura perdedora.
— Muito obrigada pela Dama de paus — Dou uma leve piscadela para a moça que bufa irritada.
Me levanto e vou em direção de Kun, assim que perto, eu levanto a carta dando uma leve piscadela para o maior
— Por céus acabou o naipe de paus, pensei que esta competição seria mais difícil — Kun não consegue parar de rir.
Eu entrego a carta para o menino que se anima como se tivesse vencido tudo, ele se recompõe girando a cartas em seus dedos fazendo o homem em nossa frete olhar frio para nós.
— Se contente Kun, você sabe que vai começar a dificultar as coisas para o seu lado — O homem ergue um sorriso amarelo - Boa sorte com... — Ele me olha e depois volta sua atenção para Kun — Você sabe quem — Ele ri escandaloso e apenas sai.
— Certo! — Digo séria virando Kun em minha direção — Eu quero saber a verdade agora, quem é você?
YOU ARE READING
Oito de copas
FanfictionKun um mágico de festas infantis e ajuda o seu avô de vez enquando em sua loja de artigos mágicos decide entrar em uma competição "amigável" de mágicos. Hyeri, uma colega admirável do garoto, dançarina profissional iria ser usada de peça para esse...