III

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A pose e o final da música me fazem reverenciar me preparando para os longos aplausos do público, as cortinas se fecham e eu me levanto saindo do palco.

— Estupendo! Realmente impressionante – Ouço uma voz acompanhado de palmas no fim do corredor, logo atrás de mim — Magnífico!

— Quem é você?! — Me viro questionando a pessoa — Não pode estar aqui! — Alego me afastando do desconhecido.

— Claro que posso! Eu sou... — O homem suspira pensativo — Não posso lhe dizer, porém irei lhe dar um breve e necessário aviso — Ele se aproxima lentamente.

— E qual seria?! — Me interesso mas me afasto do homem que era mais alto que eu, estava assustada mas tento memorizar o máximo de informações possiveis de sua aparência.

— Qian Kun... Conhece? — Ele pergunta e eu logo travo, mas o que tem esse garoto que tudo o envolve? — Ele não é quem tanto imagina — Ele começa a rir, eu reviro meus olhos e o observo — Ele não é um simples animador de festa — Logo sua risada se expande e vira algo um tanto quanto macabro.

— E quem seria ele?! — Me aproximo do homem que tinha cabelos tonalizados de vermelho e um risco na sobrancelha.

— Descubra por si só — Ele diz e aponta para algo atrás de mim.

Eu me viro inocente, tento achar o que eles estava apontando, quando eu volto meu olhar para o lugar onde o homem se situava, ele havia simplismente sumido.... Céus, já deixei explícito que eu detesto mágicos?
Irei perguntar para Qian depois, mas por hora deixarei este acontecimento de lado, entro no meu camarim e ouço os mesmos elogios e mandamentos de sempre, assim que pronta, me retiro do pequeno teatro... Estava caindo aos pedaços, era tão pacato e não era reformado a anos, sei que uma hora irá fechar, é quando isso ocorrer, sei que irei demorar muito para conseguir achar um emprego novo nesta área. Começo uma pequena caminhada para casa.

— Licença! — Uma moça que parecia anos mais velha que a minha pessoa me chama — A senhorita pode me ajudar? — Seu leve questionar mostrava que a mesma estava realmente perdida.

— Claro! Em que posso ser útil? — Mostro um interesse em ajudar e a moça sorri instantaneamente.

Ela abre um pequeno papel em sua mão e mostra um desenho de uma carta, um 8 de paus para ser mais específica, eu suspiro me preparando.

— Pode por favor me dizer onde está carta está? — O tom irônico de sua voz me faz revirar os olhos.

— A senhora não acha que está um pouco velha para trotes de rua? — Pergunto me fazendo de desentendida — Nunca vi uma loja com este simbolo.

— Se fazer de desentendido não irá adiantar em nada! Onde está a carta que Qian Kun lhe deu?

— Por que eu lhe entregaria o presente de meu amigo? — Pergunto incrédula, tirando sarro da moça.

— Não quero ter que pegar a força senhorita! — Seu tom de voz fica rude.

Não daria dois segundos para respirar e eu começo a correr, a moça não sai do lugar para ir atrás de mim, mas eu quero ir até a loja onde Kun trabalha o mais rápido possível, em alguns becos e vielas vejo a imagem da moça rindo de mim, como ela consegue? DETESTO MÁGICOS! Assim que chego na porta, lá estava ela, eu paro sem ar de tanto correr, a senhorita ri de meu estado e eu respiro forte.

— Está tão cansada? — Ele pergunta sarcástica e depois estala sua língua no céu de sua boca como se estivesse negando — Agradecida — Sua mão avança na direção de meu celular na cintura.

Eu desvio rápido, dou um empurrão na moça e entro na loja me escondendo atrás de alguma bancada, logo o sininho toca novamente anunciando a entrada da moça.

Oito de copasWhere stories live. Discover now