Eu me separei de James abrindo os olhos lentamente. Quando finalmente percebi o que havia acontecido, dei um tapa no lado esquerdo de seu rosto. Na hora pareceu a coisa mais sensata a se fazer, mas depois de alguns segundos pareceu ter sido uma idiotice das grandes.
- Por que fez isso? - ele perguntou com a mão no rosto onde eu havia batido
- Quando exatamente eu te dei liberdade para me beijar?
Seria mais educado da minha parte pedir desculpas, mas eu estava com a razão, pelo menos na minha cabeça.
- Mas eu pensei que...
- Você pensou errado. - falei o interrompendo. - Acho que você deveria voltar lá para baixo.
- Mas... - ele provavelmente iria se explicar, mas eu o interrompi novamente.
- Agora! - falei em um tom autoritário.
James saiu pela porta e eu continuei sentada. Só depois de alguns segundos eu percebi que não deveria ter deixado James voltar sozinho e fui atrás dele.
- Espera. - eu disse atrás de James que ainda estava no corredor e não muito longe da sala onde eu estava.
- Pode falar. - falou se virando e consequentemente fazendo seus cabelos ondulados e compridos se mexerem junto com sua cabeça, de um jeito charmoso. E para completar ele me encarou com um sorriso de lado.
James era lindo, exageradamente lindo, do tipo que com certeza faria sucesso no colégio, o que me fez lembrar que provavelmente ele era bem mais novo que eu.
- Preciso te acompanhar. Você ainda é um refém, não pode ficar circulando por aí sem ninguém te acompanhando. - disse e segui andando com James ligo atrás de mim.
- Você não vai falar nada? - ele disse atrás de mim, eu percebi que ele ainda estava parado, então parei e me virei para olhá-lo.
- Eu falei tudo o que eu tinha que falar.
- É tudo o que você tem a dizer? Você realmente não sentiu nada quando me beijou?
- Você quis dizer quando você me beijou. - falei cruzando os braços.
- Não importa. Não é possível que você não tenha sentido nada, dá para ver nos seus olhos.
- Acho que você está vendo errado então.
- Se você me desse uma chance, eu te garanto que não se arrependeria.
- Olha garoto, minha ficha criminal já está enorme, e eu não pretendo acrescentar "pedofilia" nela.
- Mas eu tenho 28 anos.
Essa notícia me deixou extremamente feliz, se eu não me importasse em parecer uma doida, eu estaria literalmente pulando de alegria, mas mantive minha postura.
- É mesmo? Não parece. - falei fingindo indiferença. - Mas isso não significa que eu queira algo com você.
- Me dê um bom motivo.
- Você é meu refém. Agora vamos logo.
A minha desculpa realmente não era tão falsa, ele realmente era meu refém e seria muito estranho ficar com ele assim, nessas circunstâncias. Se bem que o Denver e a Estolcomo deram certo, mas não éramos eles e eu não estava pronta para entrar em um relacionamento naquele momento.
Continuamos o caminho em silêncio até chegar junto com os outros reféns.
- Eu estava te procurando. - Palermo falou assim que me viu.
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Amsterdã- La casa de papel
Fanfiction"A vida é uma experiência única, por isso vivam cada momento como se fosse o último, porque realmente pode ser." Meu nome é Amsterdã, e sejam bem-vindos ao meu caos! (Essa fanfic se passa depois da parte 3 de la casa de papel)