thirty-one.

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-Você gosta de mim? - Ele pergunta, com os olhos brilhantes e castanhos, pelo contraste do ambiente.

Eu me inclino, pegando a gola da camiseta dele, e puxando ele pra perto de mim. Não sei o que estou fazendo, deve ser meu instinto selvagem, por querer ele demais, por ser apaixonada por esse pedaço de mal caminho bem na minha frente. Ele se surpreende, arqueando as sobrancelhas, mas sorri com a língua dobrada no céu da boca. Eu me aproximo e grudo seus lábios no meu, mas ele desgruda e diz:

-Eu preciso saber rosa, preciso saber se você gosta de mim. - Ele sussurra com aquela merda de voz sensual e grossa.

-Caralho, eu não gosto. - Respondo. Sua expressão se muda por uma de decepção, mas eu complemento. -Sou completamente apaixonada por você, por mais que seja brego dizer isso.

-Não é brego, porque eu também estou. -Ele diz, olhando nos meus olhos.

Ele envolve minha bochecha com a mão, e aproxima meu rosto do dele, dando uma entrada quente com a língua, e me beijando de uma forma intensa,  revezando o lado dos nossos rostos, e roçando o nariz no meu, cada vez que revezamos.

O gosto da boca dele é doce, exatamente como eu pensei que fosse, mas o jeito que ele me me toca, o modo como ele comanda e passeia a língua percorrendo minha boca, me deixa simplismente inconsciente, como se meu corpo estivesse febril, totalmente em chamas.

Se não estivessemos em um lugar público, eu teria perdido o controle, e feito coisas que por mais que sejam "erradas", eu teria feito.

-Rosa... - Ele tenta dizer, mas quando eu vou pegar sua nuca para beijá-lo mais ainda, ele dá uma leve paradinha, junto com uma risadinha abafada, no meio do beijo. -Rosa, eu quero fazer mais coisas, ô se quero, mas a gente tá num lugar...

-Certo. - Eu digo, controlando minha respiração, e impedindo que ele fale coisas indevidas e provoque desejos indevidos no meu corpo.

Vejo ele mordendo o lábio, e sorrindo, acabando o milk shake dele. Ele olha pra mim e se levanta, pegando minha mão e entrelaçando na dele.

-Vamos? - Ele pergunta, com um sorrisinho presunçoso. Dou um apertinho em sua bochecha, e ele ri, beijando minha mandíbula.

Quando ele para na frente do apartamento dele, o céu já está mais escuro e acinzentado. Eu desço da moto e espero ele desligar tudo, até sentir um pouco de frio, e espirrar.

-Eita rosa! - Ele ri. -O espirro parece barulho de fritura... - Ele gargalha da minha cara. Eu esfrego o nariz, porque ele está coçando.

-Não tem graça nenhuma, agora eu estou começando á ficar doente! - Reclamo, batendo nele de brincadeira.

-Não tem problema, eu cuido de você. - Ele sorri, beijando meu nariz, e depois minha testa. Dou um sorrisinho, e coço meu nariz até chegar no apartamento dele.

-É agora que você tem que ligar o aquecedor, porque parece que vai esfriar. - Eu comento. Ele pega o controlinho e revira os olhos, colocando numa temperatura amena.

Eu desabo no sofá, tentando achar um controle pra ligar a tv.

-Rosa, o que você quer fazer hoje? - Crusher pergunta, do outro lado do balcão.

-Não sei... algo bem gostoso. - Eu digo, mas depois de ele arregalhar os olhos e arquear uma sobrancelha rindo, eu percebo a merda que falei. -Não, quer dizer... você entendeu! Quero comer algo bem gostoso. - Eu complemento, mas só piora.

-Tá, eu tenho hambúrguer pra fazer. - Ele diz, rindo e abrindo a geladeira.

Its You | Volsher. [Concluída]Where stories live. Discover now