LXIX. Silêncio no deserto

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10 de Março, Quarta-Feira.

SILÊNCIO NO DESERTO | "Nenhuma promessa falhou de todas as boas palavras que o Senhor falará à casa de Israel; tudo se cumpriu" (Josué 21:45).

A história do povo de Israel é uma das mais conhecidas da Bíblia. Sabemos bem que eles sofreram como escravos na época em que estiveram no Egito e conhecemos a parte em que eles saíram da escravidão e peregrinaram pelo deserto tendo Moisés como seu líder. Logo após, vemos as vitórias que Josué conquistou com o seu exército sendo guiados pelas mãos do Senhor.

Mas, no versículo base deste devocional, o povo já passou por tudo isso e agora desfruta da boa terra prometida. Deus, com sua infinita graça e misericórdia, levou-os em santa segurança para onde Ele queria que o seu povo pudesse viver em paz, contudo, quantas provações não foram precisas para que eles chegassem lá? Só que a questão é que todo ato tem sua consequência.

Quantas vezes não questionamos e murmuramos por estar passando pelo deserto? Quantas vezes não duvidamos das promessas e da palavra do Senhor?

Estamos vivendo dias de pressões físicas e psicológicas intensas. Existem momentos que olhamos de um lado para o outro e não encontramos saída para nosso cansaço. Parece que quanto mais precisamos, mais longe nosso descanso está. É como se corrêssemos uma maratona de distância do nosso descanso. Queremos dormir e não conseguimos. Desejamos lutar e não temos forças. Almejamos bênçãos e elas fogem de nossas mãos.

Mas nosso maior problema é não aprender e saber ouvir e esperar o silêncio do Pai. Por várias vezes, Ele se mantém calado e não responde nossas súplicas, logo, necessitamos aprender a entender quando isto é uma resposta. Por anos e mais anos, o povo de Israel só ouvia o silêncio do Senhor e isso não significou que Ele havia esquecido o povo, mas sim que não era o momento do livramento acontecer. Deus estava preparando o seu escolhido e estava ensinando aos que deveriam ter fé e acabaram não tendo.

Sabemos que durante o deserto somos sujeitos a suportar pressões e aflições, mas isso não significa que o Pai nos esqueceu, mas sim que Ele está trabalhando ao nosso favor. O deserto tende a nos cegar espiritualmente, então, todas as vezes que o Senhor se manifesta, não percebemos. Deixamos a aflição tomar conta do nosso coração e damos brecha para que o inimigo nos cegue totalmente.

Precisamos aprender a viver a fidelidade do Senhor. Ele é Fiel e seu amor por nossas vidas não muda, nem diminui, nós é que, por muitas vezes, deixamos-O de lado e murmuramos assim como o povo de Israel.

Nosso dever como filhos de Deus é aprender que Ele é um pai amoroso e fiel. Ele nunca nos abandonará nem permitirá que os Seus sonhos sejam frustrados em nossas vidas. O que podemos fazer é tardar a bênção do Senhor com nossas próprias palavras. É preciso entender que todo ato tem sua consequência, que tudo que plantarmos colheremos.

Assim como o Senhor cumpriu todas as promessas que havia feito para o povo de Israel, Ele fará também em nossas vidas. Sua graça, misericórdia e amor transborda em nossa história. Não precisamos temer estar "sós". Não devemos duvidar da sua fidelidade e amor. Ele é fiel, longânimo e bondoso. Mesmo quando não merecermos, Ele permanecerá ao nosso lado e nos sustentará.

Contudo, cabe a cada um de nós viver e aprender que o deserto não é para a vida toda, somente é uma fase que todos devemos passar, afinal, somente em meio as provas é que aprendemos o valor da lição. Não podemos pular as fases de uma transição, porque são elas que nos moldam e aperfeiçoam e quem conduz essa transição é Deus e Ele jamais, em hipótese alguma, permitirá que sejamos esquecidos ou deixados. Seu amor e fidelidade se estende de geração em geração, hoje, podemos desfrutar desse infinito e ousado amor.

ThayllaFernanda9

ThayllaFernanda9

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Primeiro Deus (SÓ ATÉ MAIO)Where stories live. Discover now