Enquanto esperava o moreno fiquei sentada em um banco do lado de um grande chafariz, observando as estrelas e pensando em nos dois, rio ao pensar nisso. 'Nos dois' é um pouco estranho se referir a mim e Noah dessa maneira.

Meus sentimentos estavam confusos, se eu e Noah continuarmos assim o que seriamos? Será que existe a possibilidade ser algo a mais?

Quanto mais pensava, mais confusa e um pouco nervosa eu ficava.

Já se passará 15 minutos desde que o moreno me pediu para que o esperasse. Por certo segundo achei que não voltaria, talvez tivesse esquecido ou algo do tipo, quando estou prestes a te mandar uma mensagem escuto, passos atrás de mim.

Era Noah e parecia um pouco atordoado, ofegante, estava vermelho, tinha vindo correndo de seu quarto até aqui?

-Tava apostando corrida com alguém? Às vezes esqueço que você tem 18 anos com mentalidade de cinco. –Falei rindo do moreno que ainda recuperava o fôlego.

-Eu tenho um negócio sério para te contar. –Noah falou enquanto passava as mãos pelos cabelos bagunçados.

-Você ta me assustando, o que foi? –Perguntei agora, mas sem nenhum resquício de sorriso em meu rosto.

-Eu estava vindo para cá depois de arrumar minhas coisas no quarto, quando ouvi a voz de seu pai e de uma mulher no corredor a minha frente. –Noah disse me encarando. –Eles não me viram lá, e então eu achei que não era nada demais e ia sair, mas ouvi seu pai dizendo que você não poderia saber nunca do segredo.

-Segredo? Que segredo? –Perguntei aflita.

-Eu não sei, ele não falou, até ai poderia ser um segredo sobre seu aniversario não sei, mas então eu vi a mulher com quem ele conversava. –O moreno disse e deu uma pausa ao me olhar.

-Continua Noah. –Falei um pouco rude demais, mas a ocasião estava me deixando tensa.

-Era a senhora May, a mãe de Bailey.

Minha cabeça entrou em combustão, que tipo de segredo meu pai esconderia junto com a senhora May. Não faz sentido algum.

-Quando seu pai falou que não poderia contar o segredo, a mãe do Bailey falou que não podia mais ficar escondendo isso, que não podia mais mentir. Seu pai ficou irritado com assunto e então começou a falar algumas coisas, mas não consegui ouvir. Quando vi seu pai andando e indo embora sai correndo e vim pra cá na hora.

Meu coração estava em pedaços, meu pai olhou no fundo dos meus olhos e disse que nunca esconderia um segredo de mim, e eu fiz questão de esquecer sobre a conversa que eu ouvi dias atrás dele com a mulher que agora já não é mais misteriosa.

-Você ta bem? –Noah perguntou ao encarar meus olhos que se encheram de lágrimas.

-Noah ele mentiu pra mim... Ele olhou no fundo dos meus olhos e mentiu pra mim. –Falei com a voz tremula.

Noah não disse mais nada, apenas me puxou para perto de si e me deu um abraço, que pra ser sincera era tudo que eu preciso de um abraço, e eu acho que o dele era o mais especial.

(...)

Depois de um tempo abraçados, Noah me guiou até uma parte do jardim que tinha um pano de piquenique e uma cesta grande e algumas velas acessas.

-O que é isso?

-Eu tinha preparado isso, antes de tudo, mas se você quiser ir pro seu quarto não tem problemas eu entendo. –Disse paciente.

Eu realmente estava muito abalada, me sentia traída, e ir pro meu quarto seria uma boa ideia, mas ao lembrar que as meninas estariam lá ela iriam perguntar o do por que eu estar chorando, não to a fim de falar sobre isso... Não hoje.

-Eu quero ficar aqui... Com você. –Sentei-me ao lado do moreno que começou a tirar vários pedaços de bolos, suco de laranja, algumas frutas de dentro da grande cesta de palha.

(...)

Comemos algumas coisas, em silêncio, uma vez ou outra Noah fazia alguma gracinha pra me fazer rir e eu o admirava por isso, ele poderia simplesmente não ligar pra isso, afinal ele não tem nada vê com a história, mas não ele esta aqui comigo, fazendo de tudo para que eu me sinta bem.

-Nunca tinha ido a um piquenique à noite. –Falei enquanto tomava o resto do meu suco de laranja.

-É eu pensei em fazer de dia, mas eu achei que você ia gostar mais de ter a vista das estrelas. –Noah falou e ele estava mais que certo, estava tudo perfeito.

(...)

Quando acabamos de comer ficamos deitados e vendo as estrelas enquanto riamos de algumas coisas.

As horas foram passando e quando eu estava conversando com ele, eu me sentia bem, esquecia de todo o resto do mundo e isso é bom.



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