Cap. 3 ∥Visita indesejada?

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viagem seguiu calma até encontrarmos uma aglomeração de casas e prédios, era uma cidade movimentada.

─ Esse lugar é imenso! ─ Admirei os arredores, já no centro daquelas ruas lotadas de veículos.

Lojas e mais lojas se aglomeravam ali, não eram tão modernas, mas diria que a atividade comercial já estava bem desenvolvida.

─ Achou isso grande? ─ Ele me acompanha ao descer da moto. ─ Devia ver a Capital do Oeste. Essa cidade não chega nem aos pés dela!

Sorri, abrindo um espaço na minha mente. "Existem coisas ainda mais magníficas por aí!", pensei.

Passamos tanto tempo conversando que até havia me esquecido do tal atropelamento.

─ É lá que sua amiga mora? ─ Encostei o indicador no queixo. ─ Na capital do Oeste?

─ A Bulma? É sim. Ela mora na Corporação Cápsula. Vai me dizer que não conhece também?

Vendo a minha cara de confusão, ele se surpreende. A garota devia ser bem famosa, pelo visto.

─ Nossa! Mas você é desinformada mesmo, hein? Bem, eu vou resolver uma coisas, se procurar vai achar uma oficina aqui pertinho. ─ Oolong se virou para atravessar a rua, mas eu o impedi, tocando em seu braço.

─ Posso ir com você? Eu vou me perder e não vai ser problema te esperar. Assim, quando terminar, você me mostra o caminho. ─ Supliquei com os olhos, com medo de ficar sozinha e sofrer com outros "Não estou nem aí" ou "Saia da minha frente!"

Ele ponderou, revirando os olhos em seguida.

─ Tá bem... Mas não vá me atrapalhar, ouviu?

─ Pode deixar! E obrigada mais uma vez. ─ Respondi, acompanhando seus passos curtos.

Oolong era tão baixinho que eu precisava me inclinar para falar com ele, e mesmo estando ao seu lado, a única visão que tinha era sobre suas orelhas.

Fico imaginando se ele se incomodava por ser tão pequeno, um cotoco se comparado aos outros.

Passamos por vários lugares, contudo não prestei atenção em nada do que ele fazia. Estava mais preocupada em admirar o que estava ao redor, as vitrines, os carros e até as placas de trânsito.

Sempre havia um par de olhos me encarando, como se eu fosse um farol no meio da escuridão. Ou como um palhaço sem circo.

Todas elas me eram familiares, não se pareciam com Oolong ou com Piccolo ─ que eu sinceramente achei que estaria povoando o planeta ─, mas comigo. Os habitantes da Terra eram uma mistura de raças, pelo visto.

─ Me diz uma coisa, garota, por que você está vestida como se estivéssemos no carnaval? ─ Do balcão de uma loja a voz do porquinho se dirige a mim. Nem sabia onde estávamos, muito menos quanto tempo já tínhamos estado ali.

─ Está tão ruim assim? ─ Questionei sem me virar para encará-lo, a voz neutra. Minha atenção se prendera nas flores penduradas em potes na parede.

─ Se tá ruim? ─ Riu de forma estranha, e em seguida mais escandalosa. ─ Você parece aqueles personagens ridículos de desenhos para crianças!

Dragon Ball: Um Mundo Novo para ConhecerWhere stories live. Discover now