58- Coma psicológico.

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HELLO AMORESSSSSSS, como vocês estão?
Quero saber a opinião de vocês sobre algumas categorias da fic!

É importante que vocês respondam para eu saber ok?

Cada capítulo vai ter uma pergunta.

•Qual é o personagem preferido de vocês?

Boa leitura ❤

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-Ela não falou nada ainda. O médico disse que ela ainda está em choque, mas está tudo bem com ela. O médico disse que é uma espécie de coma psicológico. Ele também falou para não tocar no assunto, nem demorar muito lá dentro - assinto enquanto João diz antes que eu entre no quarto para vê-la - nem comenta nada sobre a Violette, ela ainda não sabe.

-Eu te espero lá no carro - Harry anuncia se levantando do banco e eu assinto.

Abro lentamente a porta do quarto e pigarreio anunciando minha entrada, e encontro Marcelly encarando o vaso de flores que João trouxe mais cedo.

Eu me sento na beirada da cama e ela parece não notar minha presença.

-Que bom que acordou - digo esperando alguma reação dela mas a Marcelly continua a olhar para o vazio, como se tivesse desligada desse mundo.

E aí ficamos em silêncio.

-Você está fazendo tanto falta sabia? É tão ruim quando não tem alguém otimista no meio da gente, parece que... Tá tudo perdido - comento me levantando e olhando pela janela - eu sei que nos conhecemos a pouco tempo mas...eu fiquei tão preocupada - me viro para ela e arrumo seus cabelos espalhados no travesseiro - as aulas acabaram e tá sol lá fora - suspiro voltando a me sentar na cama - se você estivesse aqui, tenho certeza que já teria programado o nosso verão todinho - brinco mas ela não esboça reação alguma - você vai ficar bem, eu sei disso - toco sua mão e pela primeira vez consigo chamar a atenção dela, que me olha e seus olhos se arregalam e sua respiração fica pesada e ofegante.

Vejo no aparelho ao lado da cama dela, o que marca a frequência dos batimentos cardíacos aumentar e ela mexer as pernas na cama como quisesse se encolher, a mesma recolhe a mão da minha e tenta se sentar em posição fetal, desesperada.

-Marcelly? Tá tudo bem - digo tentando acalmar ela e seu grito agudo ecoa pelo quarto e pelo corredor, pelo hospital, até alguns enfermeiros entrarem no quarto e para tentar conter ela que tem uma crise de pânico, bem ali, na minha frente.

Os lençóis brancos se pintam de sangue assim que ela dobra os braços e as agulhas dos acessos se quebram em suas veias e meus olhos se arregalam cada vez mais.

-O que aconteceu? - um enfermeira diz me tirando do quarto.

-E-Eu não sei... Ela ... Ela começou a gritar e a se contorcer - explico ainda em choque com a cena que acabo de presenciar.

-O que ela tem? - João me para no corredor e eu balanço a cabeça.

-Eu não... Não sei, eu não fiz nada.

-Eu falei para não falar da Violette nem para tocar no assunto Clhöe - João me repreende e eu vejo mais médicos correrem até o quarto.

-João, eu-não-falei-nada  - digo pausadamente sentindo o nervosismo tomar conta de mim.

-Ela estava bem Clhöe! Só foi você entrar que ...

-EU JÁ DISSE QUE NÃO FALEI NADA! - berro sentindo meus olhos lacrimejarem e ele se cala.

𝕺𝖓𝖔𝖒𝖆𝖙𝖔𝖋𝖔𝖇𝖎𝖆  ➼ʜᴀʀʀʏOnde as histórias ganham vida. Descobre agora