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Manu.

Me arrumei todinha pro baile.

Tô de shorts, um cropped e meu tênis Mizuno.

Cansei de salto alto, na verdade, eu nunca gostei.

Eu só usava por que ficava elegante, mas fala sério né, em um baile você não tem que estar elegante tem que estar apenas arrumada.

E eu me sinto confortável no meu estilo maloqueira, nem todas as mulheres tem que se vestir igual menininha.

Eu tava no carro com bárbara e PK, esses dois tavam discutindo pra vê qual música ia tocar no trajeto até chegar no baile.

Pk queria funk e Bárbara queria sertanejo.

Manu: Gente? - chamei e ninguém me deu atenção.

Continuaram discutindo.

Manu: Já estamos chegando pô! Desliga esse rádio aí, se não vocês vai quebrar o cabo auxilar - suspirei frustada por ninguém me dar atenção mais uma vez.

Vou bater nesses dois, porra véi que chatice.

Depois de escutar mais cinco minutos de briga, chegamos no baile.

Sai correndo do carro, e dei gracas a Deus que meu ouvido teve paz.

Bárbara: Vamo fia, vai ficar aí parada? - parou do meu lado.

Manu: Tava agradecendo a Deus por não estar mais escutando sua voz e a do PK. Vou voltar sozinha na hora que acabar o baile, seloco aguento vocês não mané.

Ela deu risada e eu andei na frente, enquanto o vagabundo do PK nem esperou nois. Já tava lá no camarote bebendo pá caraí.

Fui passando e o povo foi abrindo espaço.

É disso que eu gosto, de respeito!

Subimos pro camarote e tinha gente demais ali, não conhecia nem a metade.

Mas ignorei o fato do camarote ter mais piranha do que homem e fui do lado do Felipe conversar com ele.

Hoje em dia não vejo mais maldade nele, espero que ele não veja em mim também.

Se tornou um grande amigo pra mim, me apoiou e me apoia até hoje nos meus momentos difíceis.

Manu: Eai cão - sentei do seu lado roubando seu copo de bebida.

Felipe: O loca bebe isso não, tem droga aí dentro maluca.

Manu: Idai? Eu gosto de drogas - dei risada e ele também.

Felipe: Tu tá bem?

Manu: Ah, digamos que bem bem bem eu não estou né. Mas vou ficar! Só não gosto de ficar demonstrando a minha fraqueza pros outros tlgd né.

Ele assentiu e ficamos em silêncio vendo o povo lá na pista.

Felipe: olha aquela mina ali com o shorts socado no cu, cruz credo - apontou rindo.

Aquele baile funk Onde as histórias ganham vida. Descobre agora