Capítulo 11

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E aí, a música acabou. Estávamos em mesma sintonia. Eu ouvia o seu coração, e provavelmente ele escutou o meu, pois estava acelerado.

Christopher estava com uma expressão diferente. Na maioria das vezes o encontrava sempre alegre e com um sorriso maleta. Dessa vez, ele parecia meio sério. Seu olhar escondia muita coisa.

Paramos de rodopiar pela varanda mas ainda colados um no outro. Estávamos próximos, centímetros de distância e nossos lábios quase se encontraram.

— É melhor a gente ir embora. O Matthew ou a Amber podem aparecer. — falo olhando para baixo evitando que aconteça um beijo.

— Mas o que tem eles saberem? — Chris acompanhava meu olhar.

— Você não ia gostar que a Amber visse nós dois juntos. — falo diretamente.

— Para falar a verdade, eu não ia me importar.

— Mas ela ia se importar. Vocês estão juntos.

— Eu não sei o que você pensa, mas não temos nada com o outro.

— Mas se Matthew aparecesse aqui, ele ia se importar. E eu também. — falo com toda certeza.

— Tá legal. Se você diz... — Foster fala enquanto saía da varanda.

Ele foi em direção ao corredor e em passos ásperos entra em um dos quartos.

Eu não queria ficar mais tempo com ele, mas fiquei com curiosidade a respeito das ações de Chris.

Passei pela porta que o mesmo entrou e percebo que ela está aberta. Tento espiar o máximo possível e não resisti, acabei entrando.

Foster estava de costas para mim. Enquanto finalmente fiquei em seu lado, esperei ele falar alguma coisa.

Ele olha para mim com uma expressão séria e fica de frente a mim, me sentindo intimidada.

— Você perguntou o que eu queria com você. Eu lhe pergunto. A gente está jogando o mesmo jogo, Füller? — ele diz enquanto uma das sobrancelhas se arquearam.

— Eu não sei qual jogo você joga. Esse é o problema.

— Acho que você sabe sim. Você age como se não tivesse interesse, mas hoje percebi que estava enganado.

— Foster, você que dá as cartas. Não sou eu que está manipulando.

— Tá legal. Mas não é só eu que provoco. Se não você não estaria nem aqui comigo.

— Eu não sei nem o que estou fazendo aqui. Eu vou voltar lá para baixo.

— Vá em frente. Mas nós dois sabemos que somos mais parecidos do que pensamos. Se você descer lá para baixo, não vai parar de pensar em mim.

— Você é tão hipócrita. Porque acha que tudo o que eu faço tem relação com você?

— Então desça. Mas se você fizer isso, vou entender que quer distância, e então eu te prometo que nunca mais vou falar com você, nem se quer olhar para sua cara, se é o que você deseja. — ele fala se aconchegando em uma das poltronas de veludo que tinha naquele quarto. Aquele ambiente era escuro e a única luz que tinha era do abajur ao lado da cama. O quarto era todo inspirado em bandas e atletismo.

E então, eu virei de costas. Por mais que eu negasse tudo o que o Chris falou, no fundo ele estava certo de que eu estava carente daquela brincadeira de nós dois, mas a ideia de que ele não aparecesse mais na minha vida antes que seja tarde demais, era bem melhor.

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⏰ Last updated: Apr 10, 2020 ⏰

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New York and Bad BoysWhere stories live. Discover now