As rosas não falam...

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Narrado por Eliane Giardini

Werner foi se levantando aos poucos e eu senti um leve balançar na cama, me virei ainda confusa.

- Aonde você vai? - perguntei sonolenta.

- Eu preciso ir, meus filhos estão em casa sozinhos - ele sorriu sem jeito.

- Cuidado Werner, você quer eu te leve pra casa? - me preocupei, pois ele estava sem carro.

- Não, não mesmo, eu já pedi um táxi, ele já está chegando - se aproximou e me deu um selinho.

- Quando você chegar em casa, me avisa, por favor - me levantei e o acompanhei até porta, a noite era fria e ventava bastante, ao entrar no táxi, soltou um beijo no ar e correspondi. Rapidamente, voltei para o apartamento direto para o quarto, sorri sozinha ao olhar os lençóis bagunçados, abri o meu armário e peguei uma camisola mais quentinhas e vesti, organizei a cama. Minutos depois, quando deitei, o celular vibrou com um sms, assim que olhei era uma mensagem dele "Já cheguei, bons sonhos Uruguaiana." Mordi os lábios ao ler a mensagem e adormeci .

Uma luz forte estava em meu rosto e um som alto da cigarra estava me incomodando, desci ainda de camisola, e abrir a porta, era o Werner com um buquê de rosas nas mãos sorrindo.

- Já? Tão cedo! - ele sorriu e me entregou as rosas.

- Eu nem consegui dormir, o seu cheiro estava impregnado nas minhas roupas, você me perturba até de longe, uruguaiana. - ele se aproximou e me puxou pela cintura, invadindo a minha boca de forma fugaz, me senti sufocada com aquele beijo ávido e intenso, precisava de ar, quando nos apartamos um do outro, olhei para ele e sorri sensualmente, tomada por um desejo ardente puxei sua nuca e quando íamos selar nossos lábios mais uma vez, acordei assutada enroscada no lençol.

Passei a mão no rosto e nos lábios ainda em choque com o sonho, fechei os olhos e pude senti seu hálito quente, me levantei com rapidez e fui tomar um banho, precisava desconectar e despertar para minha realidade.

Narrado por Werner Schünemann

O taxista percorria o caminho até o Recreio sem trânsito algum, pois já era madrugada. Minha casa fica tão longe e não demorei muito para chegar. Ao adentrar em casa, segui direto para o meu quarto, subi as escadas quase correndo. Já no quarto, retirei minha camisa enquanto andava até o banheiro, no mesmo, retirei o restante das peças de roupas que cobrem o meu corpo. Entrei no boxe, liguei o chuveiro e tomei um banho frio muito relaxante.

Mais ou menos meia hora se passaram, terminei o banho e fiz minha higiene pessoal, incluindo algumas reparações na barba. Vesti uma cueca box preta e uma bermuda folgada, optei por ficar sem camisa. Deitei na cama sentindo que meu corpo precisa de um descanso com certa urgência.

- Pai? – ouvia uma voz baixinha feminina me chamar.

– Pai! – o tom da voz ia aumentando gradativamente, porém evito abrir os olhos.

- Pai?- desta vez a voz soou grave e imponente, tive que abrir os olhos. Observei meus dois filhos me observando indignads.

– Vamos pai, estamos quase atrasados. – sorri ainda com sono.

- Vamos pai – minha menina falou dengosa.

Tive a impressão de dormir durante minutos. Levantei e fui direto para o closet escolher uma roupa para poder levá-los ao aeroporto. Se passaram alguns minutos, todos estávamos prontos, coloquei as malas no automóvel, que graças a Deus, chegou da oficina hoje de manhã antes de sairmos, foi trazido pelo da empresa rapaz encarregado desde serviço, caso contrário teríamos ido de táxi. Entramos no veículo e comecei a dirigir em direção do aeroporto.

Contigo en la distanciaOnde histórias criam vida. Descubra agora