28. Um pouco de "seguir em frente"

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|Belinda|

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|Belinda|

— Fala sério, Belinda! Você precisa se divertir um pouco. Vem com a gente logo. — Francesca aumenta o seu tom de voz juntando as suas mãos em um pedido. — Por favor! Você já está trancada nesse quarto há dias.

— Não estou nada! — Deito na minha cama sem muita animação. O meu cabelo embolado me incomoda, e por isso eu o prendo em um rabo de cavalo rápido. Parece que tudo me incomoda ou me deixa triste de umas semanas pra cá. Minha mãe inventou até de me levar em um psicólogo semana passada. O pobre homem ficou assustado com tanto problema, desespero e frases sem nexos que eu dizia enquanto chorava.

— Você só come e dorme! — Carmela observa o seu reflexo no espelho pela milésima vez em pouco menos de dois minutos. Parece que a minha irmã mais desleixada se tornou a mais vaidosa, o que é quase impossível já que a Francesca é uma barbie ambulante, em um piscar de dedos. O que será que eu perdi durante essas semanas?

— É verdade mesmo! — A Blanca concorda sem a menor animação. A Fran e a Carm a proibiram de ir para a festa de um tal de um Harry, que faz parte do clube de fotografia da nossa escola.

— Aff! Se você não sair eu serei obrigada a te puxar! — Francesca me ameaça novamente, mas dessa vez com uma expressão mais brava do que de costume.

Reviro os olhos.

— Vamos fazer um acordo então! Se a Berenice concordar que eu vá, eu vou.

Essa com certeza é a jogada mais inteligente que eu posso fazer. Bere com toda certeza irá querer que eu fique com ela, já que a mesma odeia ficar sozinha com a Blanca em casa. As duas sempre acabam se matando por motivos super aleatórios e que só fazem sentido na cabeça delas.

— Fechado! — Fran dá um grito animado jogando o batom que estava passando em sua boca em cima da cama como se naquele momento ele não tivesse a menor importância para ela, o que é extremamente estranho já que a Fran cuida dos seus batons vermelhos como se fossem os seus próprios filhos. — BERENICEEEE!

Bere, que antes estava na cozinha, aparece na porta do meu quarto, no qual a Carmela e a Fran cismaram em se arrumar pensando que de alguma forma eu iria me animar para ir também, já a Blanca, só veio parar aqui para reclamar de não poder ir com a gente mesmo, e acabou deitada na minha cama sofrendo por não poder comer as maravilhosas panquecas do pai do Harry, que ficou famoso por abrir uma loja de panquecas na cidade.

— O que foi? — Ela pergunta de boca cheia. Na mão direita ela segura um sanduíche de atum e na esquerda segura um sanduíche de frango. Como um ser tão pequeno consegue guardar tanta comida na barriga?

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