0.8. Um pouco bêbado

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|Steve|

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|Steve|

Já se passou uma semana desde o grande dia em que nós declaramos guerra no corredor da Reven High School, mas até agora ninguém ousou atacar. Eu acredito que seja porque se der merda, a família que não começou pode alegar que apenas contra atacou quando a outra família começou. Ou seja, até agora nada de interessante aconteceu. A única coisa que eu sei sobre as nossas vizinhas é que elas conseguiram pintar o cabelo, e que estão sendo odiadas por algumas pessoas do nosso colégio pelo fato do Bryan Evans, ou seja, meu irmão, ter espalhado que está em guerra com as quatro, e como o pessoal é tudo puxa saco do Bryan, começaram a não ser muito fãs das meninas também.

Parece que o ódio triplicou entre as nossas famílias. Estamos mesmo em guerra, sendo que sem ataque algum. 

Nada de diferente aconteceu nessa semana. A minha rotina está sendo resumida em ir pra escola, prestar atenção nas aulas, depois ir para a biblioteca, estudar mais, almoçar em um restaurante próximo, porque a comida da escola é terrível, e depois treinar basquete com a equipe na quadra da escola à tarde.

Fico triste pelo fato do papai não ter deixado eu sair em nenhum dia dessa semana. Queria tanto ir no clube de leitura, mas o meu pai sempre alega que eu preciso descansar para o treino do dia seguinte. Eu acredito que ele pense que eu deva sair para beber cerveja ou ir para festas como o meu irmão Bryan, mas a única coisa que quero fazer é apresentar os meus milhares de textos para o clube.

— STEVE! — Eu escuto o Zac abrir a porta do meu quarto com força. Ele parece estar nervoso e assustado.

Deixo o meu caderno de poesias no criado mudo e levanto da cama indo até ele. Pego a minha camisa no meu armário e a coloco.

— O que aconteceu? — Arqueio a sobrancelha.

— Bryan saiu há algumas horas. Ele parecia meio atormentado, mas eu preferi não perguntar nada. Agora depois de umas três horas eu decidi ligar para ele, e quando ele atendeu estava com uma voz embriagada. O Bryan não conseguia nem formular uma simples frase, Steve. Ele estava muito bêbado mesmo. Tenho medo dele voltar dirigindo, e no final acontecer algum acidente.

— Merda! — Resmungo calçando os meus tênis e correndo para fora do quarto. — Cuida das crianças, e não deixe o meu pai descobrir que eu e o Bryan estamos fora. Vou atrás dele.

— Tudo bem. — Zac engole em seco. Ele está desesperado e preocupado.

— Diga para o Kevin que nós estamos dormindo. — Eu aviso descendo as escadas correndo, e encontrando o Tom na metade do caminho.

— Steve, quer brincar de carrinho comigo? — Tom abre um sorriso tirando dois carrinhos do bolso.

— Vou ter que sair rapidinho! Mas prometo que quando eu chegar eu brinco, por enquanto o Zac pode brincar com você. — Tento abrir um sorriso despreocupado, mesmo não estando. Bagunço os cabelos do meu irmão. Tom dá de ombros e logo em seguida corre até o colo do Zac.

ADVERSÁRIOSWhere stories live. Discover now