𝑁𝑜𝑡ℎ𝑖𝑛𝑔 𝑏𝑟𝑒𝑎𝑘𝑠 𝑙𝑖𝑘𝑒 𝑎 ℎ𝑒𝑎𝑟𝑡.

3.6K 303 237
                                    

       Em 1865

 Eu estava caminhando pelos corredores gélidos do hospital, estou internado por conta de minha pneumonia

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Eu estava caminhando pelos corredores gélidos do hospital, estou internado por conta de minha pneumonia.

Havia vários pacientes nas macas distribuídas pelo corredor, alguns piores que os outros. Já uns, iriam para o calabouço, dizem que era os loucos e que davam um bom tratamento.

Com "bom tratamento", eles querem dizer: 𝑜 𝑎𝑠𝑠𝑎𝑠𝑠𝑖𝑛𝑎𝑚𝑜𝑠. Sim, matavam-os. Os hospitais são violentos, se você não seguir o certo padrão, ou sofrer de algum problema emocional, você é brutalmente assassinado! Talvez por máquina de choque, apodrecendo no calabouço com vários outros doentes grudados um no outro, talvez de sua própria loucura. É algo que nunca saberemos e particularmente não quero saber.

— Senhor Chalamet? — Enfermeira perguntou, com um sorriso estampado em sua face. Me tirou de meus pensamentos.

— Sim? — Pergunto a analisando. Olhei para suas mãos e estavam um pouco suja de sangue. A mesma percebeu que eu estava olhando para os sangues em suas mãos, passou a mão em seu avental tentando disfarçar e aumentou o sorriso de seu rosto.

— Hora de seus medicamentos, Chalamet. — Disse e pegou meu braço, me puxando para uma das salas.

Tento-me tirar de seus braços mas ela injetou algo em mim, que me fez desmaiar.

...

Acordei com uma camisa de força presa a mim, em um ambiente pequeno, com paredes cinzas e alguns equipamentos médicos em meu lado.

— Onde estou? — Perguntei, um pouco tonto por causa do medicamento. A enfermeira sorriu novamente, aquele sorriso assustador.

— Você viu minhas mãos sujas de sangue, você terá que pagar por isso. — Disse pegando um bisturi.

— Não! — Gritei, apavorado.

A mesma se aproximou e retirou a camiseta de força, deixando meu tronco exposto e amarrou meus braços na maca. Pegou o bisturi e fez um corte em meu abdômen.

— Isso dói? — Perguntou sarcasticamente ao me ver se contorcendo.

— Sim! Pare! — Grito mais alto. Quando percebo, ela está fazendo um círculo com o bisturi em minha pele.

— Fique quieto, eu preciso fazer isso ou serei condenada a viver nas trevas para todo sempre. — Disse impaciente. E assim fez uma estrela de ponta cabeça em mim, eu gritava e gritava muito. Mas ninguém podia me ouvir, eu estava morrendo, lentamente e em agonia.

𝐷𝑎𝑟𝑘 ✞ Timothée ChalametOnde as histórias ganham vida. Descobre agora