♦SEIS♦

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O prédio onde a ratinha mora, é simples e sem segurança

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O prédio onde a ratinha mora, é simples e sem segurança. Quando cheguei não tinha um porteiro para avisar que eu queria falar com ela, isso significa que qualquer um pode entrar e sair.

Quando ela abriu a porta, confesso que detetestei vê-la com o rosto vermelho, mas logo tratei de esquecer aquilo.

José me provou ser um homem sem escrúpulos, quando o cassino foi invadido ele foi o primeiro a correr, então hoje de manhã eu o achei em um bar.

Quando disse que sabia quem ele era e o que fez na noite passada, ele ficou branco e confesso que adorei ver o medo em seus olhos. Ele não pensou duas vezes antes de assinar o papel que supostamente passa a guarda do moleque, ele não pensou na dor que a ratinha iria sentir.

Eu não vou ficar com a guarda da criança, e como eu sei que a Anastácia fará de tudo para ter a guarda, isso tornará tudo mais fácil.

Tudo calculado com antecedência para ter o sucesso no final.

Anastácia bate a porta do quarto e José volta a me enfrentar.

— Vai me tirar daqui a força? Acha que eu tenho medo? _respiro fundo e fecho minha mão.

Meu punho encontrou seu rosto duas vezes, na terceira ele caí sentado no sofá, o peguei pelo colarinho e sem paciência nenhuma abro a porta e o jogo para fora.

— Fique longe deles ou nós veremos e não vai ser nada bom pra você. _fecho a porta e vou até a porta do quarto onde a ratinha está.

Levanto a mão para bater, mas paro no meio do caminho, dou meia volta e sento no sofá, uma hora ela terá que sair.

**

— Tia eu quelo ser bombeiro. _uma voz infantil me faz abrir os olhos.

— Quem é você? Cadê a Ana? _a morena pergunta com as mãos na cintura.

— Sou o Christian, chefe da Anastácia e no momento ela esta trancada no quarto. _digo e o loirinho se aproxima.

— Gosta de calinho? _pergunta me entregando um carro azul.

— Tedd _ a voz da morena é tensa.

— Qual seu nome? _pergunto ignorando o olhar raivoso da morena, que até agora não sei o nome.

Edd _diz passando o carrinho na minha perna.

— O nome dele é Theodoro, mas chamamos de Tedd.

— E você, como se chama?

— Elisa. _ela arruma o rabo de cavalo e olha para o sobrinho. — Fica aqui Tedd, vou chamar sua mãe.

— A Tia é baba _diz me encarando.

Observo seu rostinho pequeno, ele ainda come algumas letras, mas isso o deixa de certa maneira fofo. Será que o filho do Cézar vai ser assim? Ou vai ser uma criança mimado como a mãe?

— Saí de perto dele. _Saio dos meus devaneios com a voz irritada da minha ratinha.

— Eu estava quieto aqui, ele que veio. _me defendo e o loirinho me entrega outro carrinho.

— Amor, esta na hora de escovar os dentes para dormi.

Edd não tem sono. _responde me fazendo sorrir.

— Vamos Tedd, ou não vamos assistir nenhum filme hoje. _Elisa diz tirando um sorriso dele.

— Tchau Cistitan.

— Tchau loirinho. _bagunço seu cabelo antes dele sair correndo.

A porta é fechada, e o clima na sala é tenso, Anastácia para na minha frente e aponta o dedo no meu rosto.

— Você não vai ficar com ele. _diz pausadamente.

— Tenho um papel que mostra o contrário. _minto.

O contrato é falso, mas ninguém precisa saber disso, o contrato original ela vai assinar daqui alguns dias.

— Eu vou recorrer, eu vou ganhar. _me levanto ficando a centímetros dela.

— Ou podemos fazer outro contrato. _minha voz é baixa, ela me encara com raiva. — Um contrato onde você fica no lugar dele, é apenas um ano.

— Você é louco.

— Pense ratinha, quero uma resposta na segunda.

— Ja mandei você enfiar esse ratinha no... Tampo a sua boca novamente.

— Que palavreado feio, imagina se o moleque ouve. _ela empurra minha mão e caminha decidida até a porta.

— Saía da minha casa. _abre a porta e não me olha.

Fecho a porta e a empurro contra a parede, nossas respirações se misturam e o clima tenso não existe mais. Observo seu rosto vermelho, seus lindos olhos e sua boca entre aberta parece implorar pela minha.

— Pense ratinha, um ano passa rápido e você poderá ter seu filho só para você. _ela aperta meus braços me puxando para mais perto.

— Vai embora.

— Acho que o seu corpo não quer que eu vá embora _sussurro com a boca praticamente grudada na dela, estamos presos numa bolha só nossa.

Beijo o canto de sua boca e passo para seu pescoço, ela joga a cabeça para o lado me dando mais acesso. Passo os dentes e um gemido quase inaudível escapa pelo seus lábios.

Ela esta totalmente entregue a mim!

— Pense na minha proposta. _sussurro e mordo o lóbulo da sua orelha. — Até segunda ratinha. _ me afasto e abro a porta.

Dou uma última olhada, e ela continua encostada na parede com os olhos fechados.

Será um ano muito interessante.

[...]

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Louca Proposta ·01· (SERÁ RETIRADA DIA 02 DE JUNHO)Where stories live. Discover now