Uma escola, um castigo e o jardim

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Jully

Acordei com o barulho irritante do despertador, o qual foi esmagado por mim.

"Um dia entediante como todos os outros"

Estava lutando para que conseguisse abrir meus olhos e me levantar, depois de alguns minutos, eu consegui. Fui em direção ao banheiro e olhei para o espelho e como de costume, meus longos cabelos vermelhos cor de fogo, estavam um caos, meus olhos verdes acendiam-se aos poucos. Continuava a me parecer com o gasparzinho por causa da minha pele e ainda tinha essas sarnas infernais nas minhas bochechas.

"Que preguiça"

Lavei os olhos, escovei os dentes e vesti uma camisa branca com uma jaqueta preta com as mangas rasgadas, um short rasgado com uma meia listrada pouco acima do joelho.

Então desci as escadas, comeria algo na escola. Abri a porta e olhei para minha mãe que estava sentada na poltrona dela.

-Tchau mãe, vou pra escola agora- fiquei parada perante a porta por alguns segundos.

Sem resposta... Como sempre.

Fechei a porta e comecei a correr como se estivesse correndo atrás de comida - se eu corresse assim na educação física, tiraria 1000... se é que essa nota existe - e em menos de 5 minutos, cheguei na escola que fica praticamente na China. Depois de passar pelo portão que estava se fechando, quase fui esmagada por ele e quando voltei a correr, esbarrei em um cadeirante, o qual apenas me olhou, suspirou e pegou seus livros que haviam sido derrubados. Não vou voltar para ajudá-lo... não tenho essa obrigação e muito menos de me desculpar com ninguém. Continuei a correr até que finalmente cheguei na sala de aula.

Tratei de me sentar no fundo, perto da parede. Gostava de me sentar lá para não ficar muito perto das outras pessoas. Joguei a mochila na cadeira e me sentei, colocando os pés em cima da mesa, fazendo com que alguns - uns 2 ou 3 - ficassem intrigados, enquanto um bando de otários - jogadores de futebol americano, a julgar pelas roupas - olhavam para mim, alguns sorriram e dois piscaram os olhos. Apenas revirei os olhos em resposta. Aff, ninguém merece ser cantada por esse tipo de cara - mesmo sendo lindos de morrer - conheço bem os famosos jogadores de football que desconhecem a utilização do cérebro, vivem usando força bruta e desfilando com líderes de torcida mais burras do que uma porta, e ainda se acham o máximo.

-Primeiramente... sejam bem-vindos e espero que possamos nos dar bem esse ano- o professor tinha entrado e eu nem vi. Bleh, o velho discurso no primeiro dia de aula, depois começa a dar 0 pra todo mundo. Como de costume- E... Srta. Carter, poderia fazer o favor de tirar seus pés da mesa?

Mesmo sendo a 7° vez que sou transferida de escola, essa é uma das coisas que nunca muda. Professores chatos. Apenas revirei os olhos.

-Srta. Carter- ficou com um semblante sério. Então resolvi colocar os pés no chão e bufei- Assim está melhor.

De repente ouve-se alguém na porta.

-Com licença, posso entrar?- o professor logo foi em direção da porta e a abriu.

-Ola Sr. Parker, problemas com as rodas novamente?- o professor arqueou a sobrancelha. Pude ouvir risadinhas abafadas vindas dos jogadores idiotas que estavam sentados perto de mim.

Era o cara com quem esbarrei a alguns minutos atrás. Possuía a pele um pouco bronzeada, cabelos cacheados da metade para cima e de cor castanho claro e olhos roxos. Para um cadeirante, até que ele é gatinho.

-Apenas um problema sem importância, não vai se repetir. Me desculpe- ele olhou fixamente para o professor, que deu uma risada.

-Não precisa se desculpar, apenas sente-se e abra o livro de física na página 127- o professor sorriu amigavelmente.

Goodbye and Keep GoingOnde as histórias ganham vida. Descobre agora