Capítulo Vinte e Três

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Lucius prensava Draco contra a parede, tentando contê-lo.

- Me deixe ir atrás dela! - ele se debatia - Eu preciso ir atrás dela! - lágrimas escorriam de seus olhos.

- Filho, não existe nem mais um corredor para você poder ir atrás dela! - falou Lucius soltando-o.

Draco se apoiou na parede e lentamente se sentou no chão. Precisava de um tempo para pensar e se recuperar.

- Ah meu querido... - sua mãe se ajoelhou aos seu lado, abraçando-o.

Lucius se sentou do outro lado do filho e os três ficaram lá por um tempo, tentando absorver a situação.

O patriarca Malfoy sentiu a Marca Negra queimar em seu braço, ele ficou mais pálido do que já era.

- Ele... Ele está me chamando. - olhou para a esposa e filho - Não saiam daqui, eu já volto.

Mãe e filho ficaram sentados lá por um longo tempo.

- Mãe...

- Pode ir. - Narcisa o interrompeu e Draco a olhou, curioso - Sei que você não quer ficar aqui parado enquanto há uma guerra lá fora. Pode ir lutar. Desde que você se cuide e siga o seu coração.

Draco sorriu, beijou a mãe na bochecha e, em um pulo se levantou e partiu.

Precisava encontrar os seus amigos. Precisava chamá-los para lutar.

Precisava vingar Astória.

Ele corria por toda Hogwarts a procura deles. No caminho, encontrava alguns de seus colegas Comensais, sem nem hesitar, Draco os atacava.

Duelava fortemente com eles. Eles o olhavam descrentes, chocados, com as ações do garoto.

- TRAIDOR!! - berrou Corban Yaxley - Espere isso chegar ao conhecimento do Lorde das Trevas.

- Estupefaça - disse Draco.

- Protego - convocou o Comensal fazendo o feitiço ricochetear. Por sorte, Draco conseguiu se esquivar.

- Bombarda - gritou apontando para o teto do corredor, fazendo parte dele cair em cima de Yaxley.

Draco se aproximou dele e viu que estava desacordado. Não tinha ideia se estava morto ou não, mas ele não tinha tempo para isso no momento.

Rezava para que essa traição não chegasse tão cedo aos ouvidos de Voldemort, se chegasse, estava morto.

Ele parou de correr quando uma voz fria e sibilante penetrou em seus pensamentos.

- Vocês lutaram bravamente, mas em vão. Eu não queria isto. Cada gota de sangue mágico derramada é um terrível desperdício. E, por isso, ordeno que as minhas forças se retirem. Na ausência delas, dêem um destino digno aos seus mortos. - ele fez uma pausa - Harry Potter, falo agora diretamente com você. Nesta noite, você permitiu que seus amigos morressem por você em vez de me enfrentar pessoalmente. Não existe desonra maior. Encontre-me na Floresta Proibida e enfrente o seu destino. Se você não fizer isso, eu matarei até o último homem, mulher e criança que tente esconder você de mim.

Draco suspirou. A situação estava feia mesmo.

Continuou a correr. Finalmente, encontrou seus amigos sentados em uma escada que dava para o segundo andar da escola.

Eles estavam meio sujos e levavam alguns machucados pelo corpo, mas estavam sentados, conversando, tranquilamente.

- Oi gente. - falou Draco meio sem graça, pois nos últimos tempos, havia se afastado dos amigos sem dar um motivo aparente.

I NEED YOUR LOVE | DrastóriaWhere stories live. Discover now