Capítulo Dois

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Draco Malfoy andava pelo pequeno bosque ao redor dos acampamentos. Olhava inquieto para o caos instalado pelos Comensais da Morte e pensando onde seus pais estavam no momento.

Havia se perdido de sua mãe na fuga, mas ela deveria estar bem, a sua preocupação caía em seu pai. Será que tudo dera certo? Será que alguém foi pego?

Ele odiava essa incerteza, esse risco.

Olhou para a Marca Negra verde e reluzente no céu noturno. Suspirou. Por que tinha que ser assim?

Seus pensamentos foram cortados com um barulho de passos na grama.

Nem se deu o trabalho de olhar quem era. Seja quem for, não importa, não tinha medo de ninguém. Ninguém teria sequer coragem de fazer algo com ele.

— Ora ora, se não é Draco Mal-foda-se. — uma voz feminina soou com um fundo de deboche.

Draco olhou na direção da voz. Astória Greengrass estava parada com seus longos cabelos negros e seus lindos lábios em um sorriso maroto.

— Ora, ora se não é a criatura mais insuportável do Universo. — respondeu no mesmo tom — Está fugindo Greengrass?

— Você não? — desafiou.

— Apenas por pedido de minha mãe. Não tenho porquê fugir.

— Bancando o corajoso Malfoy? Isso realmente não combina com você. Ou será que você já esqueceu o incidente com o hipogrifo ano passado? — ele a olhou com um olhar mortal — Como você reagiu mesmo? ELE ME MATOU! ELE ME MATOU! — e ela caiu na gargalhada.

Ele virou para ela e lançou o seu olhar mais frio.

— E como você sabe disso Greengrass? É um ano mais nova.

— A escola inteira sabe, Mal-foda-se.

— Pare de me chamar assim!

— Ah, mas combina tanto com você!

Ele ignorou o comentário. Não adiantava discutir por isso, ela não ia parar de qualquer maneira. Voltou o seu olhar para os acampamentos destruídos e voltou a perder-se em seus pensamentos.

Sentiu Astória parar ao seu lado e observar o horizonte com ele, perdida nos próprios devaneios.

Ficaram lá parados um ao lado do outro por um bom tempo. A Greengrass mais nova olhou por uns instantes para Malfoy e viu um relance de preocupação em seus olhos acinzentados.

A garota voltou os olhos para a Marca Negra no céu. Não resistiu em perguntar:

— Está preocupado com os seus pais, não está?

— E quem não estaria? — retrucou ele.

— Harry Potter, talvez. — respondeu deboche, sabendo que o comentário faria o garoto rir.

— Como você consegue ter uma língua tão afiada? - perguntou Malfoy num tom divertido, com um pequeno sorriso no rosto.

— Anos de prática para conseguir aperfeiçoar minhas habilidades. — ela respondeu no mesmo tom — Quanto tempo demorou para você conseguir aperfeiçoar sua arrogância?

— Nasci perfeito assim. — brincou com seu ar superior — E você se esqueceu de mencionar o sarcasmo e é claro, — disse como se fosse óbvio — o fato de que eu sempre estou com razão!

Ambos riram com o comentário

— Não sabia que você é tão iludido!

— Ué! Mas não é verdade? — questionou Draco — Não é de se esperar que algo tão lindo como eu tenha uma inteligência acima do padrão?

Ela gargalhou.

— Você realmente não presta! — a garota tentava segurar a risada — Nunca ouvi nada tão estúpido na minha vida!!

Draco colocou a mão no peito, dramaticamente e a olhou como se estivesse ofendido, mas ela percebeu o divertimento no olhar.

— Nunca pensei que você tivesse senso de humor, Mal-foda-se!

— Isso foi um elogio?

— Nem nos seus sonhos.

— Obrigado mesmo assim. E você não é assim tão insuportável.

— Obrigada, senhor, isso significa tanto para mim! — falou Astória com falsa emoção, Draco sorriu.

— Acho que essa é a maior conversa que já tivemos na vida.

— Sim, com certeza. — ela confirmou.

Os dois ficaram se encarando por um tempo até Astória desviar o olhar em direção aos acampamentos novamente.

Draco continuou a observando. Os cabelos negros e compridos caiam pelos seus ombros. Os olhos, de um forte tom de verde, eram misteriosos e difíceis de ler. Ela emanava frieza e tranquilidade, como o mar durante o inverno.

Nunca imaginou que ela seria divertida, e muito menos que seria bom estar na presença dela, momentaneamente ela o fez esquecer suas preocupações. E ele sabia que ele a havia ajudado também, ela estava igualmente preocupada, só não demonstrava.

O garoto, percebendo que ainda a encarava, desviou o olhar.

Astória suspirou.

— Bem, acho que tudo já acalmou por lá. — comentou.

— Pois é. — concordou Draco simplesmente.

— Preciso encontrar a minha família. Até algum dia Draco Mal-foda-se.

— Espero que se perca no caminho. — provocou Malfoy.

Ela riu enquanto seguia o seu caminho. Draco a observou até desaparecer de vista. Pela primeira vez, o garoto sentiu simpatia por Astória, e pensou, involuntariamente, que seria ótimo ter ela como amiga.

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Dois capítulos em um dia? Não vão se acostumando hein? kkkkkk

Espero que gostem do capítulo!

Votem e comentem! Por favor, isso ajuda muito!

Até a próxima <3


I NEED YOUR LOVE | DrastóriaWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu