Capítulo Vinte

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Draco estava sentado no chão, encostado em uma cabine, dentro do banheiro da Murta Que Geme. Ele olhava fixamente para a parede, alheio em qualquer pensamento que não fosse a realidade que ele estava vivendo.

Ele quase não frequentava mais as aulas. De todas ele só participava de Poções, porque era sua matéria favorita, e Transfiguração, porque a professora McGonnagal não admitia faltas.

Ele evitava todos os lugares possíveis. Não queria entrar em contato com ninguém.

Ele não comia no Salão Principal. Não frequentava o Salão Comunal. Era sempre o último a entrar no dormitório e o primeiro a sair pela manhã.

Blásio, Pansy e Daphne tentaram, no início, conversar com ele e incluí-lo em tudo, mas eles logo desistiram, Draco já se afastara deles a um ano.

De vez em quando ele chorava também. Ali, no banheiro, sozinho. Nem a Murta Que Geme lhe fazia companhia mais. O que era melhor assim, ele não queria ninguém mesmo.

Na verdade, queria sim. Queria muito. Principalmente, uma garota em especial. Aquilo não era questão de querer e sim, de poder. Ele não podia...

Ou ele era apenas um covarde.

Com certeza ele era um covarde.

Draco pôs as mãos no rosto se segurando para não chorar. Ele já havia chorado aquele dia e não queria chorar de novo. Até porque, não iria mudar nada mesmo.

Draco suspirou. Toda aquela melancolia já tinha tomado conta dele. Ele se sentava no chão do banheiro querendo definhar até a morte ali.

Mas como anteriormente, querer não é poder.

Bem, nesse caso, era realmente bom.

Ele sacudiu a cabeça na esperança de tirar esses pensamentos de sua mente. Resolveu que ficar ali só o aborrecia mais ainda, ele levantou e saiu do banheiro para procurar outro lugar para se esconder.

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Astória foi jogada, violentamente, ao chão em um dos corredores menos frequentados de Hogwarts.

- Eu vou acabar com a sua raça, sua vaca! - bradou Amico Carrow - Quem você pensa que é?

- Alguém muito melhor do que você! - falou Astória desdenhosa.

- Crucio. - ele proferiu.

Ela gritou e se contorceu de dor. Amico riu.

- Isso é tão prazeroso, não é mesmo? Quer mais uma? - ele perguntou venenosamente - Crucio.

Os gritos de Astória foram ficando mais fortes. O Carrow ria com muito prazer ao olhar aquela cena.

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Draco andava de cabeça baixa, desviando das pessoas andando pelos lugares menos frequentados da escola.

Estava alheio a tudo até que ouviu gritos. Gritos de dor horríveis. Ele sentiu um calafrio e resolveu seguir os gritos para encontrar quem estivesse sendo castigado.

Ele só não estava preparado para encontrar a cena em sua frente.

Amico Carrow torturava Astória com uma maldição Cruciatus.

I NEED YOUR LOVE | DrastóriaWhere stories live. Discover now