LXIX

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Há tanto tempo guardo essa preciosidade
É velho, antigo e sempre
Escuto a porta abrir nessa madrugada de segunda
Cá estou assistindo o jornal quando você entra por aquela porta

Preparo um chá a moda antiga
E você, como de costume, deixa suas malas sob a mesa
Estressada, me diz como foi o dia
E toco aquela música de hoje e sempre

Há tanto tempo guardo essa preciosidade
É velho, antigo e sempre
Falo do que sinto e do que está guardado
O que ainda não pode ser exposto
Nesse mundo atual

Medo.
Medo de quem somos, está tudo tão diferente
Medo de quem se tornou
Há tanto tempo guardo essa preciosidade
É velho, antigo e sempre

Assinado, Menina AleatóriaWhere stories live. Discover now