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A cada dia algo bom em mim parte
Entre tantas partidas
Estou tão partida
E a cada segundo eu morro um pouco mais
A morte é tão poética

A cada dor que transborda
Algo em mim morre
E se não fossem as poesias
Eu estaria morta por completo
A morte é tão poética

A cada dia que me sinto sufocada
Por não poder ser quem sou
Falta-me ar e o peito dói
Enfraqueço e sinto o resto de vida ir
Aos poucos vou morrendo
A morte é tão poética

E quando tento adormecer
Me desligando do mundo real
Torcendo para não voltar
E entender quão difícil é lidar
Não com o mundo lá fora
Mas com o mundo louco dentro de mim
A morte é tão poética

A cada dia que sinto
Ainda que não saiba sentir
A minha essência tão triste
Escrever com o meu sangue
As minhas dores
Por todo meu corpo
Como uma obra de arte
É uma sutil forma de me expressar

A morte é tão poética
A vida é tão patética

Assinado, Menina AleatóriaWhere stories live. Discover now