capítulo nove.

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Nego on.

Não prometo amor, não prometo carinho e nem nada disso, no máximo gratidão tá ligado? É poucos que tem a minha gratidão e a mina lá tá conseguindo isso de mim. Eu não vou deixar com que mexa com ela, mas também não vou privar de nada, o papo é nenhum parceiro chegar perto dela, independente po, é minha, sem k.o nenhum.

Sai de casa na fé, não sei se volto, mas faço de tudo pra voltar. O pressentimento não era bom de jeito nenhum e eu sentia que algo ia acontecer. Cheguei na boca e já pedi pra fecharem todas as barreira, ninguém subia e ninguém descia. Sai já com o pensamento na Amália.

Cheguei em casa e ela tava jogada no sofá, cheia de sangue, cofoi? já bateu mó neurose. Peguei ela no colo e já levei ela pra minha Saveiro, levei ela pro postinho do morro mesmo.

Nego: Moça, preciso de ajuda, minha mulher tá cheia de sangue e eu não sei o que está acontecendo.
Recepcionista: Você precisa aguardar uns minutos.
Nego: cê tá tirando com minha cara? Atende logo ela, caralho.

Eu tava agoniado, papo reto. Chegou um médico de idade pra atender ela, levou ela pro quarto e falou que precisa fazer uns exames nela. Sentei e fiquei esperando notícias.

Doutor: Você é o marido da Amália? Então, eu sinto em dizer, mas ela sofreu um aborto espontâneo.
Nego: O que seria isso?
Doutor: Os abortos espontâneos, tipo mais comum de perda de gravidez, geralmente ocorrem devido a problemas no desenvolvimento do feto. Normalmente acontece se a pessoa passar por nervosismo ou até mesmo sofrer pancadas na região da barriga. Enfim, sinto muito. Ela será liberada após acordar e você fazer o registo dela. Tenha uma boa tarde.

Ele me levou até o quarto que ela estava, ela tava toda pálida me deu dó pra caralho.

Nego: Ou, acorda ae sem k.o
Amália: O que aconteceu?
Nego: Colfoi... Sei como falar não, tlgd?
Amália: Fala logo, tá me deixando com medo.
Nego: Tu teve um aborto espontâneo, po. Perdeu um pivete ou uma piveta.
Amália: De novo não! - Dito isso ela começou a chorar.

Cheguei perto dela, peguei no rosto dela com as duas mãos.

Nego: Colfoi, me conta isso direito.
Amália: Não é a primeira vez, nego. Eu já tive outros abortos, os outros foram por espancamentos, esse eu não sei bem, só sei que sentir uma cólica forte e sentei no sofá e não sei mais o que aconteceu.
Nego: Colfoi, tô contigo. Desculpa por fazer você perder seus pivete. - Falei e dei um selinho nela.

Ela tava abalada, deitou a cabeça no meu peito, vi que tava molhando era as lágrimas dela. Apenas abracei, era o melhor a se fazer agora.

Depois do que ela me disse, fiquei mal, além dos filhos ser vítima de estrupo, ela perdeu eles. Tá doendo pra caralho nela, não sei o que fazer, eu só sei que errei, mas foi melhor do que ele vim pra sofrer na minha mão...

Será que eu seria capaz de machucar uma criança? Fazê-la sofrer o mesmo que eu sofri? 




Vendida para o dono do morro.Where stories live. Discover now