02| Mickey!

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As horas passaram rápido, ou hoseok se ocupou tanto que não percebeu o tempo passar, se distraindo com o ambiente onde trabalhava. Quando deu o seu horário, se despediu do seu chefe, pegando suas coisas e saindo em direção ao ponto de ônibus. Antes de pegar o seu destino, comprou um lanche, comendo enquanto aguardava a locomoção. Um período decorreu e o veículo chegou, o mesmo pegou, sentando nas cadeiras do fundo, pondo seu fone e ouvindo enquanto esperava a sua parada certa. Desceu do ônibus e adentrou o espaço, cumprimentou seus colegas, se sentando em uma das carteiras, distribuindo organizadamente os seus materiais sobre a mesa.

Tranquilamente a aula oral passou conforme o desejado e esperado. Se vestiu apropriadamente para a aula prática, deixando suas coisas guardadas e se aproximando para ouvi o que o professor dizia. Quanto mais informação ele absorvia, mais o tempo passava e mais ainda, ele não percebia, notando apenas quando o educador finalizava sua aula, aguardando todos novamente no dia seguinte. Saiu da sala e foi até os colegas, trocando dúvidas e resolvendo as mesmas com quem tinha aprendido na primeira aula. Sempre que possível, ele ajudava os companheiros de sala em alguma dúvida e assim, um ajudando o outro, tudo ficava melhor.

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— amanhã a gente se fala — disse ele em um tom alto para o amigo a alguns metros de distância dele, acenaram um para o outro e pegaram rumos distintos. como o dia anterior, passou na lojinha e comprou a ração do gato e do cachorro. Na metade do caminho para casa seu aparelho celular tocou e teve que se equilibrar para segurar tudo com uma mão e a outra atender ao telefonema — Alô? — Indagou. Ouvia a voz em desespero do outro lado da linha e quase não entendia nada — Calma, por favor, se acalme. O que aconteceu? — passou segurança, acalmando a pessoa — como? Como ele fugiu? — seu coração bateu mais rápido, tudo ficou confuso para ele processar e chegar a um veredito final naquele instante — Calma, estou chegando.

Apressou os passos, precisava chegar no seu apartamento o mais rápido possível. Na entrada para o edifício, deixou a chave cair, se embaralhando em seus pés, segurando de volta e correndo até o elevador. Quando estava no andar onde morava avistou a senhora que cuidava dos seus bichinhos, ela chorava, segurando a gata — Minnie — que até então, não gostava de tanto aperto contra o seu corpo peludo.

— Cadê o Mickey? — perguntou ele, aflito, assustado. Em anos, o cachorro nunca tinha fugido.

— Eu não sei, estávamos caminhando e ele começou a me puxar, foi quando a coleira partiu e ele correu em direção a pista, tentei ir atrás, mas… — enxugou as lágrimas — desculpe querido, eu deveria ter ido atrás dele.

— Não, não — passou a mão sobre os cabelos — eu vou atrás deles, qual foi o último lugar onde a senhora o viu?

— No parque, próximo a pista direta — concordou e entrou em sua casa. Deixou suas coisas em qualquer lugar e saiu imediatamente. Mickey nunca tinha fugido, mas possa ser que ele tenha ficado assustado com o barulho. Pensou em uma dedução para a situação. Foi até o lugar informado pela senhora, caminhou e caminhou pelas redondezas a procura do cão, chamando seu nome, seguindo qualquer rastro da sua presença, mas nada, não achou absolutamente nada. Já estava em desespero, era o seu cachorro, o seu melhor amigo e tudo acabou assim? Como? Se questionou.

Caminhou mais um pouco, tinha esperança de acha-lo, contudo, não tinha nada em volta, nem um rastro do cão Mickey e isso fazia com que ele fosse mergulhado em uma onda de pensamentos. Voltou para casa, seu peito apertava, uma sensação ruim apertava seu coração.

— O achou? — a moça perguntou e em um suspiro longo, respondeu:

— Não, não achei, mas amanhã vou continuar procurando, vou na delegacia, vou perguntar as pessoas. Com certeza ele não foi muito longe.

— Eu vou ajudá-lo no que precisar — um sorriso morto surgiu. Após uma longa conversa, entrou em sua residência juntamente com o seu gato que até então, fazia a própria higiene matinal. Todos da casa alimentado, ele se deitou no sofá. Poderia sim, alguém surgir com seu cão nós braços, dizendo que o achou, mas não foi isso que ocorreu. Malmente dormiu, sempre tinha a presença dos dois animais para conforta-lo e essa noite seria diferente.

O dia seguinte chegou igualmente ao outros dias. Mais dias se passaram, ele intercalava entre trabalhar, estudar e procurar o seu cão. Ele sabia que em algum lugar ele estava e por conta disso, espalhou alguns panfletos pelo local, tendo a ajuda de alguns amigos e conhecidos na procura. Sempre que tinha uma ligação desconhecida, imaginava que era uma boa novidade, entretanto, ou era engano ou era apenas mais um trote. Isso o magoava, em pleno século XXI e as pessoas ainda sentem prazer com a desgraça e a infelicidade alheia. Poderia ser apenas um cachorro como qualquer outro, mas era o seu cachorro, seu melhor amigo. Nunca teve amigos em sua infância e o único que teve era Mickey, quando Hoseok caiu e fraturou o tornozelo, ele estava lá, ajudando-o de algum jeito. Com certeza, amigos não desistem um do outro, mesmo não sendo muito presente na vida do cão e da gata, ali, eles, eram sua companhia e jamais abandonaria um deles, iria até o fim se fosse possível.

Uma semana e três dias tinham se passado desde o sumiço do cachorro, o Jung não sabia onde mais procurar e por incrível que pareça, ninguém tinha visto nada. Ele começará a suspeitar que tinha sido um sequestro, até porquê, nos dias atuais isso tinha se tornado algo normal. Pesquisou entre seus amigos, tentando achar um meio e fazer algo, não queria ficar parado.

Em uma manhã de sábado, saiu para dá uma caminhada, correr e estimular a mente. Precisava pensar em algo. Correndo pelo parque, avistou uma garota, ela ria alto, chamando a atenção das pessoas ao redor, isso rapidamente fez com que ele lembrasse do lazer que tinha com seus bichinhos. Em uma olhada mais demorada teve a impressão de ter visto seu cachorro, mas diante daquilo poderia ser apenas um da mesma raça. Se achegou por curiosidade, avistando o cachorro com mais calma e por impulso o chamou pelo nome dado por ele, no mesmo momento o cão olhou para trás, abrindo a boca e mostrando a língua, correu em sua direção, e ele se abaixou, pegando o cão em seus braços.

— Mickey! — a felicidade não cabia em seu peito. Olhou o cachorro, recebendo as lambidas dele, sorrindo com o ato — por onde você esteve, eu te procurei por todos os lados — escutou o latido do cachorro, ele parecia bem, estava com os pelos em dia e cheirosinho.

— Ei, você — a mesma garota de antes surgiu em sua frente, parando frente a frente com ele — devolva o meu cachorro.

— seu cachorro? — segurou o cachorro com mais firmeza — esse cachorro é meu.

— Solte o meu cachorro ou eu chamarei a polícia — disse ela, encarando-o com expressão de poucos amigos.

ᴍʏ ᴅᴏɢ ​​ɪs ʏᴏᴜʀ ᴅᴏɢWhere stories live. Discover now