3 - monochromatic.

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capítulo não revisado, se você ver algum erro, me avise nos comentários que eu conserto mais tarde :)


Huening Kai

— Fui eu que te chamei. — Beomgyu se pronunciou, enquanto eu ainda fingia não estar alí. — Eu tenho uma pergunta, sabe?

— Pode perguntar, sou todo ouvidos. — ouvi Soobin declarar, e meu estômago revirou de nervoso por estar em tal situação.

— Quando você subiu, — Beomgyu começou, e instintivamente, passei a apertar um dos lados do caderninho que eu segurava. — Nós três aqui estávamos olhando, como quem não quer nada...

— Desculpe, vocês três? — perguntou, confuso.

— É, eu, o meu colega Taehyun aqui, e o Kai alí fingindo não estar aqui. — quando ele pontuou, abri a boca para protestar, mas não saiu. Não havia o que dizer.

— Entendo. Prossiga, por favor.

— Enfim, eu e o Taehyun achamos que vimos você olhar para o Kai, mas ele jura de pé junto que não. — ele passou a mão por minhas costas, e tudo que eu queria era uma pá, para cavar e me enterrar alí mesmo. — Nós só queremos saber se você olhou para ele ou não.

— Ah, era isso? — perguntou, um tanto desconfortável. — Eu realmente estava olhando, mas foi por achar que era alguém conhecido.

Senti meus órgãos congelando com a revelação acanhada. Ele realmente me olhou, não era coisa da minha cabeça.

— Mais alguma coisa, meninos? — questionou, e eu senti seu olhar sobre mim, mas eu não olharia, não agora.

— Não... — Taehyun finalmente se pronunciou, envergonhado. — Desculpe o incômodo por algo tão bobo, o nosso colega é meio sem limites.

Então Soobin se retirou, sob risadas e alegações de que não havia problema, fazendo eu desejar bater a cabeça de Beomgyu contra a parede diversas vezes, mas eu não faria isso.

— Você realmente não tem estribeiras. — falei para o garoto de cabelos loiros, que logo deu de ombros.

— Vocês que são chatos demais. — rebateu, sem se importar. — Não sei porque a timidez toda. Perguntar não mata ninguém, às vezes até salva.

[...]

Naquele dia, eu Taehyun e Beomgyu fomos juntos até algumas ruas depois da universidade para almoçar. Foi Beom que recomendou o lugar, e nós, mesmo com o pé atrás com o garoto que conhecemos há poucas horas, fomos juntos.

Mas também não era como se nós três não tivéssemos nos conhecidos no mesmo dia, com diferenças de apenas uma ou duas horas e um café derramado.

O que eu não esperava realmente, depois de fazer o meu pedido no lugar e olhar ao redor, era ver Soobin sentado, encarando seu pequeno notebook com o amigo em sua frente. Eles não conversavam muito, Soobin mantinha sua atenção na tela, vez ou outra eu via ele falar algo, mas eu não conseguia ouvir, o que despertava mais e mais a minha curiosidade. Porém, olhar por muito tempo também não era o que eu faria, já que sabia que se meus dois companheiros de mesa o vissem, era bem provável que os convidassem para se sentar conosco, e a minha cota de vergonhas estava cheia naquele dia.

[...]

Meus fones tocavam "Can't Sleep Love" enquanto eu caminhava calmamente até o meu apartamento. Observei o prédio, assim que entrei na rua, enquanto ainda caminhava devagar. O prédio azul, cheio de janelas, oscilando entre algumas janelas que irradiavam luz e outras que se encontravam totalmente fechadas e escuras. Adentrei finalmente o prédio, indo diretamente até as escadas, — já que o elevador carregava o aviso de "em manutenção" desde a minha mudança — subindo os 7 lances de escada encarando meus sapatos, que eu descobri estarem sujos de terra, me fazendo murchar imediatamente.

Entrei no apartamento finalmente, enxergando apenas o escuro que eu havia deixado quando saí. Coloquei a mochila sobre o chão gelado, coisa que constatei assim que meus pés tocaram o chão, causando um leve choque em meu corpo. Observei o lugar, agora iluminado, e cheguei a conclusão de que precisava logo mobiliar o lugar, pois para mim, a solidão era maior sem mobílias.

Por sorte, eu não trabalharia hoje, pois o lugar em que eu trabalhava só abria a partir de quarta, quando eu teria de deixar a faculdade, dar uma passada rápida em casa para tomar um banho e vestir o uniforme, que o meu novo patrão exigia. Aproveitando a minha "folga", coloquei as roupas mais confortáveis que tinha, e logo depois me rendi à solidão do meu novo quarto, onde eu sempre tirava o celular do bolso para falar com a minha mãe, essa que me cobrava satisfações todos os dias, como se eu já não estivesse vivendo como um jovem adulto responsável na capital.

Mas eu deixei para ligar mais tarde, visto que ainda era cedo para receber cobranças da mãe coruja que eu tinha. Usei meu celular para rolar pelas redes sociais, procurando por alguma distração para passar algumas horas, talvez assistir vídeo de gente cortando sabonete ou algo assim. E por um momento, achei que o mundo estivesse conspirando, pois no exato momento em que a aba "pessoas que você talvez conheça" carregou, a primeira pessoa que reconheci foi Soobin, que em sua foto de perfil estava sério, usando uma blusa social com as mangas presas aos seus cotovelos, encarando fixamente a câmera, ou a pessoa que tirava a foto.

Foi inevitável, entrei no perfil dele sem pensar duas vezes, não vendo muitas publicações, o que me frustrou por um instante, mas ainda assim, comecei a rolar por seu feed. Era uma mistura fotos dele com animaizinhos fofos, paisagens que ele mesmo fotografava e raras fotos dele sozinho, posando realmente para a câmera.

No entanto, uma foto em específico me chamou a atenção. Era uma foto dele sorrindo, sem olhar diretamente para a câmera. A iluminação artificial do flash revelava que era um ambiente escuro, talvez uma festa, uma confraternização. Por fim, observando as informações da foto, descobri ser uma foto do ano passado, era a primeira da rede social, já que eu não conseguia mais rolar para baixo. A legenda da foto chamava mais atenção ainda, nela dizia: "com você, o mundo monocromático brilha azul e vermelho. vermelho da cor do amor, e azul? azul é a cor que você gosta." Me perguntei se talvez ele estivesse em um relacionamento com alguém, subindo rapidamente pelo feed para encontrar alguma evidência, mas não havia nada. Mesmo em fotos que ele foi marcado, nada deixava explícito um relacionamento, sequer passava perto disso. Comecei a ponderar se talvez ele estivesse em um relacionamento no passado, onde terminou e ele apenas se esqueceu de apagar esta foto em específico.

Minha mente viajou por diversas teorias, mas fui interrompido ao sentir o aparelho vibrando em minha mão, onde rapidamente reconheci ser uma chamada da minha mãe, que não demorei a atender.

— Oi, mãe — cumprimentei, feliz. — Estava pensando na senhora agora. — falei, me virando na cama, me repreendendo pela pequena mentira que deixei escapar.

É, essa não era realmente a verdade, mas também não era uma mentira, já que eu pensava nela antes de entrar no devaneio sobre a bendita foto no perfil do garoto que havia chamado minha atenção desde a primeira vez que o vi.

Eu iria descobrir mais sobre aquela foto, porque eu sou curioso, e que por algum motivo, eu queria descobrir mais sobre o garoto que carregava até então um ar misterioso sobre si.

[...]

boa madrugada, amigos, quase que esse capítulo não sai, hein?

não tenho muito o que dizer, porque eu estou com sono, e eu quero muito dormir e só acordar na semana que vem

enfim, eu acho que vejo vocês em breve. até!

Forgotten • [csb + hnk] Onde histórias criam vida. Descubra agora