Eu acordei com meu celular vibrando. Primeiro pensei que fosse o alarme da escola, mas quando o peguei notei que era uma ligação. Vi que eram quinze para as três e isso, somado com o nome “Ben” me deixaram alerta e assustada.
- Alô? Ben? – ninguém respondeu do outro lado. Meu coração martelava. – Está tudo bem?
A ligação acabou. Olhei para a tela confusa, me perguntando se ele havia ligado por engano. Talvez fosse sonâmbulo. Uma mensagem chegou logo em seguida.
Estou aqui embaixo. Desça.
Olhei para a minha janela, depois de volta para o celular. Digitei uma resposta.
São duas da manhã. Aconteceu alguma coisa? Você está bem?
Recebi outra em poucos segundos.
Preciso ver você.
Não tinha como eu sair do prédio sem que o porteiro da noite me visse, mas como não era o sr. Suárez, talvez não me dedurasse para a tia Becky.
Enviei um “Ok” e levantei. Passei o cobertor ao meu redor e segurei na frente. Calcei meu all star jogado perto da porta e sai do quarto. O apartamento estava silencioso, mas não totalmente escuro. Tia Becky matinha a luz do corredor acessa para Max. Fui em silêncio até a porta, o som da trava pareceu ecoar pela casa toda.
Andar pelo corredor e pegar o elevador de pijama, all star e enrolada em um cobertor foi uma das coisas mais estranhas que fiz. O olhar que o porteiro me lançou me deixou constrangida. Passei por ele sem falar nada e fui até a porta, tentando ver Ben através do vidro. Ele não estava ali. Abri a porta e passei metade do corpo para fora, olhando a calçada.
- Evans.
Virei para o outro lado e o vi. Luke estava apoiado em sua moto, parecendo muito como a primeira vez que o vi. Ele usava suas botas e boné, daquela vez com o logo da marca. Blusa preta, jaqueta jeans clara. Havia um cigarro entre os seus dedos com anéis, a ponta lançava uma fina fumaça para o ar.
Eu fiquei sem reação. Não, eu tinha muitas reações na minha cabeça, só não sabia qual delas usar. Eu queria virar as costas e entrar, queria ir até lá e presenteá-lo com o primeiro soco da minha vida, queria fingir simplesmente que ele não existia e queria... Não.
Foi ele quem se moveu, caminhando até o meio da calçada. Eu me mexi também, por reflexo, dando dois passos para fora. Havia me esquecido como se usava a língua. Nos encaramos por todo um momento.
- Hey, Evans. – eu podia ver um sorriso escondido em seus lábios, não o típico debochado, um... feliz.
- Como você... eu pensei que fosse o Ben.
Luke mostrou o celular em sua mão.
- Eu o peguei. Só por essa noite.
- Você roubou?
- Vamos chamar de “pegar emprestado”. Eu precisava falar com você.
- Você sabe onde eu trabalho, não precisava me tirar da cama as três da madrugada.
- Não consegui esperar até amanhã.
Eu o encarei. A raiva aumentava a cada segundo, apagando todo o resto que eu queria fazer.
- O que você está fazendo aqui, Luke?
- A gente precisa conversar.
- A gente não precisa nada.
Ele tentou se aproximar mais, mas eu dei um passo para trás. Ele parou onde estava.
- Por favor, Evans. – já não havia nenhum traço de sorriso. Ele estava sério. – Eu só quero dizer a verdade pra você.
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Safety Pin
FanfictionLuke Hemmings sempre foi a perfeita figura de bad boy. Jogos de azar, sexo sem compromisso, festas, cigarros, bebedeira e, claro, sua "profissão" que era seu maior segredo. Coisas ilegais. Toda essa pose, no entanto, ocultava a rejeição do próprio p...