Capitulo 21 - Sex love

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~Dimitri~

Ah, mas fiquei muito puto com essa história da Laura sair! Isso não ia ficar assim, nem que fosse preciso que eu fosse atrás dela. Estava feliz de ter um momento só com o Theo, mas minha cabeça sempre dava um jeito de atrair Laura para meus pensamentos.

A governanta, Maria, amou Theo e ficou toda boba pelas palhaçadas que ele fazia. Meu meninão estava lindo e crescendo bastante rápido. Apesar de ter apenas um aninho, era muito esperto! Ainda estava aprendendo a andar e era fofo vê-lo tentar. Acabou que nossa tarde foi bem produtiva e cheia de risadas. Eram praticamente oito horas quando Maria fez a mamadeira de Theo e eu mesmo fiz questão de alimentar esse monstrinho. Depois de lhe dar de mamar, eu estava exausto. Meu garotão levou todas as minhas energias e ainda estava elétrico. Resolvi tentar fazê-lo dormir, mas nada daquele traquina se aquietar ou sentir sono. Depois de muito lutar, ele acabou fechando os olhinhos e dormiu feito um anjo.

Como Theo já estava dormindo, resolvi comer e depois dar uma olhada em algumas papeladas para ocupar a mente, mas não ajudou. Olhei para o relógio em cima da mesa. Eram nove e meia.

Onde será que Laura está?, perguntei a mim mesmo. Em uma tentativa frustrada, tentei me concentrar nos papéis, mas não deu. Minha mente começou a me dar ideias loucas e pensamentos nada agradáveis.

E se ela estiver agarrada com ele?, pensei. Talvez ele tente beijá-la, ou pior, levá-la para cama. Esse último pensamento me fez pular da cadeira e sair correndo pegar as chaves do carro. Encontrei com Maria no meio do corredor.

– Está tudo bem, Sr. Andrew? – perguntou ela.

– Tudo, sim – menti. – Nada para se preocupar.

– O senhor está com uma cara terrível – disse.

– Maria, eu preciso que você olhe o Theo. Ele está no meu quarto. Preciso resolver uns negócios urgentemente.

– Como o senhor quiser. Eu espero que dê tudo certo – falou.

– Eu também – respondi já saindo.

Entrei no carro sem nem mesmo saber onde Laura estava. Fiquei uns dez minutos em agonia. Pensei em como ela pedira que eu ligasse se algo tivesse acontecido com Theo, mas eu não poderia fazer isso só para perguntar onde ela estava, tinha certeza que ela não diria. Então me lembrei do GPS e, no mesmo instante disquei o número de Laura no painel do carro, localizando-a.

Cerca de quinze minutos depois, encontrei o restaurante. Assim que estacionei o carro, o manobrista apareceu oferecendo seus serviços, mas os dispensei, dizendo que não iria demorar. Entrei no restaurante olhando para todos os lados, até que, como se fossem imãs, seus olhos encontraram os meus. Em instantes meu sangue subiu vendo a proximidade daquele babaca com Laura. E subiu ainda mais quando o vi beijá-la e ela o empurrando-o. Sem pensar, cheguei perto dele em milésimos de segundos, pegando-o pela gola da camisa e o atirando em cima de outra mesa. Ele não teve nem tempo de pensar e lhe soquei a cara. Laura começou a gritar para que eu parasse, mas eu estava completamente cego, só queria matar aquele filho da puta.

Senti mãos me agarrando e vi Laura chorando, parada em minha frente, pedindo para que eu parasse. As pessoas estavam me olhando como se esperasse mais alguma coisa. Um garçom se aproximou e, sem ele falar nada, lhe entreguei meu cartão pedindo para que mandasse a conta dos estragos para a minha empresa.

Peguei Laura pela mão e saí arrastando-a até onde o carro se encontrava. Abri a porta para ela entrar e Laura não disse nem uma palavra. Minha cabeça estava para explodir, então tentei me acalmar o máximo possível.

– Você ficou louco? – disse Laura quebrando o silêncio, enfim. – Você podia ter matado ele – gritou.

– Sou louco, sim – revidei. – Ninguém encosta na minha mulher.

– Eu não sou sua, Dimitri.

– Não é porque não quer – respondi calmamente. Laura apenas suspirou, encostando a cabeça na janela

– Você sabe que não é bem assim – falou calma. Não respondi. – Onde você deixou Theo? – perguntou assustada, de repente. – Você não deixou ele sozinho, não é, Dimitri?

– Eu sou louco, porém nem tanto – vi que ela relaxou. – Ficou com a Maria, dormindo.

– Tudo bem – respondeu.

– Laura? Não foi minha intenção ter aparecido assim – falei.

– Não foi? – perguntou incrédula. – Pois não foi isso que aconteceu, Dimitri. Esses seus ciúmes bobo só fizeram você ter prejuízo.

– Se eu não tivesse aparecido lá, você já estaria na cama daquele bosta – falei bravo.

– Você não disse isso – ela estava chocada.

– E eu estou mentindo?

– É claro que está, seu idiota – ela deu um soco em meu braço. – Eu sei muito bem me cuidar – gritou, acertando um tapa no peito. Gritei de surpresa.

– Queria ver se você tivesse parado na cama dele! Você é minha, Laura.

– O problema seria meu, não seu. E já falei que não sou sua. – Ela disse com raiva.

Ah, mas ela era, sim, só não queria ver. Parei o carro tão bruscamente que Laura só não foi de encontro ao painel porque estava de cinto.

– Você é minha, sim – falei. – Eu vou te mostrar que você me pertence.

Avistei uma pousada e, sem pensar, pisei no acelerador para o carro voltar a andar, indo em direção ao estacionamento.

– O que você vai fazer, Dimitri? – Laura perguntou com voz medrosa.

– Apenas te mostrar que você é minha. E sempre vai ser.

Encontrada por vocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora