Capítulo 3

4.9K 544 576
                                    

 – Irei matá-lo, Mione. – Expressou o bruxinho com a cicatriz de raio, depois de ser retirado do feitiço e começar a caminhar em direção ao seu dormitório.

– Harry fica calmo e me explique melhor essa situação, pois você estava falando tanta coisa misturada que não estou conseguindo te compreender, enfatizou a jovem.

Após ouvir sua amiga, o garoto pensou em deixar as explicações para depois, porque estava cansado demais e precisava pensar em tudo que acontecera, e como mataria um certo loiro nojento. Contudo, Hermione já esboçava sua cara de persistência, o que fez com que desse um suspiro e resolvesse contar calmamente o ocorrido.

– Malfoy se transformou em Gina e se encontrou comigo, tentou me matar, mas no fim acabou... – A frase embora tenha começado alta terminou de um modo sussurrante.

– Não entendi novamente Harry, você pode falar a última parte mais alta? – Indagou a garota.

– Ele quase me beijou!

– O quê? Quem?– Gritou Rony, que acabara de chegar e ouvira a última parte.

– Malfoy, respondeu Hermione.

– Ele está aqui? Onde? – Novamente o ruivinho tentava sanar suas dúvidas.

– Ronald você nunca presta atenção, não é mesmo? – Questionou a bruxa, que estava irada com algo que seu namorado havia feito.

– Nossa, amor, já disse que eu não queria desmarcar o jantar com seus pais, não foi minha culpa, Mione. Tive que viajar para Romênia com meus pais dessa vez, eles me obrigaram. Diz para ela Harry! – Implorou o apoio do amigo com um olhar pidão.

– Tanto faz. – Ela o olhava antes de prosseguir, pois seu namorado sempre evitava ir a sua casa e mesmo sabendo disso, ela aceitara as primeiras vezes com paciência, mas dessa vez realmente havia a deixado com raiva, já que, seus pais planejaram um encontro maravilhoso e no fim o ruivo não comparecera, com medo de que tivesse que assumir um compromisso mais sério, mesmo não estando preparado e sabendo que ela também não queria isso, e assim dera mais uma de suas desculpas. Porém, isso iria acabar, pois agora realmente estava decidida a ter uma conversa super explicativa com o ruivo em questão, mas, não neste momento. Por isso ela resolveu voltar ao assunto que estava em questão. – Enfim, eu havia te respondido, não assinalado que Malfoy estava se esgueirando por aqui. Afinal, estamos no espaço de Gryffindor- explicou a morena.

– Respondido o que? – Perguntou novamente o ruivo, coçando sua cabeça em seguida, pois suas dúvidas só aumentavam.

– Affss... – Esse foi o som proferido pela menina após ouvir seu namorado. – Depois de um suspiro ela resolveu por continuar com a conversa. Visto que, Harry parecia aéreo e ela precisa que Ron a ajudasse a trazê-lo para a realidade novamente. –Acabei de te responder, Malfoy quase beijou Harry, a força Ron e isso não se faz.

– Os dois se beijaram? – Foi a frase proferida pelo ruivo, que estava em indignação total.

Com essa última sentença no ar, os olhos esmeraldas brilharam de raiva. – Nós não nos beijamos. Eu não o beijei, foi ele que quase me beijou e ainda por cima tentou me matar! – sentenciou o moreno, colocando as prioridades em primeiro para que o ruivo compreendesse melhor a situação vergonhosa que passara.

– Espera aí Harry, ele realmente, verdadeiramente e apaixonadamente quase te beijou? – Perguntou o ruivo com picardia.

– Sim. – Confirmou o bruxinho, serrando os dentes de raiva ao lembrar o momento.

– E você gostou, ou esperava mais? – Indagou o Weasley com troça.

"Agora eram duas pessoas em sua lista negra", pensou o moreno.

Depois de suas dúvidas esclarecidas de modo tão leviano Ron acabou por ir dormir com um galo na cabeça e ainda por cima, brigado com sua namorada. Além disso tudo, para completar seu martírio, sonhou com aranhas enormes que o beijavam.

***

Harry despertou para um dia de vingança bem planejada e foi com esse propósito que se dirigiu a quadra onde ocorreria o jogo da Gryffindor contra Slytherin. Não importava que o outro havia chorado e pedido perdão, aquela afronta não iria acabar sem retaliação de modo algum, pois ele quase fora morto, e ainda por cima o loiro também tentara roubar-lhe um beijo, coisa imperdoável. Portanto, o bruxinho possuía duas motivações fortes para estar ali. A primeira, era dar o troco em um certo loiro idiota, e, a segunda tinha toda a sua significância voltada para a saudade e derradeira chance, pois como era o último ano do garoto, também seria sua partida final de quadribol, o momento definitivo que iria jogar por Hogwarts e isso tanto entristecia quanto o enchia de alegria, por poder ter desfrutado todos estes anos desse jogo magnífico.

***

Malfoy avistou o pomo de ouro e foi em busca do objeto velozmente. Porém, como imaginado, alguém vinha em sua cola, e esta pessoa era nada menos que "Harry Idiota Potter", que desde o começo do jogo não parava de empurrá-lo, chutar sua vassoura e em um dado momento até lançara um feitiço, tentando lhe azarar, contudo, o loiro havia conseguido desviar a tempo. Draco sabia que tudo aquilo era retaliação contra o que tinha feito ao outro e também suspeitava ser apenas o início de seu tormento.

Entretanto, não fora Potter sempre seu martírio? O cabeçudo estivera presente em seus sonhos antes mesmo da guerra contra o senhor das trevas acabar, algumas vezes de modo bem estranho. O jovem Slytherin não queria admitir, mas o moreno era alguém de extrema relevância pra ele, tanto que, desde que quase o beijara não parava de pensar no garoto de olhos esmeraldas e, como sua boca e corpo pareciam deliciosos se comparado a todos os sonhos que tivera.

Quando estava prestes a pegar o pomo o outro apareceu ao seu lado. As duas vassouras forçadas ao máximo em sua velocidade e equilíbrio, os dois garotos ferozes lutando pelo controle da pequena bola voadora. Até que algo totalmente estranho aconteceu, quando não um, mas, sim os dois bruxos alcançaram o pomo. Um círculo azul claro se formou, prendendo os dois garotos perplexos. Logo um clarão se fez e os três sumiram de vista.

Na arquibancada olhares assustados buscavam uma explicação razoável para o sumiço dos dois bruxos e do pomo de ouro...

A ProfeciaOnde histórias criam vida. Descubra agora