ELE - Livro 1 (COMPLETO)

19 - MAIS QUE PORRA É ESSA?!

Pov. Matthew    

Me levanto em um impulso e a Karen que estava no meu colo cai no chão, não dou bola para ela e corro atrás da Júlia que acabara de entender tudo errado

— Júlia, Júlia me espera.. isso foi um grande mal entendido, me deixe explicar por favor — falo mais é inútil, ela continua a correr até se trancar no banheiro. — Volto furioso para sala da Karen, entro e ela estava se levantado do chão - SATISFEITA AGORA PORRA?!!!

— não tem ideia do quanto. — ela se levanta com um sorriso de vitória estampado no rosto

— vagabunda! — me viro para sair de sua sala

— não se atreva a sair! —  a ignoro — se você se atrever a sair essas fotos estaram na mão do chefe hoje mesmo e você estará desempregado e não só amanhã, sempre! Pois nenhum lugar vai contratar um professor que tem caso com suas alunas! 

— foda-se, faça o que quiser com a porra das fotos! — sem olhar para trás saio da sua sala e volto para o banheiro, mas a Júlia não estava mais lá. A procuro por cada canto da Universidade e nada, então vou até a casa dela. A Márcia atende a campainha

— pois não? — ela não me conhecia

— Júlia.. A Júlia está?

— Não, senhor. A Júlia foi viajar

— que? — minha voz falha — tá brincando né?— balanço a cabeça rindo ironicamente

— não, senhor. Ela saiu daqui agora mesmo a caminho do aeroporto. — tento absorver toda aquela informação

— aeroporto? pra onde ela foi?

— infelizmente não posso falar.

— me fala em qual aeroporto ela está pelo menos? — ela nega. — por favor, me ajude. — imploro com meus olhos cheios de água a empregada respira fundo e me olha com pena

— ela foi para o internacional

— obrigado! — corro rapidamente para meu carro e arranco em direção ao aeroporto.

Ao chegar no aeroporto corro muito de portão em portão com a esperança de acha-la, a avisto no portão 197, ela estava acompanhada por seu pai e dois seguranças, corro em sua direção e sou barrado pelos seguranças

— JÚLIA! — grito seu nome para ela que estava um pouquinho mais a frente me ouvir, ela e seu pai se viram

— quem é o velho maluco? — pergunta o pai a ela  

— não o conheço, papai — ela o responde me olhando friamente, logo torna a olhar para o televisor informativo 

— Júlia, preciso falar com você.  — ela torna a me olhar — Só um minuto.. por favor — imploro  

Ela fala baixinho com o seu pai que assente, e então, ela caminha vindo na minha direção

— pois não senhor? — ela evita me olhar nos olhos

—  eu preciso falar com você, vou ser breve, venha comigo, por favor? —  ela assente e seus seguranças me larga, caminhamos para longe dalí. Ela cruza os braços e aguarda que eu fale — Júlia, aquilo que você viu mais cedo foi um grande mal entendido, eu.. — ela me interrompe

— mal entendido? Até a parte em que você disse " sempre foi você quem eu amei. A Júlia era apenas diversão" e meteu a língua na garganta dela? — ela fala angustiada, seus olhos, assim como o meu, estava marejados.

— eu estava sendo chantageado, Juh. Tudo aquilo que você ouviu era mentira!

— já chega! A única mentira que existe é a gente! Sempre foi uma mentira!