Capítulo 10

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  Alice

   —Bem, não sei, eu sou só uma criança que gostaria de voltar para casa—Abaixei minha cabeça.
Me conte sobre sua vida criança, algo de especial deve ter, você não deve ter vindo para floresta encantada à toa.
Tenho 10 anos, o nome da minha mãe é Emily o do meu pai é Peter, a minha tia se chama Madelaine, aquela que veio comigo, eu gosto de histórias de contos de fada e vim parar aqui por causa de um livro e eu estu...
  A rainha me interrompeu antes que eu pudesse terminar o que iria falar.
  —Claro, o livro—Ela se levantou da cadeira andando de um lado para o outro com o dedo indicativo no rosto
  —Esse livro, o que você sabe sobre ele?
  —Minha tia me deu de presente, não me disse muita coisa, só que havia estórias mais profundas sobre contos de fadas.
  —Como você usou esse livro para vim parar aqui?
  —Eu ia começar a lê o livro com minha tia, me lembro que toquei em uma gravura, uma luz imensa se fez presente no quarto, senti algo me puxando para dentro, de repente tudo ficou escuro e acordei aqui.
  —Como é essa gravura que você tocou criança?
  —Era de uma floresta parecida com a que acordei.
  —Qual o nome desse livro, criança? Você se lembra?
  —Era—Coloquei minha mão no queixo tentando me lembrar, alguns nomes desconexos aparecerem em minha mente, era uma história? Contos de fada? Era uma vez?—Isso, era uma vez—Levantei da minha cadeira quase gritando o nome por ter conseguido lembrar—Esse era o nome do livro.
  —Nunca ouvi livro com esse tipo de nome. Rumple disse que haveria uma visita inesperada, depois você chegou por meio de um livro, agora uma profecia estranha a qual não consigo decifrar. A rainha andava de um lado para outro impaciente tentando lembrar de algo que a ajudasse, até que ela parou, parece ter lembrado de algo.
  —Claro, o chapéu, venha, vou precisar da sua ajuda. Ela pegou em minha mão me levando a uma sala escondida que agora ao invés de livros tinha frascos de vidros com líquidos de cores diversas, uma prateleira preta cheia de caixas pequenas e uma estante com alguma coisa que brilhava e apagava a cada segundo. A rainha tirou a caixa grande de uma prateleira retirando um chapéu de dentro.
  —Esse chapéu tem o poder de atravessar reinos mágicos, mas pelo que pude entender  esse seu mundo não é feito de magia, mas algumas pessoas como você gostam de nossas estórias, mesmo que pensem que são só estórias que não são real dão forças para que uma mínima magia exista, então o máximo que podemos fazer é retirar algum objeto do seu mundo e trazer para cá.
  —Entendi, mas por que você precisa de mim?—Olhei confusa para ela.
Quero que você traga seu livro para  mim.
Ta certo, mas como posso fazer isso?
Você irá girar o chapéu se lembrando do lugar que seu livro está, o portal irá se abrir, você colocará sua mão dentro do portal retirando o livro. Você entendeu?
  —Entendi. Coloquei minhas duas mãos sobre o chapéu fazendo-o girar, uma névoa roxa apareceu sobre o local, eu recuei assustada, mas a rainha colocou sua mão sobre meu ombro me incentivando a continuar, coloquei minha mão sobre aquela névoa roxa, senti ela atravessar algo como se fosse uma barreira até encostar no livro o segurando e trazendo para esse mundo.
  —Muito bem, criança—A rainha sorriu para mim.
  —Aqui está o livro—Lhe entreguei um pouco receosa, ainda assustada pelo que acabou de acontecer, a rainha pegou o livro de minhas mãos abrindo o livro logo em seguida.
  —O quêêê? A rainha deixou o livro cair de suas mãos fazendo um pequeno estrondo naquele local.
  —O que aconteceu?—A olhei assustada.
  —Esse livro, como ele pode saber de minha história? Que tipo de feitiço tem nesse livro?
  —Eu não sei, já lhe disse tudo que sei.
  —Desculpe, criança, me exaltei um pouco, assim não irei raciocinar direito—Ela pegou o livro do chão novamente agora aparentando está mais calma. A rainha folheou as páginas agora com calma olhando atentamente cada página do livro
  —Este livro só pode ter sido criado por algo mágico, suas informações são precisas, mas não vejo nada  sobre essa princesa, a grande questão é como um livro mágico pode ter chegado um mundo com tão pouca magia? parece que você estava predestinada a vim para cá, criança.
  —Mas por que?como você diz não tenho nada de especial, só quero voltar para minha família. Você pode me ajudar?eu ajudei você com o livro.
  —Isso é verdade, sei retribuir a quem faz um favor a mim, mas em quê você quer que lhe ajude?
  —Enquanto estava presa aqui Robin Hood falou sobre um mago que é poderoso, ele disse que ele podia ajudar a gente.
  —O único mago que conheço poderoso nessa região é Rumplestiltskin, mas não creio que ele iria ajudar vocês, a não ser que tenham algo em troca que ele queira para fazer uma acordo.
  —Esse mago é aquele verde? Com a pele escamosa?—fiz uma cara assustada—Ele me dá medo.
  —É ele.
  —Você não tem nada para me ajudar?
  —Não, não tenho nada que possa abrir um portal para ir para outro mundo a não ser esse chapéu—Ela fez uma pequena pausa antes de prosseguir—Mas ele só pode ir para mundo mágicos e o seu não tem magia suficiente para que possamos fazer isso. Meus olhos se encheram de lágrimas minhas esperanças a cada dia se dissipa mais, sai daquele cofre secreto deixando a rainha para trás, as lágrimas caiam dos meus olhos me lembrei de minha família e a saudade me invadiu.
 

   Mais um capítulo espero que gostem, gostaria de agradecer a todos que estão acompanhando o livro, bom final de semana 🌻.
 

A Princesa PerdidaWhere stories live. Discover now