Capítulo 6

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                       Regina

   O sol pós se a nascer e a execução já está prestes a ser realizada só falta a ladra Robin Hood. Estou sentada no meu trono enquanto espero a prisioneira ser trazida, a guilhotina está alguns metros à minha frente, o executor está pronto esperando a vítima e claro eu terei visão privilegiada.
Majestade-O guarda apareceu na minha frente-Os prisioneiros fugiram.
O quê?-Levantei-me de repente, o sangue fervia em minhas veias de raiva-Seus incompetentes.
Desculpe vossa majestade quando cheguei havia dois guardas abatidos no chão e a cela vazia. Apressei meus passos indo em direção a cela, encontrei dois de meus guardas ainda no chão, olho para a brecha que tem na cela, observei as três prisioneiras correndo quase sumindo de minha vista, mexi minha duas mãos e a fumaça surgiu em mim, apareci na frente das três todas levaram um susto caindo sob o chão.
Vocês acham que é fácil fugir de mim—Meu sorriso maléfico surgiu em meus lábios—Por terem tentando tal insolência vão ficar sem a criança. Agarrei em seu braços, sumindo em minha fumaça roxa. Reapareci em meu quarto junto à criança que começou a espernear querendo sua tia.
O que você fez? Sua bruxa? Nós não temos culpa do que fizeram a você só queremos voltar para casa—A criança falou em meio ao seu pranto.
Saiba que você não vai sair daqui, sei que Robin vai voltar para tentar pegar você porque ela faz essas coisas entediantes de heroísmo, mas aí que vou pega-la ela não vai escapar.
Que falta vai lhe fazer alguns dólares?
Quê? Dólares?As vezes não entendo o que você fala criança.
São o dinheiro do mundo. Afinal tudo aqui é estranho, só queria minha tia, minha família de volta.
  —Ah criança nem tudo nessa vida é como  nós queremos, você não irá a lugar nenhum. Vou mandar os guardas virem te pegar para colocar você na cela.
  —Não, por favor, aquela cela é escura e fria—A criança colocou-se de joelho no chão, começando a chorar—Estou sem minha tia. Ao olhar os olhos daquela criança me lembrei de minha filha, o quanto ela era pequena e inocente quando foi tirada dos meus braços e se ainda estivesse viva o que ela poderia está passando.
  —Tudo bem criança, não vou mandar você para lá.
  —Eu sabia que você não era de todo mal—A menina falou enquanto limpava as lágrimas de seu rosto.
  —Já que vou ficar com você, gostaria de saber seu nome, todos lhe chamam de rainha má.
  —Ora criança você é bastante curiosa. Meu nome é Regina.
  —O meu é Alice. Onde eu vou ficar agora? Já que não vou mais para aquela cela escura?
  —Bem, tenho quartos aqui você pode ficar em algum deles, mas não vá se acostumando, você é apenas uma peça.
     A luz da lua entrava pela janela de meu quarto, clareando seu interior, estou deitada em minha cama, completamente coberta, pensando na criança que está do outro lado do quarto, a última vez que houve uma criança foi antes do ocorrido com minha filha, em épocas mais sombrias ela era minha luz, virei me do outro lado da cama fechando meus olhos na esperança de dormir, senti mãos pequenas balançando meu braço.
  —O que você quer criança?—Ela esfregou seu olho, percebi seu rosto vermelho.
  —Não consigo dormir, tive um pesadelo.
  —O que você quer que eu faça?
  —Minha mãe deixa eu dormir com ela quando tenho pesadelos.
  —Eu não sou sua mãe menina.
  —Por favorzinho, tenho medo de tudo isso, é tudo tão estranho e não tenho nenhum familiar por perto—Ela já está prestes a chorar novamente.
  —Tá bom, não vá chorar está certo, tudo que menos preciso é de um som irritante agora.
  —Obrigada—Ela se deitou ao meu lado da cama, fechando seus olhos. A observei dormindo enquanto algumas lágrimas caíam sob o lençol, nem me lembro a última vez que dormir direito, aquele pesadelo rodeava minhas noites de sono, em várias madrugadas me levantei suada e com calafrios percorrendo todo meu corpo, ansiava esquecer tudo aquilo, ter paz em minha vida. Após alguns minutos observando a garotinha ao meu lado eu consegui dormir e posso dizer com uma certeza inquietante que meu coração pela primeira vez está calmo.
    Amanheceu, a luz do sol está forte, entra pela janela direto em meu rosto, tenho dificuldade em abrir meus olhos, mas aos poucos consigo, olho para o lado vejo a criança agarrada em minha cintura dormindo, retiro as mãos dela aos poucos de minha cintura, mas infelizmente ela acorda.
  —Criança.
  —Rainha—Ela diz esfregando suas mãos em seus olhos.
  —Vamos levante-se, está na hora do café a não ser que você queira morrer de fome se quiser não será problema meu. Levantei da cama, deixando-a lá.
  —Ei espere, eu não sei andar por esse castelo enorme—Disse ela acordada por completo.
  —Então ande logo, não sou obrigada a lhe esperar criança. Chegamos na mesa e várias comidas se encontrava lá como de costume.
  —Nossa mais você come tudo isso pela manhã?
  —Claro que não menina. São as cozinheiras que estão acostumadas a exagerar.
  —Deve está tudo uma delícia, faz algum tempinho que não como algo bom, lá na cela sabe a comida era horrível—Ela fez um careta.
  —Você é bem atrevida criança, ainda ousa falar mal da comida servida na cela. Deveriam se dá por satisfeitos de não matar vocês de fome. Ela se senta na mesa, coloca comida em seu prato começando a comer eu a olho de soslaio algumas vezes enquanto como
  —Suas cozinheiras cozinham muito bem.
  —Claro garotinha você acha que aceito menos do que a perfeição aqui em meu castelo.
    
   Mil desculpas, eu me esqueci completamente de postar o capítulo ontem pois ando ocupada com algumas coisas da faculdade, espero que gostem, bom domingo ☀️.

A Princesa PerdidaWhere stories live. Discover now