Capítulo 4

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                            Regina

  —Majestade não conseguimos pegar ela.—O guarda a minha frente disse.
  —Vocês são uns imprestáveis, eu mesma tenho que resolver essas pequenas coisas, não são capazes de pegar Robin Hood—Gritei com ele—Prepare a carruagem.
  —Sim, vossa majestade—O guarda reverenciou antes de sair.
  —Espelho, mostre me onde está Robin HoodDe repente a imagem no espelho muda mostrando a jovem Robin Hood correndo—Faço um gesto com minha mão e novamente o espelho volta a seu estado normal.

                           ❁

  Dentro da Carruagem espero ansiosamente para pegar a jovem ladra, que insiste em roubar dos ricos para dá aos pobres, a carruagem de repente para, saio da carruagem, a jovem corre habilmente, observo mais um pouco e parto para o ataque, sumo em minha fumaça roxa e apareço em sua frente, ela cai com o susto.
  —Ora ora, foi mais fácil do que imaginei lhe pegar, jovem ladra—Ela olhou para trás como se procurasse algo.
O que você tanto olha? Deveria está se preocupando com sua vida miserável—De repente escuto um som vindo de dentro do mato—O que você está escondendo jovem?
  —Corram—Robin Hood grita, uma mulher e uma criança com trajes nada comum saem correndo.
  —Jura?—Minha risada maléfica ecoa pelo local, rapidamente faço um gesto com minha mão, as árvores começam a engrandecer seus galhos prendendo a criança e a mulher.
  —Deixe elas irem, você me quer, não elas.
  —Guardas—Gritei, logo os guardas estavam do meu lado—Prendam essas mulheres.
  —Como a senhora quiser vossa majestade—Os guardas disseram em uníssono. Desapareço em minha nuvem de fumaça, chegando em meu castelo logo em seguida, aguardo ansiosamente a chegada dos guardas com minhas prisioneiras. Depois de alguns minutos aguardando finalmente haviam chegado.
  —Onde colocamos elas majestade?
  —Na prisão do castelo. Os guardas levaram as prisioneiras, eu os segui até a prisão do castelo, chegamos no ambiente com iluminação alta por contas da velas e alguns raios lunares que iluminava o local naquela noite, os guardas abriram a cela, jogando as três dentro daquele recinto úmido e desagradável, com uma cama rústica bem diferente da que se encontrava em meus aposentos reais.
  —Deixe nos a sós—Ordenei aos guardas presentes. Os guardas assentiram e saíram.
  —Bem que o livro tinha razão, a senhora é bem malvada—A menininha escondida de trás da senhora falou.
  —Mas que criança petulante, não sei de que livro está falando menina, mas ele não sabe nada sobre minha vida.
  —Desculpe minha sobrinha,senhora, ela não sabe o que diz—a mulher de cabelos negros se pronuncia um pouco assustada.
  —Majestade para você—Corrijo a mulher—Vocês parecem ser novas por aqui, o que trouxeram vocês?—Ninguém falou nada, criei uma bola de fogo na minha mão—Melhor responderem ou as coisas vão ficar bem quentes.
  —Elas vieram de outro reino—Robin Hood que estava quieta até então se pronuncia.
  —Outro Reino? Que interessante isso explica essas roupas. Que portal vocês  usaram?
  —Elas falaram que foi um livro.
  —Você é o quê delas Robin Hood? A voz? Estou perguntando para elas.
  —Ela está falando a verdade moça—A criança ainda encolhida no canto fala.
  —Bom saber que vocês ainda tem voz.
  —Nós teremos que ficar quanto tempo aqui?—A mulher de cabelos negros pergunta.
  —Vocês eu não sei, mas essa jovem terá um destino bem cruel.
  —Você sabe que logo vão vim atrás de mim—Robin Hood interrompe.
  — Você acha que tenho medo de alguns homens que cheiram a floresta e que atiram flechas? Tenho magia, flechas não são nada comparado ao meu poder. Garotinha você tem quantos anos?
  —10 ela tem 10—A senhora não a deixa responder.
  —Que tenham uma boa noite. Saí Dalí deixando-as em paz. Andei até o quarto de minha filha, destranquei a porta, entrando no quarto, um cheiro perfumado entrou em minhas narinas. Gostaria que você estivesse aqui comigo minha pequena, eu poderia ser uma pessoa totalmente diferente, porque só o seu amor iria me bastar, o seu pai também se foi e fiquei sozinha nesse castelo, amargurada e com minha sede de vingança impetuosa, quando olho para aquela menininha, seus olhos inocentes me vêem em minha mente, como você seria se seu pai estivesse vivo, ele também iria lhe dá todo amor do mundo, se tivesse a chance de ter contado a ele com certeza iria vê seus olhos brilharam, sua felicidade iria ser imensa, seus planos para o futuro eram os mais belos, mas no fundo eu sabia que aquilo nunca iria poder acontecer, já estava casada com o rei, fugir só iria adiar o que já sabia que iria acontecer, minha felicidade parecia impossível e hoje já não me vejo mais como uma pessoa  que possa ser feliz, tudo foi tirado de mim, me restando só minha vingança que parece ser a única coisa que me mantém viva, a motivação de causar dor, para poder tentar aliviar a minha . Não sou mais inocente as atrocidades que fiz estão marcadas em minha alma, matei tanta gente, devastei povoados, clemência para mim é uma palavra sem significado. Espero que onde você esteja você possa ter a felicidade que sua mãe não pode ter, que tenha uma família que lhe ame e lhe der amor, todo amor que não pude lhe dar, minhas lágrimas caíram sobre a boneca de pano que havia posto em seu quarto, me deitei sobre a cama, meus olhos se fecharam de exaustão por tantas lembranças, acabei adormecendo no quarto de minha querida filha.

                            ❁

  Acordei um pouco atordoada, abri meus olhos vagarosamente, olhei os tons rosas do quarto e percebi que estou no quarto da minha filha, a figura da menina da masmorra veio em minha mente, seus olhos confusos e ao mesmo tempo maravilhados, me chamaram atenção, levantei-me e sair do quarto, aquelas duas pessoas estranhas não são daqui suas roupas diferentes, o olhar daquela moça que sempre deixava a criança de trás dela, parecia assustada, com medo, como se nunca tivesse estado em nosso mundo, isso é algo que vou precisar analisar muito bem.

  Mais um capítulo como prometido ☺️, tenham um ótimo fim de semana 🌻
 
 
 
 

 
 

A Princesa PerdidaWhere stories live. Discover now