CAPÍTULO DEZESSETE

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As semanas se passaram e Júlia conseguia focar mais em seu trabalho, ao invés de pensar em Adam

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As semanas se passaram e Júlia conseguia focar mais em seu trabalho, ao invés de pensar em Adam. Ela sofria quando o via e ele tentava se aproximar, mas estava se saindo bem. Não pulou em seus braços como desejava fazer desde a noite que ele foi em seu apartamento.

Naqueles dias percebeu que precisava fazer terapia com algum profissional, suas inseguranças estavam cada vez pior e  por isso preferiu fazer aquele esforço por ela mesma, então começou a cuiar da sua mente como todo mundo deveria fazer.
Chegou a conclusão que todos os indivíduos que vivia em sociedade precisava de sessões com esses profissionais, para prevenir que suas frustrações não desencadei os transtornos mentais que estavam presentes nos tempos atuais.

Depois de algumas sessões Júlia se sentia melhor, começou aceitar seu corpo e suas imperfeições. Passou a enxergar suas qualidades físicas e cognitivas, no fim, percebeu que era uma mulher 10/10 e  sentiu pena daqueles que não fizeram esforços para ficar ao seu lado.

Outra coisa que mudou durante os dias foram as atitudes de Mia, ela parou definitivamente de sair para todas as festas que era convidada, ficou mais caseira e ambas fazia mais programas juntas. Tiveram o desprazer de encontrar Tommy em algumas ocasiões por ele ser amigo de Adam, mas Mia surpreendentemente não implicou com a presença do homem, era como se ele não existisse no ambiente e Júlia percebeu que aquilo o incomodava.

Como também incomodava Adam todas as suas recusas, ele mandava mensagem de texto por SMS, no Whatsapp e  ligava. Júlia simplesmente não se sentia a vontade de manter contato com ele por celular, mas o cumprimentava quando o via pessoalmente.

Sexta tinha chegado e ela estava animada para o final de semana, havia combinado com Mia de ir para o clube nadar um pouco, depois elas iam para o cinema assistir Vingadores, o filme da franquia que as duas eram fãs.

Demorou um pouco para subir para o seu apartamento por causa da demora dos elevadores, poderia até ir por as escadas, mas estava muito cansada e preferia esperar. Até que a porta de um dos elevadores se abriu e ela deu de cara com um casal.

Adam e  uma ruiva, a tal ruiva.

Focou o rosto em Adam e sorriu forçadamente quando ele passava por ela, seu peito se apertou. Ela queria fingir que não era apaixonada por ele, mas até um cego perceberia os seus sentimentos quando eles estavam no mesmo ambiente.

- Boa noite - disse educadamente para o casal.

- Júlia, precisamos conversar - Adam disse, mas ela já estava dentro do elevador apertando o botão para sumir da vista dos dois.

- Você está ocupado - foi a única coisa que disse quando a porta se fechou. Respirou fundo se secou uma das lágrimas que caiu dos seus olhos, a única coisa que não foi tratado nessas últimas sessões foi a sua paixão por Adam.

A sua psicóloga disse que paixão era assim mesmo, não tinha como apagar aquele sentimento dentro do seu coração. E quando era correspondido fazia bem para seu corpo.

Em menos de dez minutos que chegou dentro do seu apartamento ainda atordoada com seus pensamentos, alguém bateu em sua porta e  ela já sabia quem era antes mesmo de ouvir a voz.

- Abra a porta- Adam pediu enquanto batia - Vamos conversar loira.

Júlia revisou os olhos e abriu a porta dando de cara com aqueles olhos castanhos tão perfeitos que estava em seus sonhos quase todas as noites.

- Oi, Adam- disse fechando a porta atrás de si. Ela preferiu  não deixar ele entrar, eles conversariam ali mesmo para não correr nenhum risco.

- O que você viu não é verdade, não somos um casal ou algo do tipo - Ele disse passando a mão por sua cabeça raspada.

- Não me importo - mentiu, seu coração estava aliviado por aquela informação- você não precisa ficar se explicando para mim.

- Meu amor, até quando vamos fazer isso? Sinto muito por tudo que fiz, mas estou desesperado. Já entendi o erro que cometi, você não acha que mereço uma chance? - perguntou alisando o rosto da mulher.

- Não é fácil assim, Adam- confessou- Não é!

- Confie em mim, a ruiva não é nada minha... Ela veio hoje tentar algo mais uma vez, mas expliquei a nossa situação para ela - justificou a sua presença hoje no prédio- Não fiquei com mais ninguém desde aquela noite, perdoe -me por ser um tolo e ser babaca, mas não aguento mais.

Os olhos da Júlia ficaram cheios de lágrimas, ela realmente acreditava em suas palavras. Mas não estava pronta internamente para começar algo com alguém. Ela precisava se amar mais ainda para poder ama-lo.

- Não posso dar o que você quer agora - confessou alisando seu rosto - Esse tempo longe me fez perceber que precisava realmente desse momento sozinha, ainda preciso, mas se você realmente gosta de mim... Não desista e  me espera.

- Espero o tempo que for - disse eufórico pegando seu rosto com suas mãos- Estou apaixonado como nunca estive Júlia, admiro você como mulher e seu trabalho, além de amar seu corpo - Ele beijou seu rosto e pairou em seus lábios- Vou respeitar seu momento e  quando estiver pronta estarei disposto para você.

- Você está perdoado faz tempo- revelou.

- Obrigado por isso - disse abrindo o sorriso que ela tanto amava - Agora vou embora, mas na verdade queria beijar sua boca e  depois seu corpo todinho.

Júlia sorriu e  beijou seu rosto.
Ambos ficaram se olhando por um tempo até que o elevador chegou e  ele teve que ir embora.

Não  se sentia mal por pedir para que ele a esperasse, resolveu ser sincera consigo mesma e com Adam. Ela precisava mais de um tempo cuidando de sua mente para depois se entregar, tinha medo de voltar ser insegura logo agora que estava indo tão bem.

Ao mesmo tempo que sabia que durante esse processo precisava ficar segura sobre Adam, queria que ele a esperasse justamente por saber que não o esqueceria tão cedo, a forma que eles se sentiam juntos era de outro mundo e sentiu essa conexão desde a primeira vez que o viu.

O fogo de uma paixão.Where stories live. Discover now