Prólogo

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Hospital Saint Louis

A recepcionista do pequeno hospital lixava cuidadosamente suas unhas, despreocupada e alheia ao mundo ao seu redor, apenas esperando a recepcionista que a cobriria no turno chegar. Nenhum som era ouvido no ambiente tirando o do antiga televisão. Tudo naquele hospital era velho, o lugar era simples e fora do mapa, mais parecia um açougue do que um lugar voltado para a saúde.

Além da recepcionista, haviam apenas duas enfermeiras e um médico de plantão no hospital naquela noite. A noite em que tudo mudou, para sempre.

Por volta de 00:30 uma mulher de cabelos loiros e pele alva como a neve entrou correndo pelas portas duplas do pequeno hospital. Ela estava suada e visivelmente fraca, mal conseguia se manter em pé. Ela tentava dizer algumas palavras através de gemidos de dor.

"Por favor, me ajude, meu bebê está nascendo." A mulher dizia entre lágrimas enquanto seu pequeno corpo se pendia para frente, seus braços ao redor da barriga.

A recepcionista gritou para que o médico e a enfermeira viessem ajudar a podre mulher que estava prestes a dar a luz. Urgentemente a mesma foi colocada em uma maca e levada às pressas para a única sala de cirurgia do pequeno hospital. A bolsa havia estourado e não podiam esperar mais. A criança viria ao mundo agora.
A mulher aparentava ter se cuidado bem durante toda a gravidez e tido acesso aos melhores recursos, o que não fazia sentido já que estava ganhando seu bebê em uma espelunca.

"Um pouco mais de força, ja está quase vindo." O médico disse para a mulher que gritava e ofegava.

Logo um forte choro de bebê ecoou por toda a sala, a criança tinha bons pulmões e muita força. Estava saudável e forte, tudo parecia ter corrido bem.

"Parabéns mamãe, você acaba de dar a luz a uma linda criança." O médico disse enquanto as enfermeiras entregavam a criança à mãe.

À mulher olhou para o bebê por alguns minutos, segurando sua pequena mãozinha entre as suas e deu um beijo em sua testa.

"Precisamos levar para um rápido banho, mas já te devolvemos." A única enfermeira que havia ficado na sala disse.

O bebê começou a chorar ao ser tirado do colo da mãe, reclamando por perder o contato. Chorou de forma sentida durante todo o banho, como se mesmo tendo acabado de nascer, não conseguisse se desgrudar da mãe.
A enfermeira terminou logo o banho para acabar com a aflição do bebê ao devolver para a mãe.

"Deu um pouco de trabalho mas aqui está. Chorou o banho todo, parecia já que estava com saudade da-" A enfermeira parou de falar quando olhou para cama antes ocupada pela mulher que acabara de dar a luz, nao encontrando ninguem ali. "...mãe".

A mulher não se apresentou ao entrar no hospital e foi atendida as pressas para não perder o bebê. Acabou que a recepcionista nao anotou nenhum dado sobre ela, não tinham nada, nem ao menos um nome.

A criança parecia ter se acalmado no colo da enfermeira que se apressou em procurar a mulher pelo quarto, em vão.

" Doutor Whinstin!" Ela gritou pelo médico de meia idade que logo apareceu.

"Onde está a mulher?" Ele perguntou ao notar que o quarto estava vazio.

"Ela deve ter fugido durante a troca de recepcionistas." A enfermeira sugeriu.

Um pequeno brilho dourado entre os lençóis chamou sua atenção e o médico se aproximou. Pegando um broche que aparentava ser de ouro puro e o examinou, vendo um L esculpido no objeto.

Mais tarde naquele mesmo dia, a criança foi levada para um orfanato. Sem identificação. Não possuía nem mesmo um registro de nascimento. Nada além do broche de ouro, seu único pertence.

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Olá amoras!

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Mafiosos  • Joaley Where stories live. Discover now