sleepless night

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Boᥲ ᥣᥱιtᥙrᥲ

Estremeço com a ideia de ter sido observada por esse homem há algum tempo.
Apesar de sua aparência e a forma como me recebeu em sua casa eu ainda sinto medo. Ele se levanta e segue até o fogão se servindo normalmente, como se não tivesse acabado de jogar uma bomba em meu colo.
Ao perceber que eu o observo clinicamente ele da pequeno sorriso de lado, mas sem erguer o olhar.
Quando volta para a mesa eu me pergunto aonde está Dorothy,não quero ficar aqui sozinha com ele.

Parecendo ler meu pensamento ele diz subitamente.

"Apesar de morar aqui comigo, Dorothy tem seus horários. Não posso a escravizar, certo?" Ele diz ironicamente e ri. Eu não entendo a graça, como ele poderia fazer esse tipo de piada me tendo aqui como uma espécie de prisioneira.

"Suponho que não tenha dormido muito desde que saiu de casa-"

"Desde que me tiraram de casa." O interrompo.

"Certo." Ele continua sem se importar com o olhar fuzilante que eu o mandava. "Foi um dia longo, porque não vai dormir? Você já conhece o caminho do seu quarto." Ele diz e enfim levanta o olhar de seu prato até mim.
Não mantenho contato e visual por muito tempo e apenas faço que sim com a cabeça, me levantando da mesa.

"Boa noite, Joalin." Ouço ele dizer quando saio da cozinha.

Procuro por Dorothy, mas a mesma provavelmente já está dormindo. Então sigo até o meu quarto me jogando na cama com um suspiro, pensando em como a vida pode mudar em 48 horas.

Com preguiça de trocar de roupa, decido que o suéter quentinho que usava seria o suficiente para passar a noite.

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Apesar do cansaço eu passei a noite inteira no quarto de hóspedes rolando embaixo dos cobertores.
A cama era confortável, com certeza, luxuosa mesmo. Mas havia esse medo
instalado tão fundo dentro de mim que simplesmente não me permiti adormecer.
Eu me contorci em diferentes posições em uma tentativa de me distrair dos meus pensamentos e a medonha apreensão do que aconteceria comigo nos próximos dias.
Mas por fim desisti e me entreguei a insônia.
Pensei em ir até a cozinha buscar um copo de leite, mas a ideia de encontrar Bailey me dava calafrios.
Eu não acreditei por nenhum minuto que seja nessa sua falsa boa postura.

Um longo tempo depois, a casa continuava em um silêncio profundo como se ninguém a habitasse.
Ele com certeza está dormindo em seu quarto, se eu for bem silenciosa ele não vai perceber que não estou dormindo e me dar o desprazer de um confronto a essa hora da madrugada.

Sai pé ante pé do meu quarto, após observar pela brecha da porta que o corredor estava totalmente vazio.
Desço as escadas com a claridade que entrava pelas grandes janelas me auxiliavam pelo caminho, não sendo necessário que eu ascendesse as luzes.

Abro a geladeira em busca de leite e o acho mais pro fundo, pego fechando as portas duplas. Quando me viro para o balcão solto um grito e cubro minha boca com a mão livre.
A sombra que estava sentada se levanta e se aproxima de mim. Quando estamos a poucos centímetros, a luz das janelas iluminam o rosto da pessoa que eu menos queria ver nesse momento.

"Não consegue dormir?" Ele pergunta com a voz rouca, como se tivesse acabado de acordar.

"Não" Respondo com o coração ainda aos pulos pelo susto.
"Não consigo dormir sem minhas pílulas." Completo.

Ele parece surpreso por um instante.
"Pílulas pra quê?" Pergunta.

"Ansiedade. Elas me ajudam a me acalmar e a dormir." Me recuso a dizer qualquer coisa além disso para ele, não quero entregar minhas fraquezas de bandeja a alguém que as usaria contra mim.

Ele passa por mim e segue até um dos armários embutidos. Volta momentos depois com um copo e me entrega.
Na luz fraca que entrava pela cozinha o observo, seu corpo coberto apenas por uma calça preta de moletom, deixando a vista seu abdômen definido.

Ele não sente frio? Me pergunto.
Ele me pega o observando e envergonhada abaixo minha cabeça, enfim me servindo um copo de leite.
Nós tomamos em silêncio. Até que Bailey termina de beber o conteúdo em seu copo.

"Meu suéter fica melhor em você. " Ele diz me deixando sozinha na enorme e escura cozinha.

Podia jurar que qualquer um poderia ouvir meu coração batendo. Levo o suéter até o nariz e sinto um cheiro amadeirado, doce mas sutil. Balanço negativamente a cabeça e me repreendo mentalmente.

não se deixe levar Joalin,você não o conhece.

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Esse capítulo foi um pouco menor do que os outros, apenas queria incluir uma interação entre os dois.

Então, me deixem saber o que estão achando da história até aqui.
E não se esqueçam de votar.
Beijos ♡♡

Mafiosos  • Joaley Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ