CAPITULO 9 - RASEVIR

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- Então é isso, huh? - disse Jenna, de boca cheia ao morder uma maçã. - É isso que sabe sobre a Maldição de Sélan?

Wallar a sua frente fechou o livro, olhou para o céu cinza; estava sentado na murada do navio, Jenna observava sua posição corcunda, cabeça e ombros baixos, ela mais do que ninguém conhecia a plena forma do tédio.

Estavam na parte traseira do navio, na popa. De lá, podiam ver o trabalho dos marujos, e bela visão do mar a sua volta, junto dos cincos navios que acompanhavam ao lado.

- Sim, acho que sim. - disse; mexeu os ombros e levantou a cabeça para encara-la. - Além do mais, de todos os livros que existe nos Templos, só encontrei um que falava sobre Sélan, e havia apenas duas páginas.

Jenna mordeu a maçã.

- Uma pena pra você e pra mim também, pois os maiores conhecimentos não estão em livros. O que você escreve no livro, é tudo de acordo com os livros do Templo? Percebi que ele possui muitos glossários explicando coisas um tanto interessantes, assim como poesias fascinantes sobre mulheres. - Jenna riu, ela havia lido todo o livro e muito gostado das poesias que encontrou.

Antes de responder Wallar sentiu um desconforto, como se alguém o estivesse o observando secretamente durante o banho, o motivo seria ao desconfiar que Jenna havia lido todo o livro.

- Você já leu não, é? - disse, em seguida se arrependendo em pensar alto demais.

Jenna se aconchegou como se quisesse coçar as costas em cima do barril na qual estava, mordeu a maçã e respondeu.

- Talvez... - disse de boca cheia, suas bochechas pareciam maiores e sua voz estava grossa. - Antes de me julgar, pense da seguinte... - Interrompeu-se ao pôr o punho em frente a boca ao tentar engolir a força um pedaço da maçã.

- Pense da seguinte forma: Danyer pediu para que eu o vigiasse, então o misterioso homem que não conhecia, revelou ser um feiticeiro; depois Danyer o captura a força e o coloca a bordo do navio; aí então descubro que você é alguém, precisamente um príncipe; então o livro que havia pegado quando invadi sua casa – que até então não havia lido - se tornou algo muito cobiçado pela minha curiosidade feminina.

Wallar franziu o cenho. "Ela está diminuída a culpa, precisamente, ela não está admitindo que leu, mas que foi impulsionada a fazer isso." pensou. Sentia certa raiva por deduzir o comportamento dela.

- Não se preocupe Wallar, o segredo de seu livro está salvo comigo. Sendo que gostaria de entender suas fascinantes teorias sobre o destino. Mas primeiro me responda: em seu livro possui muitas poesias, na qual me interessei bastante, mas por que escreve poemas sobre mulheres as relacionando com flores e estrelas? - Disse Jenna, em seguida mordeu a maçã atenta a resposta.

Wallar sentiu raiva ao escutar a pergunta, ela não admitia que havia lido, porém perguntava sobre o seu livro, na qual ela havia lido.

- Não gosto de explicar o que faço, Jenna. Poesias são espontâneas, e explica-las seria como sujar um vestido branco.

Jenna assentiu.

- Uma resposta um tanto poética de alguém que está com raiva. O mais interessante é que consegue explicar o destino em seu livro, porém uma simples pergunta sobre seus poemas lhe causa confusão. Me diga Wallar, quando Danyer o jogou aqui, tudo isso já estava escrito nos planos do incompreensível, maleável e sólido destino? - Jenna riu, o provocava propositalmente.

Agora eles notavam que o vento se intensificava, as águas pareciam cada vez mais agitadas. Wallar pensou em ignorar a pergunta, mas não resistiu.

Eren - A ConquistaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora