Cold, criatura fria.

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Ok, eu tava dormindo numa boa e o que me vem na cabeça é a expressão de tristeza na cara do Jacob, eu só queria entender porque essa merda desse garoto tava me atazanando?

Levantei lentamente, coloquei meu casaco preto, calcei um tênis e saí sorrateiramente de casa.

Sim, eu saí de casa com a minha calça do pijama, e com a blusa também, a diferença era que o unicórnio tava sendo escondido pelo meu casaco, mas minha calça estampada de nuvenzinhas ainda tava visível e eu não me importo.

Fui passeando de carro pelas ruas desertas de Atlanta, e eu só sentia a brisa nos meus cabelos ruivos.

Parei em um posto de gasolina e liguei pra Helouise que me atendeu assim:

- Que merda aconteceu pra você me ligar às 3:00 da manhã?

Suspirei e disse:

- Eu não sei.

- Vamos, pode ir falando. - Disse Helouise.

- Encontrei Myra e Jacob hoje, não tivemos uma conversa agradável. - Digo.

- Oh. - Disse Helouise.

- Isso mesmo, "Oh". - Digo.

- E você? Como está? - Perguntou Helouise.

- A expressão de tristeza na cara do Jacob não sai da minha cabeça. - Digo.

- E o que você acha sobre isso? - Perguntou Helouise.

Eu tinha a pequena impressão de que ela tava me estudando.

- Eu não acho nada, mas a sensação de ter deixado uma pessoa triste é horrível. - Digo.

- E desde quando Luiza está preocupada com a tristeza de um garoto que só te fez sofrer? - Perguntou Helouise.

- Porque mesmo a Luiza sendo durona e essas coisas, ela se importa em partir corações ou machucar pessoas, porque ela sabe que isso doi. - Digo, falando ridiculamente na terceira pessoa.

- Ok, tá super escroto você falando de si mesma na terceira pessoa, quer que eu vá pra sua casa? - Perguntou Helouise.

Tão atenciosa essa minha amiga.

- Eu tô bem, vou dar uma volta pelas ruas desertas e pensar, mas eu tô bem. - Digo.

- Não vai se meter em confusão. - Disse Helouise.

- Ok, até mais. - Digo desligando.

Dei partida no carro e fui dirigindo pelas ruas desertas.

Tomei uma decisão e fui até o apartamento do Ian, mesmo ele não sabendo de nada.

Toquei a campainha e minutos depois um Ian sem camisa abriu a porta com os cabelos desgrenhados, tão lindo, eu podia ficar olhando pra ele assim o tempo todo.

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IAN POV

Eram 4:00 da manhã quando a campainha tocou, eu todo sonolento fui atender.

Abri a porta e me deparei com um pequeno ser ruivo que vestia calças de pijama, com estampa de nuvens, um casaco preto cobrindo a blusa e os olhos verdes brilharam assim que eu abri a porta.

- Oi. - Disse Luiza.

- Sabe que horas são? - Perguntei.

- Deve ser umas 4:00, desculpe eu te acordei, melhor eu voltar. - Disse ela.

- Ah não, você já está aqui e já é muito tarde pra você ficar andando pela cidade sozinha, não vou deixar você sair. - Digo puxando-a pra dentro do meu apartamento.

Give Me Love ♥ / REVISANDOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora