II - Encontro

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-Lobo?...- não sei porque, mas pensar em um lobo está me trazendo um sentimento estranho e acabo ficando um pouco espantado.

-Isso mesmo. Há 1 ano um lobo começou a atacar a vila. Muitas pessoas que viram ele foram mortas e poucas conseguiram sobreviver, as casas são destruídas e as mercadorias são perdidas feito os sacos de arroz e outros alimentos que são rasgados. Sem mais nenhum tipo de esperança vindo de nosso povo tivemos que pedir ao imperador de Borsenbuk, Lukus Parcier, para que mandasse alguns dos homens de sua elite para nos ajudar, mas como escutou há um tempo, eles também não conseguiram pegá-lo.- explicou-me Kláy.

-Mas tenho certeza que conseguiremos capturá-lo na próxima, tenho fé que conseguiremos capturar a fera.- nesse momento um homem chama por Frederick -Terei que voltar ao meu trabalho, tenham uma boa tarde.- ele acena para nós com um sorriso e depois vai até o homem que o chamou.

-Vamos voltar para casa, logo logo irá anoitecer.

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-Então Ryan como foi conhecer a vila?- o pai de Kláy, Sr. August, pergunta-me enquanto pega uma última fatia de bolo de milho.

-Foi ótimo, este lugar é encantador e as pessoas são bem alegres, transmite uma boa energia.- falo sorrindo -Acabei também sabendo sobre o lobo, tenho certeza que vocês conseguirão pegá-lo um dia.

-Agradecemos pelo seu apoio garoto, cá entre nós, também tenho certeza que um dia conseguiremos pegá-lo.- após meu comentário e o comentário de Sr. August, percebo que Kláy nos olhava mas logo volta a comer.

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Terminamos a janta ainda conversando, Kláy entrou no assunto logo no final. Elr me ajudou a subir as escadas e me levou até o quarto dele onde havia duas camas.

-Você dormirá nessa cama.- ele fala pegando uns cobertores e colocando em cima da cama do lado esquerdo do quarto. -Se acordar no meio da madrugada e quiser ir ao banheiro ele é no final do corredor.

-Certo. Agradeço pela gentileza de vocês por permitirem que eu passe esta noite aqui.- falo sorrindo pra ele. -Espero que algum dia eu possa fazer algo por vocês.

-Não precisa nos agradecer e nem se preocupe em retribuir.- ele fala se deitando na cama e se cobrindo.

-Preciso sim, mesmo depois do dia de hoje eu ainda sou um completo desconhecido para vocês e vocês são gentis comigo. Tenho muito que agradecê-los.- falo me deitando também.

-Então... Tá. Tenha uma boa noite.- ele desliga um abajur de luz laranja que estava ao lado de sua cama.

-Boa noite.- fico encarando o teto e pensando um pouco, por que não consigo lembrar de nada? A única coisa que sei é meu nome e só. E esse lobo, não sei porque pensar nele faz com que eu tenha um sentimento estranho, eu não compreendia.

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Eu corria sem parar, minha respiração estava ofegante e minhas pernas estavam cansadas mas eu não podia parar, seria muito arriscado.

-ONDE VOCÊ PENSA QUE VAI? NÃO FUJA DA CAÇADA!- nessa hora algo agarra minha perna e eu caiu, mas não no chão, e sim em um abismo sem fim. Vejo várias sombras me acompanhando e logo escurecem todo o local, vejo vários olhos aparecendo naquela escuridão e um enorme calafrio percorre meu corpo me fazendo arrepiar e fazendo-me encolher com medo, medo do que me procurava. Sinto uma mão tocar em mim -TE ENCONTREI!

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   Acordo-me assustado e meio ofegante, olhei ao meu redor e o quarto estava sendo iluminado pela luz da manhã que entrava pela janela que havia entre as duas camas, Kláy estava de pé em frente ao guarda-roupa mas logo se vira para mim.

Memórias de um AnjoWhere stories live. Discover now