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Os dedos de Prim dançavam com maestria pelas teclas do piano, com a coluna ereta e os olhos fechados a ruiva sentia a melodia tocando cada parte do seu corpo, enviando-a arrepios e a satisfação pura

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Os dedos de Prim dançavam com maestria pelas teclas do piano, com a coluna ereta e os olhos fechados a ruiva sentia a melodia tocando cada parte do seu corpo, enviando-a arrepios e a satisfação pura. Do outro lado da sala, ela podia sentir o olhar da sua mãe sobre ela, inspecionando-a com os olhos astutos que as mães tem.

Prim não tocava há bastante tempo e só o fazia quando queria afugentar pensamentos, livrar sua mente de incertezas. Mesmo sem olhar, ela sabia que Rosalie estava com uma revista no colo e os olhos grudados nela.

A melodia soava deprimente aos seus ouvidos, uma mistura de intensidade e leveza que revezavam-se harmoniosamente. Uma perfeita junção dos sentimentos que Prim escondia dentro dela nesse momento. A certeza de que ela queria Edward, intenso. A certeza de que ele era seu melhor amigo, leveza. A certeza de que ela o amava como homem, intenso. A certeza de que ele também era sua família, leveza.

Um suspiro escapou dela enquanto as teclas ainda flutuavam rapidamente por seus dedos. Uma nova melodia triste tomou conta do ambiente e Prim pôde sentir a presença de outras pessoas na sala, não ousou abrir os olhos, entretanto. Estava profundamente perturbada pelos acontecimentos da noite anterior.

Ele a beijara. Edward a beijara. Profundamente. Apaixonadamente. Fora quente, excitante e romântico. Como nada a que ela já tivesse experimentado.

E depois ele se foi. Como já era o esperado. Ele levantou-se em um ímpeto e pediu que Prim fosse se deitar, delicadamente ele a colocou sobre a cama, lembrando-a com amargor que ela era uma criança pra ele.

Bem, talvez não uma criança. Mas Prim achava que algo em Edward ainda relutava, constantemente. Quando ele se deitou ao lado dela, na noite passada, Prim sentiu todo tipo de desejo. Mas estava tímida demais para realizar qualquer um deles, então limitou-se a ficar parada. Observando-o, decorando cada detalhe de seu rosto sobrenaturalmente perfeito até que o sono a venceu completamente.

Quando acordou naquela manhã, estava sozinha com Esme. 

Em seus sonhos, havia muito de Edward. Lembranças, desejos, ambições. Havia Edward para todo o lado e havia Prim. Em seu sonho, não havia nenhuma Bella Swan que Edward buscaria em casa e levaria à escola. Sentia-se deprimida, tanto, que chamou atenção de seus familiares em busca do motivo pelo qual Prim enchia a casa da melodia depressiva.

Prim nunca antes teve o coração partido, mas começava a pensar em como seria a sensação. Algo parecido com o que estava sentindo, talvez. O desejo de ter alguém para si e vê-lo seguir na direção contrária. Definitivamente não deveria ser nada agradável, mas Prim sabia, que não havia remédio para as amarguras sentimentais, bastava senti-las e conviver com isso.

Quando levantou-se do piano, percebeu surpresa que toda a sua família estava reunida ao seu redor. Esme sorriu, unindo as mãos em frente ao busto. — Oh querida! Fazia tanto tempo que não a ouvia tocar! Foi maravilhoso!

Primrose ➶ Edward CullenWhere stories live. Discover now