- O que? Rye não é possessivo comigo! - Digo, rindo porque realmente era engraçado. Se Rye fosse possessivo comigo eu tenho a impressão de que iria gostar.

- Tem certeza? Você não precisa de ajuda?

- Ajuda contra Rye? Céus, é óbvio que não. - Digo, agora estava me sentindo ofendido.

- Tudo bem. - Ele fala. Vejo Etta chamando ele e ele sorri para ela. - Bem, eu tenho que ir. Te vejo por aí.

Não dei tchau, ele apenas saiu andando e eu olhei para Rye, ele estava com um grupo de pessoas mas seus olhos estavam vidrados em mim. Eu suspirei baixo, sabendo que ele estava com ciúmes, e como não iria falar com ele junto com seus amigos, eu simplesmente entrei no colégio e fui em direção a minha sala.

Na hora da saída, eu encontro Liv junto com o namorado dela no carro dele e procuro Rye com os olhos, o carro dele não estava em lugar algum.

- Onde está Rye? - Perguntei para Liv.

- Ele saiu mais cedo. - Ela responde. Eu revirei os olhos. - Você quer carona?

- Yep. - Digo, entrando no carro, quase me jogando dentro dele e sperando Brook que dava tchau para Jack.

Liv ficou com o namorado quando eu e Brook chegamos em casa e eu entrei correndo procurando Rye. Nossos pais estavam na cozinha.

- Onde está Rye? - Perguntei.

- No quarto. Ele chegou chorando, está tudo bem entre vocês? - Papai disse, olhando para a mamãe.

- Está. - Digo subindo as escadas, mas antes eu pude ver Brook me olhando e olhando de volta para mamãe. Parecia um olhar cúmplice mas eu não tinha certeza. Subi correndo as escadas e encontrei Rye na cama.

- Rye? - O chamei.

- Me desculpe por não te esperar. - Ele disse.

- Tudo bem, o que aconteceu?

- Você aconteceu, sempre você...

- O que eu fiz, Rye? - Pergunto, um pouco alto demais. Ele suspirou e levantou da cama.

Ele me olhou, me olhou e parecia derrotado.

- Foi por causa de Harvey, não é? - perguntei, com calma. Ele soluçou baixo e me puxou pela cintura. Nós sempre éramos assim, brigávamos e voltamos para os braços um do outro como se não tivesse sido nada. Era meio que impossível ficar longe dele, ignorar ele. Ele era meu tudo e eu me sentia péssimo sem ele, me sentia pela metade sem ele, é o pior sentimento possível ficar sem ele.

- Não consigo te ver com ele Andy, não posso. Cada vez que vejo ele perto de você eu lembro do que eu não posso ter, lembro de quando vocês estavam juntos...

- Rye, eu não gosto dele, ele não importa. - Digo. - Não se preocupe com isso.

- Droga Andy! - Ele quase grita, se afastando de mim. - Eu odeio isso, você não deveria ter que se explicar para mim.

- Rye, nós sabemos como...

- Um dia você vai gostar de alguém, vai namorar alguém, vai poder segurar a mão de alguém em público, você vai poder beijar aquela pessoa em público e dói tanto saber que ele não vai ser eu...

- Rye, você tem que parar de ser tão inseguro...

- Como não vou ser, Andy? Me diga como não ser inseguro nessa droga de situação!

- Você não precisa ser inseguro pois a única pessoa que eu quero namorar é você, a única pessoa que eu quero segurar a mão em público é você. Você é o único que faz meu coração acelerar, que me deixa nervoso, que faz minha pele queimar cada vez que me toca. Só você, Ryan. Não há mais ninguém além de você e nunca vai haver, droga! Rye, eu sou apaixonado por você, é apenas você seu grande idiota estúpido!

- Andy... Bebê, você não... não fale isso...

- Falar o que? Que eu sou apaixonado por você? Que eu sou apaixonado pela porra do meu irmão? Pois bem, eu sou e não tenho como mudar isso e sinceramente Rye... Eu não sei se quero mudar. Me diga que você não sente o mesmo? Tente e talvez eu não precise mais falar isso...

- Andy... - Ele começou a chorar de novo. - Você sabe como eu me sinto...

- Então diga, Rye apenas diga.

- Eu não posso, Andy você sabe que não posso.

- Rye...

- Me desculpe por não poder te dar o que você merece...

E então ele saiu. Rye saiu pela porta e me deixou sozinho. Dessa vez foi eu quem começou a chorar.

If they Only Knew (Randy version)Where stories live. Discover now