Capítulo 1 - Boas- Vindas o caralho

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Antes de ler eu tenho que pedir para QUE LEIAM ATÉ O FINAL! Tem 30 capítulos, NÃO PAREM NO CAPÍTULO 29 PORQUE ELE NÃOO É O FINAL!

-x-

Acordei com o despertador tocando bem no meu ouvido. Um jeito muito legal de se acordar em plena segunda-feira, o dia que eu iria começar a morar em um colégio.

Muito prazer. Me chamo Sara Smith e tenho dezessete anos. Não que importe muito mas é minha história então detalhes são legais, né?

Mas voltando ao assunto, como eu disse antes, hoje é o primeiro dia de aula e eu vou ter que estudar em um internato, o pior disso era que os quartos são mistos e eu posso cair com um menino porque minha mãe revolteu que o menino estaria correndo mais perigo que eu. Mas meus dois melhores amigos vão também, então acho que okay?

Coloquei minha calças jeans branca rasgada, minha camisa do Ramones e meu coturno. Soltei meu cabelo castanho, que por sinal estava uma merda, e se você esta achando que é como aqueles filmes que você acorda maravilhosa com cabelos arrumados e a cara perfeita sem espinhas e olheiras está completamente enganado, era de manhã e ninguém fica de bom humor de manhã e nem bonito. Ah, para ajudar havia uma nova amiga bem na minha bochecha, uma bolinha amarelada e nojenta mas eu sei que estourar era pior. Optei por jogar uma base por cima dela e passar rímel, na tentativa falha de chamar a atenção para meus olhos e não para aquele mini vulcão.

Já ouvi os gritos da minha mãe para descer se não iria me atrasar. Ela iria levar eu e meu melhor amigo, Justin. Peguei minha mala, minha mochila e meus óculos e desci correndo pelas escadas. Tomei o café da manhã mais rápido que o Flash e abri o portão da garagem para minha mãe. Quando ia me virar, levei o maior susto da minha vida.

-Bom dia! - Justin me cumprimentou com um lindo sorriso no rosto.

-Que susto, desgraça! - coloquei a mão no coração. - Me assusta assim de novo e eu arranco suas bolas e faço você engolir!

-Wow, desculpa sua chata. - ele riu, arrumando sua mochila nas costas.

-Vai, sai da frente antes que minha mãe te mate.

Entramos no carro depois de colocar a bagagem no porta malas. Minha mãe não parou de falar o caminho todo dizendo que sentiria nossa falta. Fiz careta e resmunguei, falando que se ela fosse sentir mesmo não me mandaria para aquele inferno. Justin ouvia músicas no fone e não falou muito durante os 15 minutos de viagem.

Quando chegamos na prisão, logo que desci do carro vi um garoto muito bonito. Ele era loiro, alto e tinha um corpo bonito, estava acompanhado de duas mulheres e ria, exibindo seus dentes branquinhos e alinhados. É, talvez aqui não seja tão ruim.

-Ooiiiiii! - Jennifer surgiu das cinzas como uma fênix, correndo em nossa direção. Ah, ela é minha melhor amiga, se querem saber.

-Já vem o outro diabo me perturbar logo de manhã. - dei risada de sua careta, mas ela logo riu também.

- O que quer dizer com "outro"? - Jus perguntou, mesmo que já soubesse a reposta.

-Que você é o primeiro, oras! - respondi, e acabei levando um tapão na nuca.

-Teu nariz, vaca. - disse Jenni, mostrando a língua e Justin mostrou o dedo do meio.

-Ta aqui, mais alguma coisa? - apontei para meu nariz.

-Amigável como sempre! - eles riram. Minha mãe veio ao nosso lado, sorrindo.

-Mas é assim que vocês gostam. - pisquei.

-Ela é tão agradável que deveria ter uma estátua em sua homenagem! - meu melhor amigo ironizou.

-Pois é, né? Só não fizeram ainda porque sabem que as pessoas iriam se apaixonar por ela, e bem, isso é meio estranho.

-Além de chata é convencida!

-E colocariam uma placa em baixo: "Sara Smith, a garota que tinha o coração de pedra e acabou virando uma". - Jenni escreveu no ar, fazendo os ali presentes rirem.

-Ta engraçadona, hein? Dormiu com o Bozo? - revirei os olhos. Eu não tenho coração de pedra, só sou um pouco realista e nada demais.

- Eu sou linda, engraçada e incrível mas não dormi com o Bozo não, você que deveria fazer isso pra ver se melhora esse humor! - cara, como ela é convencida e chata. Como pode ser minha amiga? - Eu sei que você tá pensando "como ela é minha amiga" mas não tem coisa melhor que eu, o que mais você poderia querer?

-Um unicórnio rosa que vomita arco íris seria legal. - disse, me perguntado se ela lê mentes.

Eles riram, não sei porque sendo que eu tava falando sério. De repente um sinal toca e uma voz começa a sair das caixas de som, acho que era a diretora.

"Chamado todos os alunos para a quadra, iremos distribuir as chaves dos seus quartos, quem não estiver aqui não ganhará."

-Vamos?

-Não, eu quero ir pra casa. - digo, revirando os olhos.

Minha mãe se despediu de nós e voltou para o carro depois que pegamos nossas coisas. Ela chorou muito mas eu não, estava brava que ela me fez ficar aqui. Apesar disso eu a abracei e fechei a porta do carro para ela, acenando no final.

Estávamos indo em direção a quadra quando meu coturno desamarra e eu paro,  ficando para trás. Aqueles demônios não servem nem para esperar a própria amiga. Quanto estava amarrando alguém tropeça e cai encima de mim, ficando cara a cara. Eu bati minha cabeça no processo mas minha mochila amorteceu a queda.

-Caraleos, não me viu aqui, não? - olho para o rosto da pessoa e vejo um garoto muito bonito de cabelos negros. Não consigo me decidir se seus olhos eram verdes ou azuis, mas tinha um corpo bem pesado e estava começando a me machucar.

- Desculpa.- ele disse, se levantando finamente. - Você está bem?

-Estaria melhor se estivesse de pé! - me irrito, sentando no chão frio.

-Ai, desculpa - disse isso e me ajudou a me levantar - Desculpa mesmo. - eu ia responder até que:

"Última chamada para irem para a quadra!"

-Te vejo depois, garotinha! - ele sai mais rápido que quando chegou. Olhei indignada para a direção que ele foi. Quem ele pensa que é para me chamar de "garotinha"? Não fui eu que fiquei distraída com o nada e cai.

Ando pelos corredores até achar a quadra e tento localizar uma pessoa ruiva de olhos azuis, mais conhecida como Jennifer. Demorei um pouco para achar pela quantidade de alunos que havia ali mas consegui reconhecer sua cabeleira. Andava em sua direção até uma garota loira toda trabalhada no rosa colocou o pé na minha frente, e quase eu bato a cara do chão (eu disse quase). Olhei para ela com ódio. Por que ela fez aquilo? Ah, mas não ficaria assim mesmo!

-Desculpe! - a garota falou com um sorriso síndico em sua cara de cú. Me levantei, arrumando minha postura. Muita gente viu mas não falou nada, também vi alguns rindo mas quando meu olhar se cruzou com o deles, pararam.

-Desculpa o caralho! Se fizer isso de novo eu arranco seu pé e depois costuro ele na tua testa! - todos ficaram em silêncio olhando para mim, o que me irritou mais. - O que vocês tão olhando, hein? Toma conta da vida de vocês! - eles arregalaram os olhos e se viraram, começando a conversar normalmente.

-Você acha que é minha mãe pra falar assim comigo?! - ela responde indignada, acho que ninguém nunca falou assim com ela, bom, sempre tem uma primeira vez. Dou um sorriso irônico e levantei uma sobrancelha, debochada.

-Deus me livre ter uma filha tão feia igual você. - me viro, pegando minha mala novamente e vou embora sem olhar para trás. Consigo ouvir risadas e sorriso vitoriosa.

Ninguém mexe comigo e sai impune.

Jovens e RebeldesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora