Capítulo 6

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“Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela.”
- Paulo Coelho

Eles estavam novamente na grande biblioteca dos Zabine e os Sonserinos estavam sorrindo muito mais animadamente do que Harry achava que eles deveriam, Hermione estava sentada ao lado de Blaise no sofá e não parava de morder os lábios apreensiva, Neville apenas ficava quieto, perdido nos próprios pensamentos, Harry não tinha certeza se ele estava incomodado ou não com aquela perspectiva.
- Isso é permanente? – Perguntou ela.
- Sim, mas é invisível para qualquer um que não tenha a marca também, ou eu. A não ser que você queira ela o tempo inteiro, ali ela estará lá. Mas é completamente uma escolha sua. – Esclareceu o moreno, ele sabia que Hermione ficaria incerta sobre isso, era uma tatuagem apesar de tudo e ela era uma adolescente.
- Vai doer? – Insistiu a menina.
- Não. Você vai sentir apenas um pouco de calor no lugar onde a marca aparece, mas nada muito desconfortável.
- Dizem que receber a marca negra é excruciante. – Objetou Nott, erguendo uma sobrancelha para Harry como desconfiasse que ele estava mentindo – E mesmo se comunicar através dela é doloroso.
- Isso não é a marca negra. – Afirmou Harry, porque não era, é verdade que era bastante similar e tinha um significado e função muito parecidos, mas não era a marca negra – É como nossos cordões. Só que ao invés de vocês lerem o que eu mando para vocês, vocês vão saber, como se eu tivesse acabado de dizer a vocês.
- Isso significa que você vai estar em nossa cabeça o tempo inteiro? – Perguntou Draco alarmado, era a primeira vez que ele parecia preocupado sobre isso.
- Você está perguntando se eu posso ler todos os seus pensamentos?! – Draco acenou afirmativamente – Não. Só a ideia geral do que vocês quiserem dizer a mim, mas é o suficiente, eu vou saber o que querem, mesmo se eu estiver dormindo e o contrário também funciona. Então, mesmo que algum de nós esteja sem varinha do outro lado do mundo, ainda poderemos nos comunicar. – Harry não acrescentou que isso seria inútil se ele morresse ou se perdesse sua magia por qualquer razão, ele não queria seus amigos pensando nessa possibilidade – Isso vai exigir muita pratica para funcionar, mas com o tempo vai ficar melhor.
- Onde isso vai ficar? – Perguntou Blaise, ele não estava nem minimante preocupado, muito pelo contrário, ele tinha ficado muito animado quando Harry falou com ele sobre isso uma semana antes, ele foi o primeiro a saber e seria o primeiro a receber a marca – E o que você vai desenhar? Você nunca me disse.
Harry ergueu a lateral de sua camisa alto o suficiente para que a runa aparecesse, as linhas negras se destacando em sua pele pálida. Os únicos que já tinham visto a tatuagem eram Neville e Blaise, mesmo eles não sabiam para que ela servia.
- Quando você fez isso? – Perguntou Hermione curiosa, estendendo a mão para tocar e então percebendo o que estava fazendo e se encolhendo no sofá outra vez, corada, Harry achava engraçado o quanto a menina ainda se sentia embaraçada por um pouco de pele.
- Um pouco antes da invasão de Azkaban. – Respondeu ele – Essa tatuagem tem um significado para mim, ela representa quem eu sou agora. Eu acho que é uma boa forma de estar sempre com vocês.
- Vai ser no mesmo lugar que a sua? – Perguntou Neville, se manifestando pela primeira vez, sua voz não demonstrava seus sentimentos e Harry conteve a vontade de ler seus pensamentos para entende-lo melhor.
- Não precisa ser. Vocês podem escolher onde querem.
- Todos usam a marca negra nos antebraços. – Ofereceu Nott e Harry revirou os olhos.
- Eu já disse que isso não é uma marca negra. A própria tinha é verde perolado. – Reclamou o moreno.
- Eu quero a minha no antebraço. – Disse Nott dando de ombros, Harry bufou, que fosse no antebraço então.
- A sua é a primeira Blaise. – Anunciou Harry, apesar de que todos já sabiam, Blaise era seu braço direito e ninguém pensava em desafiar aquela posição – Onde vai ser?
Blaise pensou a respeito e começou a desabotoar a camisa, Hermione fez um som esganiçado e fechou os olhos, todos riram.
- Granger, você provavelmente vai nos ver em vários estados de nudez em alguns momentos. Supere isso. – Brincou Nott e ganhou como resposta um olhar furioso de Blaise.
- Mione, você pode olhar os livros se quiser. – Disse Harry com carinho – Eu te chamo quando for sua vez.
- Não. – Disse ela pigarreando e erguendo os olhos, tentando não parecer tão afetada quanto estava – Nott tem razão. É só um pouco de pele, não deveria me chocar tanto. Vou ficar.
- Como você achar melhor. – Respondeu o moreno, nesse tempo Blaise já estava sem camisa, parado a frente de Harry e esperando – Onde?
- Aqui. – Disse o negro indicando o próprio peito, sobre o coração, Harry engoliu em seco, era um lugar de destaque e tinha um significado muito profundo, o moreno ergueu a varinha e colocou sobre o peito do Sonserino.
Ele não teria que desenhar a marca, ele apenas precisava pensar nela se materializando na carne, ele espalhou a tinta na pele de Blaise antes de posiciona-la sobre a seu peito. Harry respirou fundo, não haviam palavras para isso, não era assim que funcionava, era algo muito mais primitivo e antigo, ele só precisava desejar, a tinta misturada a sua própria magia faria o resto. As linhas começaram a surgir sobre a pele escura do rapaz, se estendendo e se ligando umas às outras, formando a runa cintilante. A tatuagem era bem menor que a sua, e o desenho inteiro era do tamanho de sua mão aberto, ela brilhou por vinte segundos antes de desaparecer.
- Funcionou?! – Perguntou o negro, seus olhos estavam brilhando de animação, Harry imaginou que os seus também estavam.
O moreno fechou os olhos, e tentou alcançar a consciência de Blaise, era muito parecido com encontrar a mente de Gael, mas um pouco menos familiar.
- Me diz você? – Perguntou ele, a marca brilhou visível por dois segundos e Blaise gargalhou, era resposta suficiente.
- Isso é incrível. – Disse o negro – Como eu faço para falar com você de volta?
- Mais ou menos como você fazia com o cordão. Você pode precisar de um enfoque físico no começo, toque a marca como você segurava o cordão. Vai ajudar.
Blaise vestiu sua blusa outra vez e voltou para o sofá, ele continuava sorrindo.
Com os outros foi bastante parecido. Nott quis a marca em seu antebraço como ele já tinha dito. Draco quis a sua no ombro esquerdo, Neville no meio das costas. Hermione também quis a marca sobre seu coração e foi engraçado ver como os rapazes coraram quando ela tirou sua blusa e ficou apenas de camiseta. Todos exceto Harry e Nott, o moreno ficou se perguntando porque, mas no fundo ele sabia a resposta.
Harry teria que esperar algum tempo antes de marcar os gêmeos, pois eles ainda não tinham conseguido se encontrar, Hermione e Blaise estavam servindo de intermediários entre eles, levando cartas, e Hermione iria explicar a eles sobre a marca, Harry só esperava que eles não ficassem muito irritados com isso. O resto da tarde foi passado com eles tentando se comunicar com Harry, não estava sendo fácil, ele só recebia sentimentos vagos como ele imaginou que seria no começo, Blaise tinha acabado de enviar uma ideia geral do que ele queria comer no jantar, quando houve uma alteração na magia da casa.
Os bruxos das trevas se viraram para a porta sabendo que o Lorde estava fazendo seu caminho até, Neville e Hermione não podiam sentir com precisão o que estava acontecendo, mas mesmo eles sentiram que tinha algo errado com o ar. Lorde Voldemort entrou na biblioteca acompanhado de Sophia, a mulher não tinha visto Harry antes, mas não demonstrou qualquer surpresa ao vê-lo agora, o olhar no seu rosto era muito diferente de surpresa ou da diversão brincalhona que geralmente estava lá, ela parecia triste, realmente desolada enquanto olhava para o rapaz e isso o fez sentir desconfortável e a preocupação em seu peito crescer.
- O que aconteceu? – Perguntou ele olhando no olhos vermelhos de Voldemort.
- Vamos falar sobre isso quando voltarmos para mansão. – Respondeu o homem, não havia nada em sua voz, mas tinha algo em seus olhos que Harry não gostou, ele também parecia triste, como Sophia.
- Nos vemos depois. – Disse o moreno se virando para os amigos, ele podia sentir a preocupação de Hermione e a curiosidade de Nott, mas nenhum deles parecia estar enviando esses sentimentos intencionalmente, por um segundo Harry se perguntou quantos sentimentos não intencionais ele iria vislumbrar antes que todos tivessem pleno controle, ele só esperava que ele mesmo não estivesse enviando nada. O mais jovem caminhou em direção ao Lorde e Sophia lhe deu passagem ainda olhando para ele com algo que beirava a pena, ele não gostou nada, e deu um curto aceno para ela antes de caminhar para fora da biblioteca.
Ele queria perguntar mais, queria saber o que colocou o olhar no rosto da mulher, mas ficou calado enquanto eles seguiam até o salão principal e usavam o Flu para voltar para a mansão. Voldemort não seguiu até o escritório como Harry imaginou que ele iria, ele seguiu até a sala de mármore, conjurou uma cadeira e disse a Harry para se sentar.
- Antes de mais nada, você precisa ficar calmo. – Anunciou o lorde, logo depois de voltar a se parecer consigo mesmo e trancar a porta.
- Dizer a alguém para se acalmar é a melhor maneira de deixar a pessoa nervosa. – Tagarelou Harry, porque ele estava nervoso e aquilo não poderia ser bom, Tom deu um pequeno sorriso, mas não havia qualquer humor em sua voz.
- Encontraram seus parentes. – Disse o lorde com calma calculada.
Por um momento o mais jovem sentiu-se aliviado, mas foi muito rápido, porque Tom não estaria tão sério e sombrio se isso fosse uma coisa boa. Tom disse ‘encontraram’ e não ‘encontrei’ e isso fazia toda a diferença, mudava completamente o sentido das coisas. Harry finalmente se sentou na cadeira.
- Eles estão mortos. – Afirmou o rapaz sentindo sua garganta se apertar – Não estão?
- Eu sinto muito, pequeno. – Disse o lorde, dando um passo à frente e tocando seu ombro, aquele pequeno toque, a centelha de magia correndo entre eles fez Harry explodir, a cadeira sob ele estourou em vários pedaços de madeira e Harry caiu de joelhos no chão –Harry, ouça minha voz.  Concentre-se nela. Está tudo bem. Você vai ficar bem, apenas se concentre.
Harry podia sentir sua magia queimando em seu peito, fazendo sua pele arder, a magia parecia querer cortar sua carne e escoar para fora dele, ele mal podia ouvir as palavras de Tom e estava vagamente consciente de suas mãos tocando seu rosto agora.
- Duda está morto. - Ele sussurrou, as palavras não pareciam reais em seus lábios - Ele está morto e a culpa é minha.
- Não, não é culpa sua. Você não tinha como prever isso. Não é sua culpa e nós vamos achar o culpado. Vamos acha-lo e você vai fazê-lo pagar por isso. Mas primeiro você precisa se acalmar pequeno. Sua magia está escapando, você precisa controlá-la antes que ela consuma você. - Murmurou Tom com uma calma infinita, suas mãos embrenhadas nos cabelos de Harry, mantendo os olhos do garoto fixos nos seus - Respire fundo.
- Não dá. - Grunhiu o mais jovem por entre os dentes serrados, seu peito ardia, seu corpo inteiro ardia, uma das mãos de Tom se afastou de seu cabelo e parou sobre seu coração, ela era fria, mesmo através das roupas e isso ajudou um pouco a aplacar o ardor.
- Você consegue. Meu pequeno. Você pode fazer tudo. Respire fundo. – Harry tentou, mas era difícil, o ar queimava sua garganta e não parecia chegar aos pulmões – Vamos Harry, faça isso por mim, eu não posso perder você. Eu não vou. - Disse o homem com decisão, ele pegou a varinha de Harry e colocou em suas mãos, forçando o rapaz a apertar os dedos em volta da haste - Se você não consegue controlar, gaste. Use a magia, exploda as coisas, me amaldiçoe, não importa, apenas use a magia.
Tom fez surgir dezenas de coisas na sala enquanto Harry ficava parado olhando diretamente em seus olhos. Harry queria dizer que nunca poderia amaldiçoar Tom, mas os olhos do Lorde não permitiam contestações, então Harry ergueu a varinha e mirou um baú a alguns passos de distância.
- Confringo. - Entoou o jovem, e o baú explodiu, folhas flutuaram ao seu redor e ele conseguiu puxar um pouco de ar, mas ainda não era o suficiente, ele mirou em uma estátua de gesso - Malus. – O material maciço derreteu como se banhado em ácido, a maldição das trevas se sentiu um pouco melhor, ele tossiu por ar, seus olhos se encheram de água, Tom continuou a acariciar seu cabelo, passando tanta calma quanto possível.
- Continue, você está indo bem pequeno.
- Flagrate. - Gritou Harry e uma linha de fogo negro cortou o carpete - Expo. - Disse ele sem mudar em nada em particular, o lustre se quebrou, banhando os dois ocupantes da sala com uma chuva de cristais, nenhum deles sequer notou.
Isso continuou por vários minutos, e quando Harry estava bem o suficiente para pensar ele notou que estavam ambos no chão, Harry etapa praticamente sentado no colo de Tom e o Lorde envolvia sua cintura com os dois braços, a cabeça encostada em suas costas respirando pesadamente. Ao seu redor o caos e a destruição imperavam, suas próprias roupas estavam rasgadas em vários lugares e eram irrecuperáveis. Harry sequer pensou a respeito antes de deixar todo seu corpo derreter sobre Tom, sendo embalado por seus braços fortes, se sentindo protegido, ele estava exausto e todo seu corpo estava dolorido e latejando. Tom percebeu a mudança, sentiu o mais jovem se acalmar em seus braços, uma onda de alívio lavou sobre ele enquanto ajeitava Harry melhor em seu colo, fazendo a cabeça do rapaz descansar em seu ombro, ele se concentrou em acariciar seu cabelo e suas costas, tentando conforta-lo.
- Melhor?
- Sim, graças a você. Obrigado Tom. - Disse o rapaz, muito sonolento, seus olhos quase não podiam continuar abertos, Tom sorriu.
- Não há de que. - Respondeu o Lorde, passando as carícias para o rosto cansado do rapaz em seus braços - Durma, você vai se sentir melhor quando acordar.
- Você pode ficar comigo essa noite?! - Pediu Harry, muito mais presente no mundo dos sonhos do que ali no meio da sala destruída.
- Ficarei com você em todas as noites que você quiser. - Respondeu o mais velho, Harry já tinha dormido, mas não importava, ele quis dizer aquilo.

Harry acordou na manhã seguinte envolvido pelos cobertores macios de Tom novamente, se ele estivesse com um humor melhor ele estaria pensado no fato de que desde que ele voltou do cativeiro ele tinha dormindo muitas vezes na cama de Tom, mas ele ainda estava se sentindo horrível e dolorido, então ele só levantou e seguiu para o banheiro do Lorde. Cansado demais para ir até o próprio quarto, ele se olhou no espelho de corpo inteiro do banheiro e não ficou surpreso em estar vestindo uma calça de Tom outra vez, suas próprias roupas ficaram em farrapos na noite anterior. Ele tinha olheiras profundas, apesar do fato de que tinha dormindo por várias horas, o moreno bufou irritado. Fez sua higiene matinal e quando voltou para o quarto Anthea estava parada ao lado da escrivaninha, havia uma bandeja com um café da manhã completo esperando por ele.
- O mestre disse que o jovem mestre deve comer e descansar um pouco mais. – Anunciou a elfo olhando para o rapaz com carinho e preocupação – Ele estará de volta no final da tarde.
- Obrigada, Anthea. – Disse o moreno, a elfo fez uma vênia e desapareceu com um Pop.
Harry se sentou na escrivaninha e comeu, seu estomago ainda estava se revirando um pouco e ele não estava se sentindo com muita fome, mas sabia por experiência que o melhor a fazer era comer e descansar. Quando terminou ele voltou para a cama de Tom, ele sabia que poderia muito bem seguir para o próprio quarto agora, ele só não queria fazer isso, estar no quarto de Tom o fazia sentir mais protegido, como se nada no mundo pudesse alcança-lo ali, e ele estava precisando desse sentimento.
Quando acordou novamente Tom estava sentado ao seu lado, as costas encostada na cabeceira e um pergaminho em seu colo, sua mão esquerda acariciando distraidamente o couro cabeludo de Harry, o mais jovem desejou que pudesse acordar assim todos os dias.
- Você está acordado? – Perguntou Tom.
- Sim. – Respondeu o rapaz, mas ele não se moveu e nem Tom parou as ministrações em seu cabelo.
- Acha que está bem o suficiente para participar de uma reunião na mansão Malfoy hoje mais tarde? – Continuou o Lorde colocando seu relatório de lado e se concentrando totalmente no mais jovem – Vamos falar sobre o que aconteceu com seus parentes, então se fosse achar melhor ficar essa noite eu vou entender.
Harry pensou a respeito, ele estava se sentindo melhor, mas ainda havia uma dor oca em seu peito. Pensar que dessa vez ele estava mesmo sozinho no mundo, que não havia mais nenhuma família para ele, era verdade que ele não tinha gostado muito dos Durleys, ele não tinha qualquer razão para isso, mas Duda não era ruim, o garoto era um grande bobalhão, parecia uma versão jovem e trouxa de Hagrid, apaixonado por todo tipo de animais, ignorando o perigo que eles poderiam representar...o garoto não era mais o imbecil que foi um dia, e então Harry percebeu, Duda simplesmente não era mais nada agora, apenas uma lembrança. Tom pareceu sentir sua inquietação e apertou a mão em seus cabelos quase forte o suficiente para ser doloroso, mas funcionou, trouxe Harry de volta ao presente momento. Harry olhou para o lorde que estava olhando para ele, e então ele percebeu que não estava sozinho, ele tinha Tom, ele podia não saber por quanto tempo, mas ele o tinha agora.
- Sim. Eu posso ir. Eu quero ir.
- Então é melhor você se aprontar. – Eles ainda ficaram na cama por mais uns cinco minutos antes de Harry realmente tomar coragem e se levantar daquela bolha protetora.
Ele foi para seu próprio quarto, escolheu uma de suas melhores púnicas, uma que Tom tinha mandado fazer especialmente para ele, ela era Verde Jade e ressaltava seus olhos, seu par favorito de botas de couro de dragão e uma calça preta. Ele também vestiu o cordão de jade e o manguito por baixo da túnica. Gael se enrolou sobre seus ombros na hora de ir, como uma echarpe muito grande, Harry riu, mas sentiu seu peso confortável mantê-lo calmo. Tom estava esperando por ele na porta, já vestido como Voldemort, mas seu manto de sombras parecia um pouco menos etéreo essa noite, Nagine estava sobre seus ombros da mesma forma que Nagine quando eles fizeram seu caminho para fora da propriedade. O lorde olhou em seus olhos antes de aparata-los, ele não perguntou realmente, mas Harry sentiu o questionamento em seu olhar, ele queria saber se Harry tinha certeza de que estava pronto para aquela noite, Harry transformou-se em Mordred e segurou seu ombro, ele estava pronto.

Harry Potter e a Ascensão do PríncipeNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ