I Fell In Love With A Criminal [Kth + Jjk]

Mast of the king.

Taehyung POV's

Dias se passaram, três semanas exatamente. De acordo com meus cálculos, hoje seria meu primeiro treinamento.

E sabem? Eu não estava com medo, nem receoso, nem nada do tipo. Eu estava neutro.
Não sentia nada, nem mais vontade ou forças para suplicar a sair dali eu tinha. E sobre Jungkook? Não deu mais nenhum sinal, nem ligação, alguma tentativa de recado por Kim, nada.

Mas se tinha algo que estava me ajudando a me tornar mais apático a tudo era o pensamento de que, eu teria que agir e pensar como Jungkook faria.

Agora devem estar se perguntando se eu acreditei no que Jiyong me disse. Mas não, como eu disse, estou neutro. Simplesmente não consigo mais emitir nenhuma emoção, eu sei que resta apenas não pensar ou tentar mais nada. Estou aqui agora, o que acontecerá daqui a pouco, ou amanhã, eu não sei.

Enquanto ainda mantinha meus pensamentos quebrados, ouvi o tão costumeiro barulho da tranca ser aberta, apenas esperei que fosse Kim a trazer minha refeição ou Jiyong vindo me buscar para o tal treinamento.

— Bom dia, princesa. - ouvi a voz irritante de Jiyong logo atrás de mim, nem fiz questão de me virar para o encarar.

— Dia, patife. Engula este princesa, pois quando eu estiver bem preparado, irei estourar os seus miolos sem dó.

Ditei com minha costumeira voz rouca, Jiyong já não me metia mais medo, mesmo convivendo tão pouco tempo e dias com o mesmo. Também não me pergunte como mudei totalmente tão rápido.

— Adoro quando você se mete a corajoso. Mas não abuse da minha paciência, você ainda está sequestrado.

— E daí? Me matar você não vai, precisa de mim para atrair Jungkook. Qual é? Eu não sou nenhum burro ou idiota, sei bem a porra da situação em que estou. - revirei os olhos, logo dando de ombros.

Me lembrei do conselho de Jungkook sobre não afrontar Jiyong, mas ignorei.

Tudo o que ouvi em seguida por longos segundos, fora o completo silêncio ali. Até que mais uma vez a estridente voz do mais velho preencheu o cômodo.

— Bem, você precisa comer. E faça isto rápido, seu treinamento começará em vinte minutos.

— Deixa a comida aí, meu velho. Eu quero privacidade pra comer.

O homem apenas deixou a comida ao meu lado e saiu, me surpreendendo por não ter me feito nenhuma ameaça ou me batido com algum objeto cortante. Apenas dei de ombros, me inclinei levemente, sentindo uma leve dor por conta do tempo em que passei na mesma posição, também por alguns hematomas recentes da minha última surra há dois dias atrás. Suspirei baixo, pondo as coisas sobre meu colo e assim começando a comer. Não estava com pressa, mas mesmo assim não controlava minhas mãos que com voracidade levavam a comida até minha boca. Em pouco tempo, terminei tudo, apenas colocando tudo no chão novamente. Minhas mãos estavam livres, mas por outro lado, meus pés estavam bem presos à uma corrente fixada no chão.

Não demorou muito e mais uma vez, senti a presença de alguém que não era eu ali. E adivinhem? Isso mesmo, era Jiyong.

— Terminou de comer, bae? - Jiyong e sua horrenda mania de me chamar por esses apelidos como se eu fosse sua garota sequestrada porque ele é um doente apaixonado e não correspondido.

— Pelo amor de Deus. Pare de me chamar por esses apelidos. Eu não sou sua donzela, seu velho doente.

Vi a expressão surpresa, mas também enfurecida de Jiyong, Sorri ladino, mas também assustado pela minha própria ousadia. Ele estava aguentando demais e eu sabia que quando ele explodisse, eu sofreria muito. Mas mesmo assim eu insisti em continuar.