I know the truth

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Já passava da meia noite, e ainda assim eu continuava no sofá, sentada no escuro.

Minha mente simplesmente não conseguia parar, todas as pistas se juntavam, tornando a verdade cada vez mais obvia, mesmo que ela fosse absurda. Mesmo depois de Max me contar tudo, ainda parecia meio surreal.

Michael Guerin era um alien. Céus, nem sei se eu teria coragem de dizer isso algum dia em voz alta. Parecia uma loucura total.

Mas ainda assim, aqueles sentimentos permaneciam ali. Saber que ele de fato não era humano não mudou o que eu sentia. Acho que nunca mudaria.

Eu estava apaixonada por ele, por cada detalhe da sua personalidade divertida e insistentemente problemática. Simplesmente não conseguia resistir a ele. Seu sorriso fácil, seu olhar observador, seu cabelo que de alguma forma conseguia sempre estar bagunçado.

Eu finalmente estava apaixonada por alguém, um alien metido a cowboy, que não conseguia se manter longe das confusões e dos bares.

As batidas na porta me despertaram dos meus pensamentos. Já era tarde demais pra qualquer pessoa educada fazer uma visita, então já fazia alguma ideia de quem era.

Não foi surpresa nenhuma encontrá-lo ali parado na minha porta, a camisa xadrez com alguns botões a mais abertos, deixando seu peito exposto. O chapéu mantinha seu cabelos bagunçados presos. O sorriso malicioso no canto dos lábios, deixava suas intenções claras.

Me escorei no batente da porta, encarando ele.

-O que você quer Guerin?- perguntei, mesmo já sabendo a resposta.

-Eu só passei pra dizer que eu sinto muito, eu fui um idiota.

Mordi o lábios inferior, prendendo o meu sorriso. Michael era a única pessoa que conseguia ser sexy e adorável ao mesmo tempo.

-Você foi um idiota tantas vezes que eu nem sei mais pelo o que você está se desculpando – cruzei os braços, internamente me divertindo com a situação.

-Eu te conheço o suficiente pra saber que um pedido de desculpas não seria o suficiente – ele disse risonho, erguendo a garrafa de vodka e me mostrando- pensei que isso ajudaria...

-Agora você está falando a minha língua, Guerin – sorri, dando espaço para ele entrar.

Michael estava seguindo pelo corredor, como se fosse sua casa. Bem, ele realmente conhecia todo o lugar muito bem.

Ele parou na cozinha, acendendo a luz no caminho. Abrindo o armário, ele pegou os dois copos, colocando-os na bancada.

-Você não tem noção de como foi difícil convencer a DeLuca a me dar essa garrafa – ele riu, despejando o liquido nos copos.

-Ela não te deu, então você roubou – adivinhei, enquanto ele apenas deu de ombros.

-Só peguei emprestado – ele sorriu, me entregando o copo.

Michael virou a bebida de uma vez, logo enchendo seu copo novamente.

-Eu sei a verdade sobre você – revelei, ainda sem tocar na minha bebida.

-A verdade sobre mim?- ele riu zombeteiro, ainda sem compreender - e que verdade seria essa, Cassie?

Talvez ele já tivesse bebido antes de vir pra, bem, eu não tinha duvidas disso. Seria melhor ter essa conversa quando ele estivesse sóbrio...mas esperar também não era uma opção.

-Eu conversei com Max.

Percebi o exato momento em que a diversão deixou o s seus olhos, e seus ombros foram tomados pela tensão.

-É mesmo? - ele me encarou,instantaneamente na defensiva.

Peguei o meu copo, bebendo tudo de uma vez, sentindo minha garganta queimar.

-Bem, quando você disse que tinha segredos, imaginei que fosse algo bem sujo, não que fosse tão...louco.

Michael me encarou em silencio, pela primeira vez vi um tipo de temor em seus olhos.

-Eu não vou contar pra ninguém, Michael – me apressei em dizer – você não precisa se preocupar com isso.

-Max não deveria ter te contando nada. Se você contasse a alguém eu teria que fazer algo a respeito... – ele tentou soar ameaçador, mas eu só consegui rir.

-Tipo me sequestrar...ou seria me abduzir?- ri, e ele apenas revirou os olhos.

-Isso é sério, Cassie.

-Michael Guerin falando sério – sorri de lado – isso é mais inacreditável do que você ser um alien.

Ele sorriu, a tensão em seus ombros desaparecendo gradativamente

-Você aceitou tudo isso rápido demais – ele me olhou, ainda um pouco na defensiva.

-Aceitar que você é de outro mundo foi mais fácil do que admitir o que eu sinto por você.

Aquele brilho de antes voltou aos seus olhos, com apenas dois passos ele acabou com o espaço entre nós.

-E o que você sente por mim, Cassie?- ele sussurrou, tão próximo de mim que eu já conseguia sentir o calor emanando do seu corpo.

-Você sabe – meu olhar caiu sobre a sua boca, que parecia absurdamente atraente no momento.

-Sim...

Ainda sorrindo, ele uniu seus lábios aos meus, fazendo aquele calor familiar aquecer o meu peito.

-Espere... – afastei meu rosto do sue por um segundo – então quando você fazia aquelas piadas sobre o sexo ser de outro mundo...

-Agora você vai entender todas as minhas piadas internas – ele riu divertido.

-Você tem mais habilidades que eu deva saber?

-Além do sexo extra-ordinário de outro mundo?- ele disse risonho, seu olhar indo direto para os botões da blusa.

Então, de repente , um por um foi se abrindo,  revelando meu sutiã.

Encarei ele, sem disfarçar a surpresa. Isso era inesperado, definitivamente.

-Interessante – murmurei, passando meus braços ao redor do seu pescoço, enquanto suas mãos apertavam minha cintura- isso pode ser muito...uhm...útil.

-Você não tem noção do quanto...

Guerin - Roswell New MexicoTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang