Até algum dia

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No dia seguinte, acordei ao meio dia e encontrei Jimin ao meu lado na cama. Abracei-o por trás e fiquei algum tempo fazendo cafuné em seus cabelos, até que acordasse.

— Bom dia. — o Park murmurou com a voz rouca de quem acaba de despertar.

— Bom dia. Dormiu bem?

— Melhor impossível. — falou em meio ao seu sorriso doce. — Que dia é hoje?

— Domingo, ontem foi a festa.

— Nossa, hoje é seu último dia por aqui! Tinha me esquecido.

— É verdade? Nem eu me lembrava.

— Sim, mas pelo menos ainda tem o resto do dia para aproveitar. Seu vôo deve ser por volta de nove horas da noite, se não me engano.

— Então, vamos. Quero que minhas últimas horas aqui valham tão a pena quanto o resto da viagem. — disse, me levantando e espreguiçando.

— Sabe que perdemos o horário do café da manhã, né?

— Encontraremos outro lugar para comermos, então.

(...)

Estávamos em uma padaria simples; eu tomava café e comia um donut enquanto o ruivo bebia chocolate quente e comia cookies. Conversávamos empolgadamente sobre diversas coisas aleatórias, aproveitando a companhia um do outro.

— Mas enfim, tem ideia do que quer fazer? — o guia perguntou para mim.

— O que me recomenda?

— Podemos ir ao shopping no centro e, depois, caminhar naquela espécie de passarela que tem vista para o mar, o que acha?

— Ótimo, vamos fazer isso.

(...)

Já estávamos há algumas horas dando voltas no shopping e havia comprado diversos itens também; em sua maioria, as compras eram roupas, no entanto tinham outras coisas em meio às sacolas que segurava

Almoçamos hambúrgueres no McDonald’s da praça de alimentação e planejávamos ir embora após isso.

— Agora vamos caminhar no calçadão, certo? — o outro questionou à mim.

— Certo, mas antes podemos passar em uma última loja, por favor?

— Tudo bem.

(...)

— Estou em dúvida entre estes dois colares, gostou mais de qual? — interroguei Jimin sobre as bijuterias que havia me interessado.

— Gostei mais deste. — apontou para um que tinha como pingente uma delicada letra J .

— Vou pegá-lo, então. — disse, levando até o caixa dois colares iguais. O ruivo não havia entendido minha intenção ao escolher idênticos, porém percebi que preferiu manter-se quieto.

Já fora da loja, retirei ambos da caixinha que os acompanhava e coloquei o meu em meu pescoço.

— Vire, por favor.

— O outro colar é para mim? — falou, já virado, imaginando o que faria em seguida.

— Sim, quero que se lembre de mim quando não estiver mais aqui. — expliquei, sorrindo abobalhado mas triste ao pensar que em algumas horas não o veria mais todos os dias.

— Em tão pouco tempo já me acostumei a te ver sempre, pode ter certeza que não irei lhe esquecer tão fácil. — o ruivo disse com a voz um tanto embargada, de frente para mim novamente.

Até Cancún [pjm + jjk]Where stories live. Discover now