This Is War

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24 Horas Depois

--Você não vai. -- Eu dizia a Jongin, enquanto percorria o caminho até a oficina de Henry. Aparentemente, o garoto havia inventado uma nova arma.

--Por que não? -- O coreano insistiu, bloqueando meu caminho. -- Por que eu treinei então?

--Para aprimorar seus poderes. -- Respirei fundo já cansada daquela discussão. -- Você não vai lutar e ponto final.

--Por que? Eu tenho pelo menos o direito de saber o motivo. -- Jongin fez sua típica cara de cachorro sem dono, mas eu me mantive firme.

--Meu anjo, você voltou dos mortos e nem falou com os seus irmãos ainda. Tem noção de como vai ficar minha consciência se você morrer durante a batalha? Não tem nem perigo de eu te deixar pisar naquele galpão.

Para minha surpresa, Jongin não insistiu mais. Talvez eu tenha sido dura demais com ele, mas peço desculpas mais tarde.

--Anda. Vamos testar seja lá o que for que o Henry inventou. -- Disse enquanto empurrava ele para seguir o caminho.

Quando chegamos a oficina, encontramos a famosa bagunça que Henry fazia sempre que estava inventando ou construindo alguma coisa. O garoto estava com um tipo de bracelete em mãos, o analisando e anotando algo em um de seus cadernos que eu havia trazido.

--Por que isso está me lembrando de Assassin's Creed? -- Jongin perguntou, enquanto nos aproximávamos de onde ele estava.

--Porque eu me inspirei em Assassin's Creed. -- Henry sorriu orgulhoso, colocando cuidadosamente o dispositivo sobre a mesa. -- A lâmina com a ampola de veneno. 

--Isso pode ser bem útil. -- Comentei prestes a pegar o bracelete, mas o garoto me impediu. 

--Cuidado. -- Disse ele. -- Um corte e você já era. 

Henry nos ensinou a usar a lâmina e mostrou outras armas que usaríamos, entre elas havia várias armas de fogo adaptadas. Acho que só sei usar uma dessas por causa do Luke. Seria uma das poucas batalhas em que espadas ou lâminas serafim não seriam necessariamente usadas como armamento principal. Não seria uma luta justa uma espada contra um revolver. 

POV'S Ryan

Encarei o arsenal a minha frente sentindo um calafrio percorrer minha espinha assim que meus olhos pararam sobre as armas de fogo. Parecia que eu conseguia ver Jongin caindo enquanto aquele maldito segurava a arma recém disparada. Jurei a mim mesmo que nunca usaria uma arma de fogo, mas agora se não usasse poderia colocar a vida dos meus outros irmão em risco. 

--É complicado, não é? Deixar o passado para trás.  -- Raphael perguntou, parando ao meu lado. Não me lembro quando foi que me aproximei dele, talvez durante as buscas pela Katrina, mas ele se tornou um bom confidente com o passar dos dias. Talvez eu sempre vou ter uma aliança com os membros da familia Santiago, já que o vampiro é um tio distante da Kat. 

--É assustador.  -- Sorri fraco, finalmente desviando o olhar das armas que os vampiros que ele comandava haviam conseguido. 

--Não precisa fazer isso se não quiser. 

--Preciso sim. Até os caçulas vão fazer parte disso e eu não me perdoaria se eles morressem por causa de um maldito trauma. 

--Não aja como se fosse um trauma idiota. -- Raphael repreendeu. -- Você perdeu um irmão, não uma pessoa insignificante. 

Dei de ombros. Logo os outros adentraram a sala das armas e eu tive que me recompor, não podia demonstrar fraqueza na frente deles quando estamos prestes a ir a batalha. Mayleen ditava as ordens para os caçulas, vampiros, feiticeiros e alguns shadowhunters que estavam ali. Katrina teria solicitado que o reforço, em sua grande parte, fosse formado por imortais, então os vampiros e os feiticeiros eram maioria.

Filha do SilêncioOnde as histórias ganham vida. Descobre agora